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Passando nervoso!

Vocês já tiveram um mau pressentimento? Pois bem, o meu começou quando soube que nossa diretoria colocara o ingresso para o clássico a abusivos R$40,00, mesmo sabendo que este “clássico-prematuro” acontece na mesma semana do jogo mais difícil e importante da primeira fase da Libertadores. O resultado foi uma “torcida-única” sem a pressão que o jogo merecia.
Mas a derrota de hoje não foi de arquibancada, mas sim por uma série de desastres mais do que anunciados, problemas que são velhos conhecidos de nossa torcida.
O jogo.
Tal qual o último jogo entre as 2 equipes, o Cruzeiro foi superior durante boa parte do jogo. Mas como em futebol a única estatística que conta é bola na rede, tivemos de amargar mais uma derrota por incompetência nas finalizações.
A partida começou equilibrada, mas com o Cruzeiro sendo mais incisivo e com maior volume. Ao mesmo tempo, o Atlético de Minas saia bem organizado e sempre perigoso pelo flanco esquerdo do campo.
Aos 19, em bola chutada para dentro da área, a bola sobrou no pé de W. Paulista que, cara a cara com o goleiro não perdeu a chance de marcar e garantir mais uma “sobrevida” como titular do Cruzeiro. 1×0.
Mas pouco depois, em um pênalti ‘mandraque’ que só o juiz viu, Diego Tardelli empatou a partida. E logo depois, o mesmo Tardelli aproveitou um lapso de nossa defesa e virou para o time listrado, aproveitando uma bola rebatida pelo Fábio.
O Cruzeiro tratou de ir para cima e cansou de perder chances. Henrique cabeceou uma bola na trave, e o goleiro Renan fez ótimas defesas em chutes de T. Ribeiro, W. Paulista e Gilberto. Era um resultado ‘injusto’ pelo volume apresentado em campo, mas justificácel pela falta de pontaria e capacidade de definição de nosso time.
Segundo tempo, e mesmas falhas.
Roger entrou no lugar Gilberto, que realmente havia produzido pouco no primeiro tempo, e Edicarlos no lugar do amarelado Leo. E logo no início, Henrique fez o gol de empate em arrancada pelo meio, com um totozinho no cantinho do goleiro adversário.
A arena ferveu, todo mundo se acendeu e pensou ‘agora vai’. Mas literalmente em seguida, mais uma falha de nossa zaga e Tardelli gira para cima dos nossos dois zagueiros e faz o 3º do time cacarejante.
O Cruzeiro estava nervoso e ‘troncho’ em campo. O esquema com dois meias não estava sendo eficiente e nossa lateral improvisada não servia de nada. Tudo isso, aliado a um Leandro Guerreiro totalmente perdido em campo, sem efetividade na marcação e ‘frouxo’ na saída de bola, como se estivesse sentindo o peso da partida.
Para completar, o Cuca ainda sacou nosso único lateral de ofício para manter o improvisado e fraco Pablo em campo, enquanto Diego Renan saía para a entrada de Wallyson. Neste meio tempo, o Atlético de Minas tratou de aproveitar a desorganização celeste e armou diversas jogadas de contra-ataque. Até que em uma delas, ampliou para 4×2.
No abafa e na pressão, o Cruzeiro ainda descontou com Gil, aos 40, que marcou depois de cobrança de falta de Montillo. Mas só houve tempo para mais uma bola na trave e nada mais. Nosso time não foi competente para aproveitar as inúmeras chances criadas. Faltou mais uma vez o tão pedido e necessário homem gol.
Faltou o homem gol, faltou sorte e faltou organização. Tomara que esta derrota de hoje sirva para mostrar ao Cuca que ele precisa abrir mão de algumas de suas convicções, ou então vai morrer abraçado com elas.
Uma pena para a galera que lotou a Sampa Azul. Ainda bem que o ingresso lá não custou R$40,00. Tem gente que não aprende.
Agora é reunir os cacos e chegar com sangue nos olhos para o jogo contra o Estudiantes, o mais importante e difícil do ano.
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Persistente e vencedor.

Sabem aqueles trabalhos de artesanato com Patchwork, aquelas colchas e toalhas feitas com remendos e pedaços de pano? Pois o Villa Nova deve ter um belo artista destes trabalhando na (ABRE ASPAS) “conservação” do campo de seu estádio. Nunca ví algo tão vergonhoso e amador em se tratando de campo de futebol. Havia pedaços sem grama que se alternavam com verdadeiros arbustos… Fosse um campo alugado para uma pelada, daria direito a reembolso do valor pago.
Enfim… foi neste cenário que o Cruzeiro enfrentou o time do Villa na noite deste domingo. E o primeiro tempo foi integralmente azul. Não fosse pelo goleiro Vágner do Vila que operou pelo menos 4 milagres, o esquadrão celeste teria goleado já no primeiro tempo.
Foram pelo menos 2 belos chutes do Montillo defendidos com as pontas dos dedos, além de um impressionante foguete de W. Paulista a queima roupa defendido pelo mais puro reflexo do goleiro adversário. Não sei como ele não entrou com bola e tudo no gol.
O time precisava da vitória para chegar no clássico mais tranquilo, mas na etapa complementar o Cruzeiro não voltou tão bem quanto na primeira. Quando Cuca sacou Pablo para a entrada de André Dias, o time passou alguns minutos de instabilidade. O Villa aproveitou e teve boas chances de gol. Sorte que nós também temos o nosso milagreiro Fábio.
Aos 36 o Villa teve um jogador expulso. O time estrelado voltou a crescer na partida e, mais uma vez, em bela jogada de Wallyson – que havia entrado durante a segunda etapa – a bola foi cruzada para o estreante André Dias fazer o único gol da partida.
Dadas as condições do campo, o magro 1×0 não foi expressivo, mas também não foi ruim. O importante é frisar que o time sempre se portou bem e com disposição. Agora é descansar e se preparar para uma próxima semana muito importante: Analfabetos no sábado e Estudiantes na quarta.
Vamos Cruzeiro!
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Enfim, futebol…

Graças a Deus a bola começou a rolar para o Cruzeiro em 2011. E a na estréia, logo uma vitória por 3×0 diante da Caldense na Arena do Jacaré.
O primeiro tempo da partida foi chato. Sob um forte calor, faltou criatividade e movimentação para que qualquer um dos times conseguisse abrir o palcar. Gol mesmo só na segunda etapa.
Depois que o Cuca sacou o Rômulo e colocou Wallyson em campo, a partida praticamente mudou de figura. Com boas jogadas pelas pontas, ele fez a diferença na partida e, ao lado de Diego Renan, foi um dos destaques do jogo.
O primeiro gol veio em um pênalti sofrido por Thiago Ribeiro aos 19 minutos da etapa complementar. Aos 20, W. Paulista marcou para a Raposa. Dois minutos depois, ótima jogada celeste em progressão, o mesmo W. Paulista recebe a bola e toca para Diego Renan fazer 2×0.
Já no finzinho, aos 40, o jovem Dudu – que havia substituido Montillo – deu números finais a partida fazendo o 3º do Cruzeiro. Embora o placar tenha sido bom, não foi uma apresentação de gala. Mas para primeiro jogo do ano está mais do que bom.
Agora é continuar afinando o time para os grandes desafios que estão por vir.
Vamos vamos Cruzeiro.
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SOS – Região Serrana do Rio

O Brasil está de luto pela maior tragédia natural de sua história. Menos de um ano após a última campanha para as vítimas das chuvas no Rio de Janeiro voltamos aqui para pedir sua importante ajuda.
Já são mais de 600 mortos na região Serrana do Rio e somente Deus sabe quantos números mais somaremos a estes óbitos. Uma área equivalente as cidades de Rio e São Paulo juntas foi totalmente devastada, simplesmente desapareceu engolida pelas águas implacáveis das chuvas.
É impossível não se emocionar com as impressionantes imagens das vítimas. Gente lutando pela vida em meio a lama. As lágrimas daqueles que choram a morte de parentes, muitas vezes de famílias inteiras, se misturam com o sofrimento daqueles que perderam tudo.
Impossível ficarmos parados, indiferentes a tudo isso. A maior catástrofe natural de todos os tempos requer a maior demonstração de solidariedade de que somos capazes.
Nós, cruzeirenses que moramos em São Paulo, também podemos fazer nossa parte.
O São Paulo FC, através do São Paulo Social está organizando uma arrecadação de donativos para as vítimas das chuvas na Região Serrana do Rio.
Para colaborar, basta levar o seu donativo para o portão 01 do estádio do Morumbi até a próxima sexta feira, dia 21/01, das 9h às 19h.
Lembrem-se de que estamos falando de pessoas que perderam tudo, não tem nem mesmo onde cozinhar direito. Por isso, a prioridade é por alimentos de fácil e rápido consumo, além de água e materiais de higiene pessoal.
Nunca tantos irmãos precisaram de tanto amparo como agora. Repito, são mais de 600 mortos e um número muito maior de desabrigados e desaparecidos. Sua ajuda, por menor que seja, VAI FAZER TODA A DIFERENÇA.
Espalhe esta notícia entre seus amigos, parentes e conhecidos. Vamos provar mais uma vez que o coração dos brasileiros é infinito em bondade.
Mais uma vez, contamos com a sua colaboração.
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Complexo de mendigo no Cruzeiro?

Eu ODEIO esta inter temporada na qual a bola não rola. Matérias, boatos, mentiras… tudo é um saco neste período.

Mas houve um tempo no qual o torcedor cruzeirense aguardava a ‘entressafra’ com bons olhos. A pergunta era “qual grande jogador” vai chegar para brigarmos por títulos?

Quem não se lembra de quanto trouxemos o Müller para o Cruzeiro, dando um ‘toco’ nos clubes do eixo, ou quando trouxemos o Óseas nas mesmas condições. Ou ainda quando vieram Valdo, Djair e compania em 98?

Tempos depois, passaram a nos vender a idéia de “vamos manter a base”. Em especial nos tempos do Adílson, mantivemos a ‘mesma base’ por quase 3 anos. Aí passamos a pensar que se não vinha ninguém, não sairia também.

E realmente não saiu, mas foi mais por falta de propostas do que por postura de nossos dirigentes. Mas no meio tempo, ainda teríamos um Ramires vendido a preço de banana, ao mesmo tempo que enchemos o time de jogadores sem talento algum, como Robert, Jonas Carioca e outros tantos que fizeram da Toca um verdadeiro Spa, uma colônia de férias.

Agora, em 2011, a vaca parece ter ido para o brejo de vez. Se o argumento de ‘vamos manter o elenco’ persiste, as atitudes dizem o contrário. Quando TODA a torcida anseia por reforços de peso para brigarmos de fato pela Libertadores, o que o Cruzeiro faz é vender o Jonathan para um adversário direto na competição, e perde o Leo Silva para o lado rosa da lagoa.

A impressão que temos é de que o Cruzeiro quebrou. Foi-se o tempo em que o Brasil vendia qualquer “Zé Ruela” por milhões de dólares e nosso time, que vivia basicamente disso, perdeu sua principal renda.

Oh céus! Os clubes brasileiros estão quebrados… Mas como pode?

Mesmo com a crise, TODOS os demais clubes “grandes” estão contratando, buscando alternativas. Vejam vocês mesmos…

O São Paulo tem um belo elenco mas contrata, o Corinthians também, mesmo com jogadores de peso como Ronaldo e Roberto Carlos. O Palmeiras fez que fez e trouxe ídolos da torcida como Kléber e Valdívia, além de ter feito proposta oficial para ter o Ronaldinho Gaúcho. Que parece ter seu destino ligado ao Grêmio, que vai comprar o jogador a peso de ouro. O rival Inter também trouxe Tinga, D’Alessandro, Kléber, e outros…

Os clubes do Rio são do eixo, por isso tem dinheiro. O Fluminense, tem a Unimed. O Flamengo vive trazendo bons nomes (embora nunca de certo). Até Vasco e Botafogo estão contratando.

Vejam a que ponto chegamos… Até o falido Atlético-MG, o clube eternamente quebrado, que ganhou UM ÚNICO título importante na vida, está contratando com uma fonte de dinheiro que, sabe-se Deus, de onde vem.

E O CRUZEIRO???

Deixamos de ser um clube futebol para sermos um “clube de apostas”? O negócio agora é usar a camisa do Cruzeiro para garimpar craques e vender para o exterior? E os títulos? E o objetivo principal de um clube grande que é ser CAMPEÃO, onde fica?

Poxa vida, tantos clubes lutam para estar em uma Libertadores, a gente está pelo 4º ano seguido e, na hora de reforçar o elenco, estamos desmontando o time?

Sai Leo Silva e vem Naldo? Naldo quem, eu pergunto! E diga-se, não tenho nada contra o garoto por quem vou torcer que chegue a seleção, vestindo nossa camisa. Mas é a postura que não entendo. Tirar um zagueiro experiente para trazer uma aposta?

E que merda de ‘apostas’ são essas? Alguém acreditava mesmo que o Robert, que fora dispensado do Palmeiras por desrespeito ao clube, seria o substituto do Kléber? Ou o Walysson? Porra, se era pra trazer gente assim, não era melhor ter mantido o Eliandro da nossa base no ataque e não custaria nada? (Duvido que ele seria pior que os concorrentes).

Sinceramente, este pensamento não condiz com o MEU CRUZEIRO. Aquele clube que aprendi a amar e ser exemplo de gestão e postura.

Deixamos de ser ‘preferidos’ pelos jogadores para virar o mendigo do futebol. Enquanto todos se desdobram, falta dinheiro ao Cruzeiro. Mas falta também postura, alternativas.

Cadê nosso Sócio do Futebol? COMO conseguiram acabar com um programa de 20 mil sócios e passá-los para apenas 3 mil? Por que nas lojas da Reebok aqui em São Paulo não se acha NADA do Cruzeiro, enquanto Inter e São Paulo bombam nas prateleiras? Por que nós da Sampa Azul tentamos vários contatos com o Cruzeiro e eles nunca se prontificaram a investir em nossa torcida?

Pendurar camisas em prédios é bonito, é legal e até elogiamos aqui no Blog. Mas cadê as ações rentáveis de marketing?

Sinceramente, custo a aceitar essa alcunha de mendigo. Prefiro acreditar que alguma notícia boa ainda vamos escutar por estes dias… mas está difícil manter a fé.

Pois bem, caro amigo leitor do Blog. Este foi mais um desabafo do que qualquer outra coisa. E você, que nos lê… o que está pensando de todos estes acontecimentos recentes? Qual a sua solução para esta fase “negra”?

Vamos inscrever o Cruzeiro no Bolsa Família?
Vamos pedir dinheiro na conta de Luz?

É triste, ams do jeito que andam as coisas, parece que o nosso próximo grande reforço vai ser uma cesta básica para os jogadores terem o que comer no almoço.

Vamos diretoria! Supreenda-nos!