Sabem aquela musiquinha que a torcida canta: “Se o Cruzeiro vai jogar eu vou… se o Cruzeiro vai jogar eu vou…”?
Pois ontem foi dia dela, uma vez que o jogo contra a Ponte marcou a primeira caravana
para jogos fora da cidade de São Paulo que promovemos. Fechamos uma van e fomos
em 15 pessoas para o Moisés Lucarelli apoiar nosso Cruzeirão. Isso, fora a
galera que foi de carro. E valeu a pena.
O estádio.
Essa experiência vai render ais um capítulo do ‘guia de
sobrevivência nos estádios’ que escrevemos aqui no Blog. Mas o que eu posso
dizer é que realmente a torcida da macaca é chata e má encarada. No andar das
ruas, quando alguém via camisas azuis logo fechavam a cara e faziam ameaças.
O estádio fica em meio a muitas casas, uma região residencial.
Próximo ele, do lado da torcida visitante, tem um barranco e passa uma linha de
trem aparentemente abandonada.
Dentro, é um estádio meio pitoresco. Logo na entrada você vê a
arquibancada e, na frente dela, existe um espaço que parece um palco, uma
‘mini-esplanada’, que tem ao seu canto esquerdo um ‘resto’ de escultura. Depois
disso vem a grade. A visão do campo é ‘ruim’. O gol do outro lado do campo fica
beeeeeeem longe dos olhos.
Na entrada do banheiro, que fica abaixo da arquibancada, tem água
saindo constantemente de alguns canos. Esta é a ‘torneira’ do estádio e todos ficam com a
impressão de que esta água não é bem limpa, uma vez que ela fica logo abaixo do
nível do banheiro. Mas aparentemente era limpa sim. (rs).
A torcida.
Nós, da Sampa Azul, marcamos presença entre a galera que lotou a sua
parte. O arco atrás do gol estava completamente tomado de azul. Ao chegar,
antes do apito inicial, a torcida azul da região fazia a festa. Mas, durante a
partida, quem deu SHOW de animação foi o pessoal da Máfia Azul. Eles cantaram
literalmente o jogo todo, muito animados. E deram preferência a músicas que
falavam sobre o Cruzeiro. Foi muito legal!
O jogo.
Time em campo e percebemos logo uma camisa 23 como novidade. M.
Oliveira havia decidido poupar o Egídio e colocou Everton no lugar. Esta era
praticamente a única mudança no time titular do Cruzeiro.
Quando a bola rolou, o que se viu foi um Cruzeiro tentando tocar
mais a bola, enquanto a Ponte tentava vir para o abafa. Alguns torcedores na
arquibancada diziam que o time estava com o freio de mão puxado. Quando, na
verdade, M. Oliveria fazia aquilo que muitas vezes faz fora de casa: cozinha o
adversário.
De perigo mesmo, a Ponte não produziu nada. O Cruzeiro, ao
contrário, fazia uma boa partida e levava perigo vez ou outra. Aos 22 do
primeiro tempo, em cobrança de escanteio, o time estrelado abriu o placar com
Dedé. Gol muito importante para que o nosso zagueiro – que sempre joga bem
apesar de uma ou outra falha por baixo – retomasse sua confiança. Aliás,
diga-se de passagem, Dedé foi um monstro na partida.
Souza se machucou no final do primeiro tempo, dando lugar ao ótimo
Lucas Silva. Mas de novidades o primeiro tempo não ofereceu mais nada.
Na saída para o intervalo, o time ia para o vestiário bem próximo a
torcida. Na grade, logo uma multidão se aglomerou para falar com os jogadores.
E, neste momento, uma cena bem legal. Muitas, mas muitas crianças estavam na
torcida. Algumas nas grades, muitas correndo e brincando naquele espaço da ‘mini-esplanada’
que comentei com vocês acima. É a nova geração celeste nascendo e acompanhando
o time. Muito bacana!
No segundo tempo, o panorama da partida foi igual.
A Ponte tentava levar perigo. E, a bem da verdade até teve uma ou
outra chance de gol. Mas a verdade é que o Fábio nem sujou a camisa nesta
partida. Já o Cruzeiro contra atacava com eficiência e perdia gols, como de
costume. Em uma das chances, Borges recebeu a bola na pequena área e isolou em
um chute para fora.
O camisa 9 não vinha bem, claramente abaixo do condicionamento que
precisa. Mas o Borges é o Borges, e ao perder o gol eu tinha certeza de que ele
faria outro para compensar. Não deu outra. Aos 27 do segundo tempo, ele recebeu
a bola na área, virou e encheu o pé para fazer 2×0 Cruzeiro.
Festa geral na torcida celeste. Era a consolidação de 3 pontos importantíssimos,
daqueles que todo time que quer ser campeão belisca quando joga com a Ponte no
estádio deles.
Para completar o segundo tempo, vale o registro da reestreia do
volante Henrique, que fez a sua primeira partida desde que retornou ao
Cruzeiro. E os gritos de olé que a torcida celeste deu, quando o Cruzeiro
colocava a Ponte na roda.
Parabéns Cruzeiro. Parabéns torcida celeste.
Agora é foco total para a difícil partida contra o Flamengo no
Maracanã, próxima quarta feira. É, mais uma vez, hora de mostrar que temos time
para ser campeão. E este time vem provando que pode.
Vamos Cruzeiro!