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Líder, pra variar.

 

Quando comecei a ver o jogo, já estava 2×0 para o Cruzeiro
(gols de Henrique e um contra, do Tupi). No lance seguinte, Judivan poderia ter
feito o 3º, mas perdeu o gol. Depois disso o Cruzeiro assistiu o Tupi jogar e
cozinhou o jogo até o final do primeiro tempo.

Tudo bem que não há como criticar um time B que começa o
jogo com 2×0 no placar. Mas a ineficiência na marcação e a falta de mais toque
de bola é algo a ser observado.
No segundo tempo, o mesmo time e a mesma postura. Até que entrou
o joven Neílton – joagor que na minha humilde opinião – deveria estar no grupo
da Libertadores. Logo no primeiro lance, ele participa da armação da jogada e
se apresenta para receber e marcar o 3º da partida.
Não deu nem tempo de curtir a dupla Judivan e Neílton juntos
em campo. Logo o MO sacou o Judivan e colocou o estreante Gabriel Xavier. Tudo
bem… Campeonato Mineiro é para isso mesmo.
O Tupi parou de atacar com o mesmo volume, enquanto o
Cruzeiro curtiu um jogo mais solto com a boa vantagem no placar até o fim da
partida.
Bom jogo para aquecer o time para o importantíssimo duelo de
terça-feira pela Libertadores.
Vamos Cruzeiro!
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Tudo igual, no grupo todo.

 

Cruzeiro
teve um jogo regular na sua estreia pela Libertadores.
Ainda
com falhas pontuais na marcação e com um meio campo um pouco capenga na criação pela
falta de entrosamento, a Raposa procurava se sobressair no talento individual
de seus jogadores. Leandro Damião era, de longe, o melhor jogador do Cruzeiro,
buscando jogo e voltando para armar jogadas enquanto teve fôlego, o que durou
até os 25 primeiros minutos de jogo.
W.
Farias foi outro que me agradou pela vontade e um pouco mais de talento para
sair com a bola, ao lado de um Paulo André seguro e um Marquinhos voluntarioso.
Mas foi só, desempenho que rendeu uma boa chance perdida por Damião depois de
um Contra-ataque armado magistralmente por De Arrasasta e um lance claro de gol com Marquinhos, que o Juiz – péssimo –
paralisou sabe-se lá o porque.
O
Universitário também teve boas chances, uma delas em falta desviada que contou
com uma defesa magistral do Fábio. Outra – a mais clara – no final do primeiro
tempo, de cabeça. A chance mais aguda da partida.
No segundo
tempo, aos 13, o Fábio fez uma defesa sensacional. E De Arrascaeta fez uma
jogada individual muito bonita, pouco antes de ser substituído por Judivan.
Williams e Joel também entraram no segundo tempo, com destaque para a boa
estréia do camisa 5 e uma jogada infeliz do Joel que foi expulso, menos de 10
minutos de ter entrado, por uma falta desproporcional cometida pelo Camaronês.

Um
empate fora de casa, ainda mais na altitude, sempre é um bom resultado. E com
isso o Cruzeiro estréia no ‘bololô’ do seu grupo, onde todos os times estão
empatados com 1 pontinho na tabela.
Agora,
terça que vem, é lotar o Mineirão para empurrar o Cruzeiro para sua primeira
vitória na luta pelo Tri da LA.
Vamos
Cruzeiro!
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Evoluindo

O
placar de 3×0 foi bom, mas o futebol do Cruzeiro ainda tem muito a evoluir. Em
um time que teve dificuldades em sair com a bola pelo meio e apresentou
problemas de marcação, deu gosto de ver o esforço e vontade dos jogadores.
Damião,
com 1 assistência e 2 gols foi o nome do jogo e destaque pela vontade, correria
e confiança. Judivan, que entrou na etapa complementar, também mostrou bola.
Arrisco dizer que se tiver sequência, não sai mais do time.
Arrascaeta
ficou devendo pela expectativa todos tiveram dele. Teve uma tarde de ‘Ganso’,
alternando toques muito bons com uma certa pasmaceira em movimentação e
combate. Precisa mostrar mais.
Bendito
seja o Campeonato Mineiro, um campeonato fraco que vai possibilitar ao Cruzeiro
buscar o entrosamento que o time precisa e dar confiança para jogadores
importantes como o Damião.

Vamos
Cruzeiro. Evoluir um pouco a cada jogo.
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No meio do problema.

Meu lado corneta anda meio hiperativo esses dias. Pode ser esse marasmo sem grandes jogos, ou as mil e uma manchetes do vai e vem do mercado que mentem e se desmentem com uma velocidade incrível. Não sei ao certo.

Agora há pouco li uma notícia que me preocupou bastante. Nosso querido Gilvan deu  uma declaração sobre as negociações do Cruzeiro, e pode ser que a vaga de Éverton Ribeiro continue em aberto por tempo indeterminado. Complicado.

O time que começou o jogo domingo no campo de várzea do Democrata contava com quatro atacantes. Isso mesmo, quatro! Leandro Damião, Marquinhos, William e o garoto Judivan eram os encarregados da criação e conclusão das jogadas. Que eu esteja errado, mas nenhum desses aí joga de meia.

“Ah, mas é o Mineiro!”, alguém vai dizer. E sim, é o Mineiro! O campeonato cheio daqueles times que você nem sabe de onde vêm era para ser a extensão da nossa pré-temporada. Eu realmente acreditava que estrearíamos na Libertadores com um time redondo. Vai ser difícil.

Para a posição, temos De Arrascaeta que chegou com muito prestígio. Mas só o vimos uma vez, e nem com a bola nos pés ele estava. Não jogou no último amistoso e não jogou domingo, com a desculpa que “estava sem ritmo de jogo”. Ué, vai ganhar ritmo como então?

Estou preocupado com esse começo de temporada. Ainda não temos um time para começar a estreia da competição mais importante do ano, que, olha lá, é em três semanas. Espero que os próximos capítulos acalmem essa hiperatividade do meu lado corneta. Caso contrário, já vou encomendar a Ritalina.

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O clichê do desmanche.

O Cruzeiro cruzou os anos de 2013 e 2014 atropelando times, tabus e adversidades. Foi campeão com sobras, calando mesas-redondas, cornetas e estádios Brasil afora. Era o trunfo do planejamento de uma cúpula nova, era a vitória do futebol moderno, dos lances envolventes em campo e também fora dele. De tão original e vanguardista, o time foi conhecer sua derrota naquilo de que mais fugia: o clichê.

“Vender para fazer caixa”. O lema de Perrella e da maioria dos times brasileiros voltou para assombrar as manchetes e muitas de nossas ambições, dando início ao esfacelamento do elenco celeste. A cada semana, uma nova venda, até que a base bicampeã se foi em meio a altas cifras e negócios da China.

A ida de Éverton Ribeiro para Dubai anunciada logo antes da partida contra o Shakhtar Donetsk, selava o pacotão de desmanche a que o Cruzeiro se submeteu. O amistoso ganhava espectadores ainda mais receosos com o que o time poderia mostrar em campo, afinal, os jogadores que se apresentavam em frente às arquibancadas mal sabiam o nome do companheiro ao lado.

O primeiro tempo foi um verdadeiro convite para curtir o aniversário de São Paulo. A cada passe errado, as comidas das feiras gourmet e as comemorações que aconteciam pela cidade ficavam mais interessantes e convidativas. Era duro assumir que a melhor equipe do Brasil perdia de 1×0 para o time do Dentinho.

Até que chegaram os quarenta e cinco minutos finais. Marcelo Oliveira, como sempre, deu aquele sacode e acordou o grupo, que em uma jogada de muita velocidade igualou o placar. O gol veio para coroar um conjunto desentrosado, mas que se esforçou muito para que os presentes no Mané Garrincha saíssem com um pequeno alento, que fosse.

Temos à frente um mês crucial antes de começarmos a desbravar a América. O Mineiro vai ser nosso grande aliado no entrosamento e construção de um time do tamanho  e com jeito de Cruzeiro. Se mostrarem a mesma vontade do segundo tempo de ontem, logo esqueceremos das peças que nos foram tiradas. Que as vendas desse desmanche nos mostrem que os que ficaram, não estão vendidos.