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“Seremos Campeões e não se esqueça”.

Meu Deus… QUE JOGO! Partidas assim deveriam ser transmitidas de
dentro de uma UTI por que, sinceramente, o risco para o coração azul e branco
era constante. Aliás, é sobre isso que o texto de hoje fala: do coração.
Mais de 40 mil corações foram pulsar no Mineirão hoje, diante do
Criciúma, em mais uma final rumo ao tão sonhado Tri do Brasileirão. Um jogo
que, em condições normais, seria considerado fácil… Mas ‘normal’ não é
exatamente um adjetivo para esta partida.
Com a bola rolando, o Cruzeiro foi soberano e arrasador no início da
partida. Com grande volume de jogo e vontade, o time criava chances e
pressionava. Aos 12 minutos, teve o esforço recompensado com Everton Ribeiro,
que chutou cruzado, entre dois marcadores para fazer 1×0. Pouco depois, o mesmo
Everton Ribeiro recebeu um passe, enquanto penetrava pela ponta esquerda da
área. De calcanhar ele devolveu o toque para Dagoberto que pegou de primeira,
para fazer uma pintura de gol. Explosão azul de felicidade no Mineirão.
Mas o Cruzeiro diminuiu um pouco o ritmo. O Criciúma pouco havia
feito na partida até então. Mas, aos 33 minutos, em uma belíssima cobrança de
falta, o time de Santa Catarina diminuiu o placar em cobrança de falta de João
Vitor, 2×1.
O Cruzeiro passou a errar passes, se desarrumou em campo e, para
surpresa de todos, tomou o empate em bola mal cortada por Leo que caiu nos pés
de Líns, aos 43 do segundo tempo. O time e a torcida mal haviam absorvido o
golpe quando, aos 45, o time catarinense virou a partida com Ricardinho, aos
45, em bola que sobrou na entrada da área.
O peso do improvável assombrava time e torcida.
Ao final do primeiro tempo, pela primeira vez no ano, o time foi
vaiado pela torcida. Seria preciso futebol e coração para reverter aquele
momento super negativo.
Para os jogadores, era o peso de 3 derrotas em 4 jogos nas costas,
questionamentos, pressão da torcida. Para os corações da arquibancada, era
angústia, nervosismo… Era o questionamento de se aquele, que parecia ser um
título próximo, escaparia de nossas mãos. Era o peso de 10 anos desde a última
grande conquista. Vencer este jogo era uma necessidade. Fundamental para se
evitar qualquer tipo de crise.
Sorte nossa que o M. Oliveira agiu como treinador e não como
torcedor.
Minha vontade, e a de muitos torcedores, era de empurrar o time no
grito. Queríamos que o elenco fosse a frente com tudo, pressionasse, jogasse
com gana. Muitos queriam mudanças. Mas, no lugar disso, o M. Oliveira preferiu
dar um voto de confiança ao time, não mexeu em nenhuma peça, e apostou na calma
para vencer o jogo.
Logo aos 4 minutos da etapa complementar, o lateral Suéliton foi mal
expulso em lance que nem falta aconteceu. O ‘ator’ William, que já havia cavado
um pênalti no jogo passado, conseguira a expulsão de um jogador adversário.
Com um a mais, o jogo virou ataque contra defesa. Mayke e J. Batista
entraram nos lugares de Henrique e Ceará. O Cruzeiro pressionava, mas com
toques de bola, sem ser agudo. A ansiedade estava levanto todos a loucura. O
Criciúma se segurava como podia e como não podia. Aos 12 minutos, Mayke cruzou
a bola pela direita, a bola foi para os pés de Borges, que dominou, puxou e
chutou para empatar a partida.
O Mineirão, assim como a Sampa Azul, explodiram em vibração. Eu
não… Não conseguia, estava alí estático em meio aos gritos da galera,
sofrendo de puro nervosismo. Eu queria mais… o time precisava de mais…
Foi então que o M. Oliveira colocou Élber no Lugar de Willian e a
estrela do treinador brilhou novamente. Mais uma vez pela direita, agora com
Élber, um cruzamento… A bola vai para a área e Borges sobe para cabecear e
fazer o gol da virada. Gol do Cruzeiro, explosão da torcida, choro do camisa 9,
choro nas arquibancadas. Foi incrível e inexplicável.
Só tendo um coração cruzeirense para se entender a alegria deste
gol, do alívio, da libertação! Mais do que uma vitória, era o time provando que
tinha coração, que tinha alma, que era capaz de reverter grandes adversidades.
Éramos testemunhas de mais uma página heróica e imortal.
O time estrelado passou a tocar a bola. Tentavam mostrar calma ante
a 40 mil enlouquecidos que regiam o time ao som da voz e da pulsação de seus
corações. Aos 38 da etapa complementar, Dagoberto sofreu pênalti. Ele mesmo
cobrou para dar números finais a partida. Cruzeiro 5×3, em uma vitória com cara
de time campeão.
Mais do que 3 pontos, valeu pela garra, pela superação e pelo
simbolismo que este jogo teve. Valeu pelo alívio, pela emoção, pela garra, pela
gana, pelo choro! Meu Deus… Que jogo!
Ainda não ganhamos nada… mas como estamos perto! Será uma semana
para todo Cruzeirense ficar orgulhoso do seu time. Será uma semana para
cantarmos a plenos pulmões “Seremos campeões e não se esqueça”.
Hoje, a foto do intervalo ficou para o final da partida, dada a
tensão do jogo. Mas, pela cara da galera, vocês podem ver que valeu a pena. (Aliás, eu posto mais fotos depois, quando me recuperar deste jogo, ok?… rs) 
Vamos Cruzeiro! Falta pouco para o objetivo final. E estaremos
juntos em cada partida.

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