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Inacreditável como é previsível…

Quem ficou nervoso com o gol de empate do São Paulo no último minuto, domingo passado, não imaginava o nervoso que passaria hoje, no Ipatingão.
Por um destes acasos que só os Deuses do futebol explicam, o Cruzeiro começou a rodada deste domingo dependendo somente dele para entrar no tão almejado G4, mesmo depois de tantas bobeadas seguidas neste brasileiro. O adversário era um desmontado Vitória, que viria a MG para, no máximo, arrancar um empate… ou seja, tínhamos tudo para conseguir nosso objetivo.
Infelizmente para nós, torcedores celestes, o time do Cruzeiro parece um pacote de biscoito de polvilho: tem volume, parece bom, mas só faz barulho e é muito pouco efetivo para matar nossa fome. Em especial a fome de gols.
Como muitos outros jogos, o Cruzeiro começou com o tal bom volume de jogo. Fez a costumeira pressão sobre o adversário. Mas, também como de costume, pouco fez para marcar um gol.
Jones, que havia feito bons treinamentos na semana, fazia a pior estréia de um jogador que eu já tive a chence de ver no Cruzeiro. Incrível como um jogador pode errar TUDO o que tenta em uma só partida. Coisas de fundamentos básicos, daqueles que eu escutava meu treinador falar quando jogava bola no dente de leite aqui em São Paulo. Deve ser por isso que inventaram a frase: treino é treino, jogo é jogo.
O Cruzeiro até fez um golzinho aos 40 do primeiro tempo, mas o lance foi anulado corretamente pelo árbitro.
No segundo tempo, o time voltou com Roger no lugar de Jones. A modificação até mostrava efeito quando, aos 8 minutos da etapa complementar, depois de um lance de bola perdida de forma boba pelo Cruzeiro (mais uma vez dos pés do Henrique), o Vitória fez 1×0 e desmontou qualquer chance de reação do Cruzeiro.
Isso porque, mais do que a vantagem no placar, o Cruzeiro desmontou estratégica e emocionalmente. O Cuca sacou os 2 laterais, colocando Wallyson e Caçapa no time.
Aliás, permitam-me a pergunta. Por quê cargas d’água o Caçapa não pode formar a dupla de zaga desde o começo do jogo? Por quê sempre ele tem que entrar depois para tampar as merdas da nossa defesa, mesmo todo mundo sabendo que ele jogando ao lado do Edcarlos formam a dupla invicta do time?
No esqueminha “Deus nos acuda” (Há se fosse o Adílson…), o Cruzeiro tentou mais uma série de chuveirinhos sem efeito na área, além de mais um abando de chutões para o ataque.
Nervoso, o time ainda conseguiu mostrar que tem sangue nas veias e merda na cabeça. Aos 32, o jogador do Vitória fez cera e, por reclamação, o Frabrício recebeu um cartão amarelo e o Thiago Ribeiro conseguiu ser EXPLUSO. Ele teve a moral de tomar DOIS cartões amarelos na sequência por falar demais. Agora, ambos desfalcarão o time contra o Corinthians quarta que vem.
Isso porque ainda tivemos a dádiva de ver o “goleador” W. Paulista perder um rebote SEM GOLEIRO, cara a cara com o gol. Daí até o final do jogo, foi uma sequência de nada.
Há quem credite ao pijama amarelo com que jogamos hoje este time sonolento. Mas pessoalmente acho que foi uma sequência de escolhas erradas que fez nossa entrada no G4 cair por água a baixo.
Enquanto o Flamengo traz Deivid, o Inter traz o Tinga, o Santos segura o Neymar, nós gastamos os poucos caraminguás que temos em jogadores como Jonas, Wallyson, Perdiguer, Kieza, renovando o contrato de um Luisão que nunca jogou e outros mais…
Enfim… foi-se! Agora é enfrentarmos – com nossos desfalques – um embalado Corinthians que vem de vitória em um clássico, lá em Uberlândia… tradicional recanto de torcedores paulistas e cariocas em MG. Só coisa boa!
De bonito hoje, só a presença marcante da torcida celeste na Sampa Azul. Porque, de resto…
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Empate por falta de peças…

Hoje, contra o Grêmio “Cigano” Prudente, o Cruzeiro teve de mandar novamenteo uma equipe sem um armador de origem para o jogo.
No primeiro tempo, o time teve um bom volume de jogo, pressionou mais o time paulista e chegou a enfiar uma bola que bateu nas 2 traves do adversário e não entrou (lembrando muito o jogo da Libertadores contra o São PAulo no Mineirão). Wellington Paulista foi o autor do chute que quase morreu nas redes do adversário.
Já no segundo tempo, o time sentiu a ausência de mais jogadores criativos em campo. O Prudente havia mexido na estrutura do seu time e passou a incomodar mais ao time celeste.
Sem peças nem para montar um time titular, Cuca não tinha alternativas no banco e o time não conseguiu furar a defesa adversária, deixando o jogo em um 0x0 chato que persistiu até o final.
De positivo, ficou o bom posicionamento defensivo armado pelo Cuca que vem funcionando bem no Cruzeiro. De negativo, o fraquíssimo desempenho do atacante Robert e a falta de poder ofensivo do time sem os seus armadores.
Com o empate, o Cruzeiro ficou em 5º lugar no campeonato, distante dos ponteiros da competição. “Ruim” pela distância, mas confesso a vocês que para quem andava muito pessimista com o pós Copa do Cruzeiro, vejo esta 5ª colocação como “um copo meio cheio”.
Com a recuperação de Roger e Gilberto, junto com a chegada de Montillo e Farias, o time passa a ter algumas boas opções para o técnico Cuca armar a equipe.
Agora é torcer para que a arbitragem deixe nosso time jogar em paz no Morumbi, domingo que vem, contra o São Paulo.
Vamos Cruzeiro! Vamos buscar fora de casa estes pontinhos que nos escaparam hoje.
Na Sampa Azul…
Uma galerinha nota 10 marcou presença para o jogo. Ainda bem que foi nota 10, pois se tivesse sido nota 9 não teríamos assistido ao jogo com telão.
Precisamos rever alguns conceitos e ser mais flexíveis para atender bem àqueles que – em um domingo a noite – se predispõem a sair de casa para ver ao jogo.
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A saga de 11 Guerreiros…

O clássico de número 466 da história entre Cruzeiro X Atlético tinha igredientes especiais já antes da bola rolar.
De um lado, o esquadrão azul, que vinha de um empate muito ruim com o Grêmio em casa e precisava ganhar para não deixar a ponta da tabela escapar. Do outro, o time zebrado cacarejante, amargando as últimas posições da tabela e com um elenco cheio de contratações caras e jogadores “de peso”. Ambos precisavam ganhar.
No entanto, a batalha era em campo literalmente inimigo. Pela primeira vez na história, o clássico mineiro era disputado com uma torcida única: a do Atlético. E para piorar, o time estrelado jogaria sem seus meias de ofício (Roger e Gilberto) e o campo de batalha era a acanhada Arena do Jacaré, palco de jogos muito ruins do Cruzeiro e com a torcida adversária fungando no cangote de nossos jogadores.
O clima favorável ao adversário fez com que o Atlético tivesse a primeira chance do jogo, com Diego Tardeli, em um chute defendido pelo Fábio. Depois disso, o experiente time mineiro soube equilibrar os ânimos e com um bom toque de bola controlou o ímpeto do time e da torcida alvinegra.
Com a clara estratégia de acalmar o jogo, o Cruzeiro era comedido em suas investidas, enquanto o Atlético procurava aproveitar o apoio das arquibancadas e abrir o placar. Era um verdadeiro jogo de xadrez.
A pressão Atleticana veio por água a baixo aos 32 minutos, quando Wellinton Paulista acertou um canudo cinematrográfico na intermediária, soltando uma bola venenosa e mortal que morreu no cantinho direito de Fábio Costa, que não teve a menor chance de defesa. Cruzeiro 1×0, placar que fehou o primeiro tempo.
Ja na segunda etapa, o Cruzeiro voltou melhor e quase ampliou em jogada individual de Diego Renam que chutou para a defesa do goleiro adversário. O Cruzeiro estava mais organizado e o peso era todo atleticano. Aos 26, o mesmo Diego Renan perdeu um gol cara a cara com o goleiro.
Se o time não contava com a experiência de Gilberto, destaque do Cruzeiro, por outro lado o jovem Everton fazia grande partida. Atrevido e ousado, não se intimidava com a torcida ou a pressão adversária e jogava com personalizade, driblando e indo para cima do Atlético.
Edcarlos fazia sua estreia na zaga celeste em uma ótima partida, ao mesmo tempo que a raça de Fabrício e a categoria de Marquinhos Paraná balanceavam a vontade de atacar, com a sabedria dos toques cadenciados.
Cuca tinha um time muito bem postado em campo e o “profexô” Luxa não conseguia solução para reverter o jogo.
Aos 38 do segundo tempo, Diego Tardelli cometeu falta no Jonathan – inclusive pisando no jogador – mas o juiz nada marcou. Na seguencia, Gil interveio comentendo falta e usando o corpo de forma exagerada, sendo expulso de campo.
5 minutos para o término da partida e mais 4 de acréscimos. Era o final da batalha de 11 guerreiros (a esta altura 10) em campo contra um exercito torcendo contra. Vitória dos heróis da resistência.
Na Sampa Azul…
Todos comemoraram a vitória suada e merecida do esquadrão celeste. Ou melhor, quase todos.
Infelizmente tivemos uma ocorrência triste na partida de hoje. Desta vez – como já ocorreu em outras oportunidades – uma torcedora do Atlético compareceu em nosso QG para assistir à partida. Só que hoje, o adversário veio disposto a cutucar a maioria azul.
Cercade de cruzeirenses, em um bar azul e branco, a torcedora adversária optou por provocar a maioria celeste que, obviamente, respondeu com suas músicas e cantorias. Imprudente, torcedora seguia com suas provocações até que o Cruzeiro fez 1×0 e a galera explodiu em alegria e em desabafos verbais para a adversária.
Uma pena mesmo pois, em mais de um ano de existência, nós já recebemos torcedores do Atlético-MG, Corinthians, São Paulo, fizemos uma festa bacana com a embaixada do Furacão em SP e confraternizamos outras torcidas, sempre com o maior clima de respeito e paz de AMBAS as partes. Mas, embora esta seja a política de todos que frequantam a Sampa Azul, definitivamente o comportamento da visitante não foi sábio, tão pouco prudente. Serviu apenas para ser o estopim de toda uma discussão.
Magoada, a moça se retirou do bar e a festa da torcida azul continuou. Tomara que tenha sido a primeira e última vez que algo lamentável assim aconteça, ao mesmo tempo que fica a lição para que todos (nossa torcida e os adversários) sejamos mais prudentes e comedidos em nossas ações.
Tirante isso, a festa foi perfeita…
Agora, a supremacia recente do Cruzeiro sobre o time galinácio está ainda maior. E a próxima partida será com a NOSSA torcida a favor.
Quando o assunto é Cruzeiro X Atlético, o jogo pode ser em BH, no Uruguai, no interior de MG, com nossa torcida ou só com a torcida do adversário… a única coisa que não muda é o final: Vitória do Cruzeiro.
Parabéns guerreios azuis. Hoje, mais uma vez, este time honrou nossa camisa e jogou com raça!
Chupa freguesia!

Uma campanha supimpa!

A Petrobrás está produzindo uma série de vídeos sobre as torcidas do Campeonato Brasileiro. A idéia e retratar torcedores e histórias, e realmente a produção ficou bem bacana.

O vídeo sobre o Cruzeiro é o segundo da série e está disponível aqui abaixo para vocês poderem assistir.
Tá ai uma idéia que vale gol. Parabéns a Petrobrás pela iniciativa.
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O joguinho feio…

Era uma vez um torneio chamado Copa do Mundo, que caiu no colo do Brasil e, com isso, a cidade de Belo Horizonte teria então o prazer de ser uma das sedes.
Para tanto, o Mineirão teria de ser reformado e desfalcaria Cruzeiro e Atlético por 2 anos, pelo menos. Mas nada disso seria problema pois um novo Independência – o simpático estádio do América-MG – seria reformado e entregue para abrigar os jogos dos grandes clubes de MG.
Bem…. “Era uma vez”, ponto. Pois o prometido Independência tropeçou na burocracia e na falta de planejamento dos homens fortes que comandam o Futebol mineiro e – para ser mais incisivo – dos governantes que deveriam ter ajudado e dedicado uma atenção especial a Cruzeiro, Atlético e América.
Hoje, as grandes partidas da capital mineira estão deslocadas para o acanhado estádio de Sete Lagas, distante 70Km de BH, com um gramado duro, dimensões menores e dissolvendo jogo a jogo e prejudicando demais aos grandes times de MG que tem jogado nele com frequência.
Este desabafo chega pois a Arena do Jacaré foi um dos elementos que contribuíram para um dos jogos mais feios que eu já vi o Cruzeiro fazer. E que jogo duro de assistir.
9 mil heróis sobreviveram a um primeiro tempo de absolutamente NADA, até os 45 minutos, quando o Grêmio fez um gol. Para nossa sorte, logo no comecinho do segundo tempo, empatamos a partida, com Henrique.
Aos 30 e poucos o Grêmio fez o segundo de falta. Mas Henrique fez o segundo dele e do Cruzeiro, empatando a partida.
Que o jogo seria dureza, todo mundo sabia. Um time sem armação (muito por falta de opções devido a desfalques) não era algo promissor. Mas a quantidade de erros de passe foi algo fora do comum. O bom Fabrício errou mais do que demais… e o ataque com Robert foi algo duro de assistir.
Sem opções de jogo, estava dificil aprontar algo para um adversário também meia boca, e em péssima fase. O colombiano Reina mostrou o porque era reversa do Ipatinga: é muito limitado!
Agora, é procurar fazer algo mais parecido com um time para o primeiro “clássico” de uma torcida só… E para aumentar o desafio, a torcida será do time galináceo. (bom, pelo menos assim eles serão maioria uma vez na vida… rs).
Que o Cuca tenha sacadas maravilhosas e que consiga extrair mais deste nosso elenco. Nossa torcida merece algo mais próximo de um futebol de verdade, e não essa coisa horrorosa que assistimos hoje.