Estou tão triste que nem consigo reclamar. Até porque não vou caçar culpados pela eliminação em um time que até semana passada era tido como o melhor das Américas. O que aconteceu é que o Cruzeiro não jogou NADA e foi eliminado da principal competição do ano.
Mata-mata tem destas coisas. Um dia ruim e tudo cai por água abaixo.
A verdade nua e crua é que o Cruzeiro entrou em campo com salto alto, devagar, desatento e malemolente. Aqueles que acompanham o Cruzeiro – como nós fazemos – sabem que o time não jogou o que poderia em nenhum dos jogos contra o Once Caldas.
Até os 20 minutos, o time não havia feito nada em campo. E para completar o desastre, Róger foi expulso aos 30 minutos, depois de dois carrinhos imprudentes, infantís e desnecessários. Daí para frente nada mais deu certo.
No segundo tempo, o time voltou melhor e viu o time adversário perder um jogador. No 10 contra 10, o Cruzeiro cresceu. Mas quem marcou foi o Once Caldas, aos 21 do segundo tempo.
Com isso, o Cruzeiro perdeu totalmente os eixos, mesmo que ainda tivesse a classificação nas mãos com 1×0 contra. Do nervosismo, nasceu o segundo gol do Once Caldas aos 26.
O time até chegou a diminuir com Gilberto, em um belíssimo gol aos 37. Gol legal, anulado pelo bandeira, que levaria o jogo para os pênaltis. Mas o mal futebol foi tamanho que nem isso serve para aplacar a tristeza celeste no jogo de hoje.
O mais triste é perder com a certeza de que era possível muito mais. Perder, sabendo que a história poderia ter sido diferente caso não tivéssemos perdido peças importantes.
Triste é sair de uma Libertadores com a convicção que o Cruzeiro que conhecemos não entrou em campo nestas partidas decisivas.
Não foi justo com o time, com a campanha do Cruzeiro e com a torcida que foi a Sampa Azul.
Paciência.
Agora é hora de levantar a cabeça para enfrentar uma final de Campeonato Mineiro, que não vale nada, mas pode custar a tranqüilidade do time.