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Evoluindo

O
placar de 3×0 foi bom, mas o futebol do Cruzeiro ainda tem muito a evoluir. Em
um time que teve dificuldades em sair com a bola pelo meio e apresentou
problemas de marcação, deu gosto de ver o esforço e vontade dos jogadores.
Damião,
com 1 assistência e 2 gols foi o nome do jogo e destaque pela vontade, correria
e confiança. Judivan, que entrou na etapa complementar, também mostrou bola.
Arrisco dizer que se tiver sequência, não sai mais do time.
Arrascaeta
ficou devendo pela expectativa todos tiveram dele. Teve uma tarde de ‘Ganso’,
alternando toques muito bons com uma certa pasmaceira em movimentação e
combate. Precisa mostrar mais.
Bendito
seja o Campeonato Mineiro, um campeonato fraco que vai possibilitar ao Cruzeiro
buscar o entrosamento que o time precisa e dar confiança para jogadores
importantes como o Damião.

Vamos
Cruzeiro. Evoluir um pouco a cada jogo.
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No meio do problema.

Meu lado corneta anda meio hiperativo esses dias. Pode ser esse marasmo sem grandes jogos, ou as mil e uma manchetes do vai e vem do mercado que mentem e se desmentem com uma velocidade incrível. Não sei ao certo.

Agora há pouco li uma notícia que me preocupou bastante. Nosso querido Gilvan deu  uma declaração sobre as negociações do Cruzeiro, e pode ser que a vaga de Éverton Ribeiro continue em aberto por tempo indeterminado. Complicado.

O time que começou o jogo domingo no campo de várzea do Democrata contava com quatro atacantes. Isso mesmo, quatro! Leandro Damião, Marquinhos, William e o garoto Judivan eram os encarregados da criação e conclusão das jogadas. Que eu esteja errado, mas nenhum desses aí joga de meia.

“Ah, mas é o Mineiro!”, alguém vai dizer. E sim, é o Mineiro! O campeonato cheio daqueles times que você nem sabe de onde vêm era para ser a extensão da nossa pré-temporada. Eu realmente acreditava que estrearíamos na Libertadores com um time redondo. Vai ser difícil.

Para a posição, temos De Arrascaeta que chegou com muito prestígio. Mas só o vimos uma vez, e nem com a bola nos pés ele estava. Não jogou no último amistoso e não jogou domingo, com a desculpa que “estava sem ritmo de jogo”. Ué, vai ganhar ritmo como então?

Estou preocupado com esse começo de temporada. Ainda não temos um time para começar a estreia da competição mais importante do ano, que, olha lá, é em três semanas. Espero que os próximos capítulos acalmem essa hiperatividade do meu lado corneta. Caso contrário, já vou encomendar a Ritalina.

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O clichê do desmanche.

O Cruzeiro cruzou os anos de 2013 e 2014 atropelando times, tabus e adversidades. Foi campeão com sobras, calando mesas-redondas, cornetas e estádios Brasil afora. Era o trunfo do planejamento de uma cúpula nova, era a vitória do futebol moderno, dos lances envolventes em campo e também fora dele. De tão original e vanguardista, o time foi conhecer sua derrota naquilo de que mais fugia: o clichê.

“Vender para fazer caixa”. O lema de Perrella e da maioria dos times brasileiros voltou para assombrar as manchetes e muitas de nossas ambições, dando início ao esfacelamento do elenco celeste. A cada semana, uma nova venda, até que a base bicampeã se foi em meio a altas cifras e negócios da China.

A ida de Éverton Ribeiro para Dubai anunciada logo antes da partida contra o Shakhtar Donetsk, selava o pacotão de desmanche a que o Cruzeiro se submeteu. O amistoso ganhava espectadores ainda mais receosos com o que o time poderia mostrar em campo, afinal, os jogadores que se apresentavam em frente às arquibancadas mal sabiam o nome do companheiro ao lado.

O primeiro tempo foi um verdadeiro convite para curtir o aniversário de São Paulo. A cada passe errado, as comidas das feiras gourmet e as comemorações que aconteciam pela cidade ficavam mais interessantes e convidativas. Era duro assumir que a melhor equipe do Brasil perdia de 1×0 para o time do Dentinho.

Até que chegaram os quarenta e cinco minutos finais. Marcelo Oliveira, como sempre, deu aquele sacode e acordou o grupo, que em uma jogada de muita velocidade igualou o placar. O gol veio para coroar um conjunto desentrosado, mas que se esforçou muito para que os presentes no Mané Garrincha saíssem com um pequeno alento, que fosse.

Temos à frente um mês crucial antes de começarmos a desbravar a América. O Mineiro vai ser nosso grande aliado no entrosamento e construção de um time do tamanho  e com jeito de Cruzeiro. Se mostrarem a mesma vontade do segundo tempo de ontem, logo esqueceremos das peças que nos foram tiradas. Que as vendas desse desmanche nos mostrem que os que ficaram, não estão vendidos.

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Até agora, valeu muito. O que mais nos aguarda?

Quem
conviveu com a agoniante situação dos anos de 2011 e 2012 dificilmente
imaginava que 2013 e 2014 seriam tão sensacionais como foram. Se nos dois
primeiros o grito era de ‘devolvam meu Cruzeiro’, nestes dois últimos anos o
apelo – ou melhor – o desafio é ‘não deixem meu Cruzeiro ir embora’.

Chegar
ao topo é algo difícil, mas manter-se nele é algo ainda mais desafiador. Por
isso mesmo a conquista do Bicampeonato Brasileiro consecutivo é algo tão
expressivo.
Quando
este elenco foi montado, o então diretor de futebol Alexandre Mattos disse:
temos time para, pelo menos, 3 anos. Pois bem, chegamos ao 3º ano consecutivo
com quase o mesmo elenco e com grandes expectativas. O problema agora é que o
Cruzeiro é a bola da vez, o time que todo adversário quer bater para aparecer e
provar o seu valor.
Não
bastasse o desafio de motivar um elenco vencedor, algumas peças que já foram
importantes já não fazem mais parte do nosso time. A. Mattos mesmo foi um que
abandonou o barco, enquanto Borges – destaque em 2013 – pouco fez em 2014 e
acabou dispensado. M. Moreno dificilmente permanecerá na Toca, enquanto o
experiente Samúdio também já não faz mais parte do Cruzeiro.

quem diga que a manutenção do elenco é o ‘maior reforço’ do time. Pessoalmente
discordo. Uma equipe como o Cruzeiro precisa de grandes nomes para não deixar
acomodado os grandes atletas que aí estão. Temos que ter uma sombra para cada
posição do time titular. E se por um lado poucos deixaram o time, por outro
quase ninguém chegou.
O
final deste 2015 pode ser de consagração ou de grandes problemas para o
Cruzeiro. Muitos atletas do elenco atual terão seu contrato no fim, o que
forçaria a diretoria a ter que vende-los para reaver parte do capital empregado
para a montagem deste time campeão. Ou mesmo a necessidade de renovar tais
contratos, porém com valores muito superiores uma vez que todos agora são
campeões e estão valorizados.
Na
verdade, muito da motivação e manutenção deste time passa necessariamente por
um bom desempenho na Taça Libertadores. Primeiramente pelo lado financeiro que o
torneio proporciona. Depois, pela gana que os atletas devem ter em participar
de um torneio tão importante com chances de sermos campeões.
Temo
que uma eliminação no torneio continental possa ser o marco final de um ciclo
vitorioso para este elenco, tal qual conhecemos. A venda de jogadores e o
recomeço de um projeto seriam quase inevitáveis. (É bom deixar claro que não me
refiro ao ciclo de vitórias, mas deste elenco como conhecemos hoje).
Por
tudo isso, vejo que seria a hora de a diretoria fazer aquele esforço adicional
para trazer um ou dois jogadores pontuais para realmente entrarmos com tudo na
disputa pela LA2015. Um frente de ‘responsa’, um camisa 9 matador seria uma
peça indispensável (Sinceramente não acredito que este atleta tenha o perfil de
um Leandro Damião, por exemplo… embora eu vá torcer e apoiar muito o jogador
caso ele venha).
Temos
um ótimo goleiro, 4 zagueiros muito bons, dois meias sensacionais, dois
laterais direitos que dão conta do recado e uma dupla titular de ‘volância’ em
grande fase. Pessoalmente, acredito que precisamos de um bom jogador para a
lateral esquerda para pressionar e revezar com o Egídio e dois bons jogadores
de área, uma vez que Alisson, Dagoberto, William e Marquinhos podem fazer um
bom papel como segundo atacante.
Independente
do que aconteça daqui para frente, este grupo já ficou marcado na história do
Cruzeiro. São verdadeiros heróis, bicampeões brasileiros. Ou seja, o saldo já é
positivo… o que pode acontecer é acumularmos ainda mais glórias e crédito.
Se
em campo as coisas caminham bem, nós – torcedores – também precisamos continuar
a fazer o nosso papel.
Daqui
há pouco tempo, Corinthians e Flamengo passarão a receber absurdos 170 milhões
da Globo, enquanto o Cruzeiro ficará com apenas 60. Um abismo de 110 milhões
que promete acabar com a competitividade do futebol Brasileiro.
A
única coisa que pode nos manter na disputa é a mobilização de nossa torcida e a
adesão ao programa de Sócio do Futebol do Cruzeiro. Por isso, caso você já seja
sócio, continue com a sua parceria com o clube. E caso você não seja, faça um
pequeno esforço para tornar-se um. O Cruzeiro depende de você para continuar
forte e na luta por títulos.
2015
bate à nossa porta e entraremos neste ano com tudo, em busca de mais títulos e
mais páginas heroicas e imortais.
Um
feliz ano novo para toda a nação celeste. Um ano novo e – se Deus quiser –
cheio de conquistas.
Vamos
Cruzeiro!
 
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Não faltou raça, faltou perna.

Ninguém
gosta de perder, especialmente para o rival. Porém existem Derrotas e derrotas,
daquelas que nos convida a observar algo além do resultado final.
Nem
de longe desejo contestar a vitória justa do adversário, mas é notório que o
revés na final da Copa do Brasil veio como ‘a conta a pagar’ pelo título
Brasileiro de 2014.
Discordo
daqueles torcedores de cabeça quente que, movidos pela cegueira da raiva e da
tristeza, dizem que faltou raça ao time. Não faltou luta, faltou ‘perna’ mesmo.
Discordo
também daqueles que bradam ‘mas o Cruzeiro jogou o mesmo tanto de outros times,
deveria correr igual’. Horas, pode ter até jogado o mesmo número de partidas,
mas nem de longe foram jogos com a mesma tensão emocional e intensidade física
que o líder do Brasileiro foi obrigado a se submeter. Todos jogam diferente
contra o Cruzeiro, o time a ser batido.
Lesões,
uma sequência decisiva de contra Santos, Grêmio e Goiás intercaladas com
decisões contra o Santos e Atlético na CB cobraram ontem o seu preço.
Não estou
procurando desculpas. Até porque, sinceramente, não acho que uma equipe que
tenha vencido o campeonato regional, tenha conquistado o Bicampeonato seguido
do Brasileirão (torneio mais difícil e importante do país) e tenha ficado com o
vice da Copa do Brasil precise de desculpas. Ele merece é o reconhecimento da
torcida, coisa que aconteceu ao final da partida pela galera que foi ao
Mineirão.
Quem
acompanha meus textos e opiniões, sabe que eu sempre achei o time de 2013
melhor que o de 2014. Melhor talvez não seja a palavra ideal… mais ‘inteiro’
seria mais adequado. Apesar de tudo isso, lideramos o Brasileiro desde a 6ª
rodada e somos campeões novamente.
Sobre
a partida da final da Copa do Brasil, a verdade nua e crua é que o Cruzeiro
andou em campo, enquanto o Atlético fez o jogo da sua vida. Somente um time
jogou esta final em plenas condições físicas e deu no que deu.  Com certeza, em outra situação o desempenho
da Raposa seria bem diferente.
Em
qualquer outra situação, uma derrota como esta naquele que haveria de ser o
maior clássico da história do RapoCota, seria terrível para os Cruzeirenses.
Mas os feitos recentes do time fizeram com que a torcida entendesse a limitação
física da equipe neste momento (entender, não aceitar, diga-se de passagem).
Ou
seja, para o decepção do outro lado da Lagoa, os Cruzeirenses num geral saíram
resignados com o momento do time, apesar da derrota, que ficou em segundo
plano. Os caras querem ‘zoar’ e ninguém liga. Até porque, há de se destacar que
as coisas continuam como sempre foram em MG: com o Cruzeiro sendo o maior time.
Somos
Tetracampeões desta mesma Copa do Brasil e Tetracampeões do Brasileiro, torneio
ainda mais importante. Fora os outros títulos que eles estão cansados de
perseguir. É tanto furdunço que chego a pensar que eles nunca ganharam uma Copa
do Brasil antes… rs
Aos
Cruzeirenses resta torcer para que a diretoria consiga renovar com o M.
Oliveira e construa um elenco ainda mais forte para 2015, quando teremos a
chance da ‘revanche’.
Vamos
Cruzeiro! Estamos juntos em todos os momentos, tanto nas vitórias, quanto nas
raras derrotas. E permaneceremos sempre…

#FechadosComOCruzeiro.