post

Cruzeiro do Presente!

‘Vou aonde você for, só para ver você jogar’. Foi com este espírito que mais de 50 amigos da Sampa Azul e outros tantos cruzeirenses de MG e de outras partes do Brasil compareceram a São Bernardo do Campo para a decisão da Super Liga de Vôlei. Compareceram para dividir ao meio o ginásio com a torcida do adversário paulista, o Vôlei Futuro.

Aquecimento no QG da Sampa Azul
O bandeirão da Sampa Azul foi ao dinásio, mas não pode entrar.
No ginásio, graças aos inúmeros bastões infláveis distribuídos pelo patrocinador do time de Araçatuba, os cânticos da torcida celeste ficavam abafados diante do enorme barulho de bateção que tomou o espaço. Mas não se engane, você que assistiu ao jogo pela TV. O apoio ao nosso time foi constante e intenso, como deve ser. 
A torcida que a TV não mostrou. Mas que não se calou nunca!
Com a bola em jogo, assistimos a um dos jogos mais tensos da história da Super Liga. O Cruzeiro começou arrasador, abrindo 4 pontos de vantagem logo de partida. Mas o time do Vôlei Futuro começou a tentar ganhar no grito o que não conseguia em quadra. E graças a carimba de jogadores como Ricardinho (aquele mesmo barrado da seleção por Bernardinho), Cubano e outros, deu-se início a uma confusão generalizada. Vários cartões amarelos depois, a partida retornou e o time celeste se desconcentrou, o que acabou custando o primeiro set da partida. 
Mais concentrado, o Cruzeiro voltou a quadra e fez por valer o seu melhor voleibol. Comandados pelo talento do levantador William e pela força dos ataques de Wallace, o time celeste superou a pressão adversária e bateu o adversário por 25/18. Momento em que não haviam bastões o suficiente para encobrir a gritaria da torcida do Cruzeiro. 


O terceiro set foi ainda mais fácil. Uma verdadeira aula dada pelo time do Sada Cruzeiro que bateu o catimbento time do Vôlei Futuro por 25/13. Neste set, o jogador Lorena – um dos mais reclamões e tinhosos do adversário – sentiu câimbras e teve de abandonar o set carregado.

O quarto e decisivo set do jogo foi o mais disputado e tenso de todo o jogo. O Vôlei Futuro mantinha uma vantagem apertada diante do Cruzeiro durante todo o início do set. Mas com muita calma, talento e perseverança, o Cruzeiro conseguiu virar o placar. E ao abrir 21/17 a festa da torcida já era quase completa.

No último ponto, 2m41 segundos foi o tempo que o Cruzeiro demorou para sacar a bola, depois de um tempo técnico a véspera do match point. Saque celeste e a bola escapou do domínio adversário… E, enquanto a bola viajava nas alturas e se dirigia para a arquibancada, mesmo sem cair a torcida vibrou aos gritos de “É campeão!”.

Foi muito, mas muito bacana poder ser testemunha de um momento tão legal quanto este. Mais bacana ainda poder superar um time tão nojento quanto o Vôlei Futuro, de jogadores chatos e chorões – em especial o ridículo Ricardinho. De poder superar o time queridinho da CBV e da mídia, desde o chororô envolvendo o jogador Michael e a torcida celeste…

E o Cruzeiro, que ano passado bateu na trave na grande decisão do torneiro ganhou, merecidamente, o titulo de Campeão da Superliga 2012, confirmando assim a sua boa fase e concretizando o nascimento de mais uma potência do vôlei brasileiro.


Parabéns ao Sada Cruzeiro pela conquista e para toda a torcida celeste que apoiou o time hoje.

Agradecimentos:

Gostaríamos de agradecer ao marketing do Cruzeiro, que ajudou a Sampa Azul na aquisição de ingressos para a grande final. Saibam que o apoio do Cruzeiro foi fundamental para que estivéssemos presentes hoje.

Em especial gostaria de agradecer a todos que ajudaram na mobilização da Sampa Azul esta semana, mesmo sendo tão em cima da hora, mesmo custando tanto tempo e dedicação de todos vocês… em especial aos amigos Duca, Geraldo, Marquinhos e a incrível Sara. Pessoas sem as quais nada disso seria possível hoje.

Se houvesse um troféu para os destaques da torcida, todos vocês mereceriam um.

Um forte abraço a todos e até domingo, com mais uma decisão… agora em um campo onde somos ainda mais apaixonados: o futebol.

Para finalizar, deixamos vocês com os momentos finais do histórico jogo de hoje.

post

De alma lavada!

“É Campeão! É Campeão! É Campeão!”

Este foi o grito que ecoou na av. Brigadeiro no começo da noite deste domingo. Com o placar de 2×0 sobre o rival, o Cruzeiro reverte a vantagem e levanta o caneco que lavou a alma da torcida Cruzeirense.

O jogo.

Nunca fui muito de comemorar Campeonato Mineiro. Talvez por ser paulista, ou por ter me acostumado a ver o Cruzeiro conquistar tanta coisa mais importante, os campeonatos mineiros nunca me emocionaram muito. Mas hoje foi diferente.

Hoje, não estava em jogo só mais um campeonato mineiro. Estava em jogo a moral de um ótimo time que, após a eliminação da Libertadores, andava de cabeça meio baixa. Era o jogo da ‘volta por cima’, para superar qualquer tipo de desconfiança da nossa torcida. Ao mesmo tempo, era a oportunidade perfeita para calar torcedores ‘parasitas’, aqueles sem time para torcer e que só comemoram algo quando a gente perde alguma coisa.

Antes da partida, um ‘Parabéns para você’ para a nossa amiga Babi animou a galera no QG. Era a primeira festa do dia e, em meio a muita expectativa, rodeados por uma multidão azul e branco que tomou a Sampa Azul hoje, teve início o primeiro tempo do jogo.

Com a bola no pé, o primeiro tempo foi predominantemente azul, mas faltaram lances agudos, faltava aquele detalhe a mais para tirar o primeiro zero do placar. Nos contra-ataques, o time do Atlético de Minas também era perigoso.

As melhores chances do Cruzeiro aconteceram em duas falhas do adversário. A primeira, aos 22, Róger de carrinho quase fez o primeiro gol da partida, mas pegou mal um cruzamento de Marquinhos Paraná. Aos 31, saída errada do goleiro atleticano e a bola sobrou para Wallyson que desperdiçou a chance cruzando uma bola que era para ser arrematada para o gol.

Embora tenha jogado melhor e buscado mais o gol, o primeiro tempo acabou mesmo em 0x0.

No intervalo, chovia muito em São Paulo. Mas a galera que compareceu no QG fez das águas um combustível para muita animação e cantoria para a tradicional ‘foto do intervalo’. E a corrente positiva fez a diferença.

O segundo tempo começou…

E com ele a tensão também. Ninguém ali acreditava que o time com o melhor ataque do campeonato não conseguiria marcar um golzinho sequer no adversário. Mas a partida seguiu dura. O Cruzeiro ia para cima do jeito que dava, e o Atlético se defendia muito bem, recuado e aproveitando os contra-ataques. Aos 11 minutos, Roger recebeu um passe na entrada da área e chutou uma bola que passou caprichosamente pelo canto direito do goleiro Renan.

Precisando do resultado, Cuca sacou o Éverton e colocou o André Dias, mas 3 atacantes em campo o Cruzeiro diminuiu o ritmo e viu o Atlético crescer no jogo com seus contra-ataques.

O time parecia exausto, cansado e sentia o peso do mundo nas costas. Libertadores, derrota no primeiro jogo, desconfiança… Momento que culminou aos 29 minutos em uma bola chutada para frente, Magno Alves recebeu um passe totalmente livre e cara a cara com o Fábio. Ele podia ter feito o que quisesse e ter marcado um gol terrível para as pretensões Cruzeirenses.

Mas o Cruzeiro tem no gol simplesmente o melhor goleiro do Brasil e, mais uma vez, Fábio operou um verdadeiro milagre se jogando na bola e retirando a mesma dos pés do atacante atleticano. Parecia aquele momento dos filmes em que o mocinho sofre, sofre e sofre antes da reação final. E por sorte foi mesmo assim que as coisas aconteceram.

No lance seguinte, jogada pelo flanco esquerdo do campo. O Atlético estava fechadinho, todo mundo marcado e a bola chegou nos pés de Wallyson. Ele pegou a bola, passou por dois marcadores, encontrou um espacinho de nada na zaga adversária e mandou um chute no cantinho esquerdo do gol para fazer Cruzeiro 1×0 Atlético.

A Sampa Azul explodiu em emoção. Literalmente! Em meio aos gritos, muita vibração, copos saíram voando pela rua e gente tomou banho de cerveja. A partir daí era impossível ficar sentado.

Em peso, a torcida ficou de pé no QG, marcando junto com o time cada jogada do adversário. Já não havia mais unha para roer. Assistir ao jogo era um verdadeiro teste para cardíacos.

Foi então que, talvez para preservar o coração dos cruzeirenses, o sinal do PFC caiu. Depois do grito de gol, a multidão que estava na Sampa Azul ficou sem ver o desenrolar da partida. Tudo o que tínhamos eram uma ou duas pessoas ouvindo o jogo pela internet, pelo iPhone e narrando para a galera.

E eu que há muito tempo não via um gol de falta do Cruzeiro, não pude ver novamente. Em meio a muita gritaria e tensão ouvimos “Alguém do Atlético foi expulso”… E no meio da gritaria pela expulsão do adversário, ouvimos um “foi gol do Gilberto, foi gol do Gilberto!”. Parte da galera vibrou, enquanto a outra metade tentava confirmar o gol pelos celulares e ligando para os amigos.

Aos 44 do segundo tempo, a imagem voltou. E alí, no cantinho do placar constava Cruzeiro 2×0 Atlético. Aí sim a vibração foi geral.

Ainda de pé e cantando muito, a torcida jogava junto com o time e torcia pelo final do jogo. Era muita emoção, era a volta por cima, era o jogo da superação… Faltava esta vitória para gente.

E depois de 48 minutos e pouquinho, o Cruzeiro que já havia ganho do Atlético com muitos gols, com poucos, no Brasil, no exterior e só com torcida deles, completava o seu álbum de vitórias com um triunfo em frente a nossa torcida… O mais importante de 2011, a vitória do seu 36º título mineiro.

E fica o dia de hoje registrado como o dia em que este time de guerreiros lavou a alma do seu torcedor. Lavou só não… Lavou, secou, passou e engomou, deixando nossa alma prontinha para os novos desafios que estão por vir ainda em 2011.

Fica hoje registrado como o primeiro título que assistimos juntos na Sampa Azul!

O Wallyson mostrou ter estrela, o Leandro Guerreiro fez a melhor partida com a camisa do Cruzeiro, o Fábio fechou o gol e fez seus milagres de sempre e o Gilberto correu muito, jogou muito e foi premiado com o gol do título… Que luta!

Parabéns Cruzeiro!

Esta conquista foi mais do que merecida. E não há muito mais que eu possa ou queira dizer aqui. Deixo vocês com a única coisa que vale a pena escrever e gritar no dia de hoje…

É CAMPEÃO, É CAMPEÃO, É CAMPEÃO! É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!