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Qué qué isso, rapaz?

Chuva. Muita chuva em Santos. E água é um ambiente natural para o
‘peixe’, pouco amigo de um time como a Raposa, de toque de bola. Mas qual é a
história de uma grande conquista que veio de mão beijada?
O jogo de hoje entre Cruzeiro X Santos foi tão emocionante que, caso
você tenha sobrevivido ao jogo, sugiro que não leia o texto para não correr o
risco de ter um enfarte.
Basta falar que com 2 minutos de jogo, aproveitando uma bobeada em
lance de lateral do Cruzeiro no campo de ataque, o Santos fez 1×0 com Robinho
em jogada fulminante de contra ataque.
Não tinha cenário pior para se começar o embate para o torcedor
Cruzeirense. Mas o time não estava afobado. Pelo contrário, colocou a bola no
chão, mostrou equilíbrio e, logo aos 7, em jogada que começou com um Ceará
inspirado pela direita driblando o Mena e chutando para o gol, Aranha deu
rebote e M. Moreno aproveitou a chance. 1×1.
A partir daí, o primeiro tempo foi marcado por um Santos tentando
pressionar e um Cruzeiro desarmando muito e perdendo inúmeras jogadas de contra
ataque. Até que aos 46, depois de um cruzamento mal cortado pelo Fábio, Rildo
disputou a bola com o Leo e caiu na área. E o árbitro marcou um pênalti absurdo
para o time praiano. Gabriel bateu e fez 2×1 no último lance do primeiro tempo.
Nervosismo, tensão, explosão e alívio.
O Santos voltou para o tudo o nada. E o Cruzeiro, que tinha brachas
ao seu favor, tentava cozinhar a partida e não fazia questão nenhuma de atacar
o time paulista. Parecia muito o jogo em que fomos castigados na Argentina,
contra o San Lorenzo. E tal lá, quanto cá, o castigo não tardou.
Logo aos 13 minutos, E. Ribeiro perde a bola no ataque e o Santos
arma um contra ataque. B. Rodrigo – que havia entrado no lugar de Dedé logo no
1º lance do jogo – escorregou e a bola caiu nos pés de Robinho, que puxou a
jogaa em velocidade e cruzou para Rildo fazer 3×1.
O resultado classificava o Santos. Para piorar, o Cruzeiro
simplesmente desapareceu do jogo, nada produzia, não tinha chutado NENHUMA bola
para o gol no segundo tempo. Para ‘piorar’, E. Ribeiro saiu machucado para a
entrada do J. Batista.
Mas como o jogo é futebol, simplesmente NADA está decidido até que o
juiz apite o final da partida.
Aos 35 do segundo tempo, Fábio deu um bicão para frente e o zagueiro
do Santos cabeceou mal a bola e ela sobrou para o William – el bigodón matador
– que cara a cara com o goleiro não perdoou e fez o 2º da Raposa. No primeiro
chute a gol, o Cruzeiro conseguia o resultado que lhe dava a classificação.
E tinha muito mais emoção pela frente com os 5 minutos de acréscimos
dados pelo juiz. Cansados e com o campo molhado, Santos e Cruzeiro alternavam
erros de passes na saída de bola, o time santista tentava de tudo, mas a zaga
celeste rebatia como podia.
E quando o santos foi para o tudo ou nada, já aos 49 minutos, o
Cruzeiro finalmente conseguiu aproveitar um contra ataque. Ricardo Goulart
disparou, cortou o zagueiro e tocou para o ‘Bigode’. E aí, amigo… É GOL
denovo, 3×3 que cravava o Cruzeiro na final da Copa do Brasil e fez a Sampa Azul EXPLODIR em alegria.
Um resultado justo, não pelo futebol de hoje… mas por toda a
roubalheira, pelo gol anulado, pelo pênalti inexistente (que a mídia tenta
dizer que foi legal, mas não foi), pelas faltas invertidas… Vencemos o Peixe,
que pela arbitragem, estava mais para ‘Robalo’ mesmo.
E para pegar quem na final? O rival Atlético, naquela que promete
ser a final mais tensa de toda a galáxia e história do futebol.
Haja coração… ou melhor, Raja!
Agora é marcar consulta com o cardiologista, deixar a ambulância de
plantão e se preparar para mais uma final este ano.
Vamos Cruzeiro! 

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