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Perdemos a vaga. Não podemos perder a cabeça.

É duro admitir, mas o fato é a superação foi sempre maior do que o
futebol do time nesta Libertadores e, hoje, ela não foi suficiente para
classificar o Cruzeiro.
Antes de mais nada é preciso separar as coisas. Uma dela é a
participação na Libertadores e os comentários deste jogo contra o San Lorenzo.
Outra é uma visão maior, de todo o trabalho.
Sobre a Libertadores, mais
especificamente no duelo contra o San Lorenzo, é preciso reconhecer que o
resultado foi justíssimo.
O time argentino jogou melhor as duas partidas (não se engane com a
pressão celeste na segunda metade do segundo tempo). Pessoalmente, acredito que
o Cruzeiro começou a perder esta vaga na postura do jogo lá na Argentina,
quando claramente foi para buscar um empate e abdicou totalmente de buscar um
importante gol fora de casa.
Aqui no Mineirão, um gol logo aos 10 minutos arrebentou todo e
qualquer treinamento, estratégia ou ambição da Raposa na partida de hoje. O
time sentiu muito o golpe e, totalmente desorganizado em campo, queria fazer o
3º gol sem sequer ter capacidade para armar uma jogada para o 1º.
Nervoso, marcando mal, rifando a bola em lançamentos longos e
insistindo em passes na defesa, o Cruzeiro mal levou perigo ao gol do San
Lorenzo. Com Júlio Batista, o time parecia ter um a menos em campo. Nem a sorte
sorria para o Cruzeiro, prova disso foi a cabeçada do M. Moreno que tocou nas
duas traves no lance derradeiro do 1º tempo.
No segundo tempo, a entrada do Dagoberto (que jogou bem as duas partidas)
só não foi melhor do que a entrada do Ricardo Goulart. Foi com a entrada do
camisa 28 no lugar do Júlio Batista que o time conseguiu – pela primeira vez na
partida – articular jogadas perigosas e fazer certa pressão. Aos 25 o Cruzeiro
empatou o jogo com Bruno Rodrigo, mas não conseguiu tirar mais dois tentos de
diferença que precisava.
O gosto ‘amargo’, pelo menos para mim, fica por ter a certeza de que
poderíamos ter jogado muito mais do que jogamos nas duas partidas. Tívessemos o
Dagoberto jogando desde o início as duas partidas, ou mesmo outro jogador no
lugar no JB, as coisas poderiam ser bem diferentes. Mas enfim…
Apesar da péssima partida, ao final do jogo, a torcida aplaudiu o
time. Muito mais pela trajetória deste time do que pela participação na
Libertadores ou pelo desempenho na partida de hoje.
É aqui que chegamos na segunda
análise, aquela que me faz dizer: perdemos a vaga, mas não podemos perder a
cabeça.
Embora eu acredite que o M. Oliveira não soube armar o time da
maneira correta, bem como acredite que muitos jogadores não jogaram bem, eu
queria reafirmar mina total confiança no trabalho do nosso treinador e da
diretoria.
Não podemos esquecer que foram estes jogadores e este treinador que
resgataram este espírito vencedor que havíamos perdido nos anos de 2011 e 2012.
Por isso não podemos ser imediatistas e sair caçando culpados.
Perdemos porque, dentre outras coisas, o adversário foi melhor.
Ponto! Nos resta aprender com os erros, levantar a poeira e dar a volta por
cima.
Ninguém gosta de perder. Especialmente nós, Cruzeirenses. Mas o que
nos diferencia dos demais é justamente a nossa capacidade de levantar a cada
tropeço.
Desafios que estão por vir.
Agora, sem libertadores, a tendência é que nosso elenco sofra alguns
desfalques com a pausa para a Copa. Neste momento, será necessário muito
trabalho da dupla Gilvan e A. Mattos para que consigamos repor a altura
possíveis peças que possamos perder. E, para isso, a participação do torcedor é
fundamental.
Nestes momentos é que nós diferenciamos os torcedores de verdade dos
torcedores ‘modinha’. E, apesar de estar ‘chateado’ com a eliminação hoje, eu
continuarei sempre #FechadoComOCruzeiro.
Vamos Cruzeiro!
Ps. No fundo, a culpa foi
do Papa. Ele monopolizou as rezas durante o confronto… rs
 
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Heber Roberto decidiu. Fernanda deu bandeira.

Recomento aos amigos que leiam a crônica de hoje sem a carteira no
bolso. Só por segurança, uma vez que a criminalidade anda tão fora de controle
que nem as câmeras de TV inibiram o assalto que ocorreu no Independência hoje.
Em um clássico mineiro esvaziado pelos desfalques cacarejantes e um
Cruzeiro ‘B’, já que nosso foco é a Libertadores, o time listrado precisou da
ajuda descarada da arbitragem para virar a partida contra o Cruzeiro.
Embora a partida tenha sido na casa da torcida que faz aquele
mosaico lindo da Brahma, o Cruzeiro mostrou – mais uma vez – que aprendeu a
jogar no puxadinho do Horto. Se não fez uma partida brilhante, até mesmo pelas
limitações do time reserva, jogou o suficiente para fazer 1×0 com Marcelo
Moreno.
Tão logo saiu na frente, o árbitro Heber Roberto passou a inverter
diversas faltas e cair na pressão dos jogadores do time galináceo. Percebíamos logo alí que a arbitragem seria ‘tendenciosa’.
No segundo tempo, logo no início a equipe da Raposa perdeu chance
incrível com Marlone, que isolou uma bola limpa, frente a frente com Vítor.
Pouco depois, em falha de marcação da defesa celeste, Marion empatou para o
time listrado.
Na sequência, Luan fez boa jogada e driblou o zagueiro Otamendi, que
passou em um carrinho criminoso. O jogador não acertou o atacante celeste, mas
sua mão desviou a bola, em lance de pênalti claro que Heber ignorou. (Nem vou
comentar o fato de que o Luan PAROU na jogada, mesmo estando livre. Fosse eu o
treinador, teria tirado ele do time naquele exato momento).
Não feliz com o pênalti não marcado para o Cruzeiro, o criativo
Heber assinalou uma penalidade para o Atlético de Minas, em lance que o
zagueiro Leonardo Silva se joga na área para cavar a infração. André converteu
e virou a partida.
Luan foi expulso e, mesmo com um a menos, o time celeste teve a
chance para empatar a partida. Mas a nova estrelinha da TV, a bandeirinha
Fernanda Uliana assinalou um impedimento escabroso, que matou chance clara de
gol do Cruzeiro. Diga-se de passagem, o segundo erro GROTESTO que a
profissional, que ganhou fama pela beleza, comete em poucas partidas que atuou
no Brasileirão. Uma vergonha, algo tão ridículo que deveria render – no mínimo
0 um rebaixamento da bandeirinha para a série B ou para jogos amadores, onde o
nível do futebol se iguala à sua capacidade de atuar como bandeirinha.
Graças a atuação da dupla Heber Roberto e Fernanda, o Cruzeiro
sofreu o seu primeiro revés no Campeonato Brasileiro.
Apesar de tudo isso, consegui ver coisas boas hoje. Como uma boa
atuação do Marcelo Moreno, brigador e buscando jogo, mostrando que ele pode sim
figurar no banco da próxima partida da LA, bem como uma boa atuação da nossa
dupla de volância, Nílton e Souza.
Agora, o foco é total na Libertadores e no jogo da nossa vida,
próxima quarta, contra o bom time do San Lorenzo.
Vamos Cruzeiro! 
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Passividade castigada.

Contra clubes argentinos não há jogo fácil. Marcar duro é
fundamental, mas buscar agredir é tão importante quanto. E foi nesta segunda
metade que o Cruzeiro foi incompetente.
Durante toda a partida, o Cruzeiro veio para marcar o time do San
Lorenzo e muito pouco se preocupou em atacar. A prova disso foram as
pouquíssimas chances de gol que o clube teve durante toda a partida.
Já o time argentino, embora encontrasse dificuldades com a marcação
celeste, quase marcou aos 29 do primeiro tempo, em furada dupla de bola do
ataque Hermano.
Júlio Batista, apesar dos seus 7 metros de altura por 4 de largura,
perdia todas as disputas pelo alto. E o lado esquerdo do Cruzeiro era
massacrado com Villalba deitando e rolando nas costas do Samúdio. O time errava
passes demais também.
Havia a esperança de um segundo tempo melhor, mas a postura do time
foi literalmente a mesma. Fábio fez um duplo milagre logo aos 9 minutos
complementares.
Quando a equipe começava a dominar mais os lances e o time adversário
passou a apresentar um jogo mais nervoso, em uma cobrança de falta muito
parecida com aquela falha no minuto derradeiro da partida contra o SPFC pelo
brasileirao, Dedé falhou na marcação e o San Lorenzo fez 1×0.
Na sequência, M. O. Casou William e J.B. para a entrada de Borges e
Dagoberto. Modificação que – opinião deste pitaqueiro oficial da torcida – já
deveria ter acontecido muito antes na partida.
Aí o Cruzeiro passou a buscar o gol. Mas não foi competente para
transformar essa vontade em gol.
A derrota magra por 1×0 é tão reversível quanto perigosa. O Cruzeiro
precisa vencer por 2×0 e não tomar gols. Caso tome um, precisará fazer 3, tão
valioso é o gol fora de casa, benefício este que o time não abdicou de buscar
hoje.
Agora, se a vantagem no placar é deles, o Mineirão é nosso, meu
amigo. Por isso, e por toda a trajetória do Cruzeiro nesta Libertadores,
seguimos todos nós #FechadosComOCruzeiro.
Cabe agora ao M. Oliveria rever algumas posições no time, acertar
essa equipe, enquanto nosso torcedor tem a OBRIGAÇÃO de abarrotar o Mineirão
para o jogo decisivo e apoiar incondicionalmente durante o jogo todo.
Vamos Cruzeiro! 
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Capital do Cruzeiro

Com foco na Libertadores, o Cruzeiro mandou
o ‘time B’ para enfrentar o Atlético-PR, em Brasília, em partida que tinha o
mando do clube paranaense, mas foi marcada pela presença espetacular da torcida
celeste. Mais de 10 mil Cruzeirenses transformaram o Mané Garrincha em Mineirão
por um dia e fez da capital federal a capital do Cruzeiro.
Com a bola rolando, o Cruzeiro dominava
mais a partida, enquanto o Atlético-PR se defendia. Foi o clube Paranaense,
porém, quem saiu na frente aos 23, com Éderson. Nilton empatou de cabeça aos
35, mas aos 40 o time do Paraná tornou a ficar a frente com Marcelo.
Para o segundo tempo, M. Oliveira promoveu
a entrada de Dagoberto e logo no primeiro Minuto o time do Atlético teve o
zagueiro Dráusio expulso, por falta em Borges.
Com um a mais, o Cruzeiro passou a participar
de um jogo de ataque x defesa e viu o seu esforço recompensado ao conseguir
virar a partida com gols aos 28 do segundo tempo, em pênalti sofrido por
Alisson, e aos 37, com Marcelo Moreno, de cabeça.
O placar não só fez justiça a partida, como
recompensou a presença espetacular da torcida celeste em Brasília. Espetáculo
digno de se aplaudir em pé.
Agora é foco total no dificílimo confronto
contra o atual campeão argentino, o San Lorenzo, na quarta feira. Sorte que, do
nosso lado está o Cruzeiro… Tricampeão Brasileiro… como Libertadores é
raça… NÓS QUEREMOS A TAÇA.

Vamos Cruzeiro!
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Tradição pesa, meu amigo.

Meu Deus! Assim meu coração não aguenta!
Que a missão era difícil, a gente já sabia. Mas que a classificação
viria em um enredo heroico, do modo que foi… Uau!
Mais uma vez fora de casa. Porém, confiança e superação são artigos
base para todo torcedor do Cruzeiro nesta Libertadores. Depois da não menos
heroica vitória por 2×0 no Chile, acredito que nenhum torcedor do Cruzeiro tem
o direito de duvidar deste time.
Mas, no começo, foi tenso.
No primeiro tempo o Cruzeiro estava perdido em campo. Não conseguia
atacar e sofria para segurar o time do Cerro. Basta dizer que a primeira etapa
teve uma defesa milagrosa do Fábio, bola no travessão celeste, dupla de zaga
amarelada no início da partida e um Cruzeiro ausente do ataque.
O sentimento da torcida era de apreensão. E o desejo da grande
maioria era que o time voltasse com alguma modificação. Mudança esta que não
veio com novos jogadores, mas sim com uma nova postura.
Foi um jogo de dois tempos.
O Marcelo Oliveira conseguiu ajeitar o time na base do papo, sem
trocar peças. Nem mesmo as amareladas. E já nos primeiros minutos, o time
celeste mostrou que estava bem mais ajeitado em campo e conseguiu pressionar o
time do Cerro.
A pressão não se convertia em gols, o que motivou a entrada da dupla
Borges e Dagoberto. Foi então que as bolas desapareceram e a catimba apareceu.
Para piorar o cenário, em um lance de contra ataque paraguaio, o zagueio Bruno
Rodrigo foi expulso, aos 32.
Era o momento mais difícil da partida, mas foi também o momento que
a torcida mais apoiou. E essa energia positiva que emanamos, tal qual na
batalha do Chile, chegou ao Paraguai.
Aos 35, o bom futebol do segundo tempo, a luta e a gana celeste
foram recompensados. Everton Ribeiro cobrou falta alçando bola na área do
Cerro. Dedé – o Mito – subiu mais que todo mundo e cabeceou a bola, que foi
entrando vagarosamente, em slow motion, fazendo uma parabólica que encobriu o
goleiro paraguaio e fez literalmente explodir a nação celeste em todo o
Brasil.
A Sampa Azul foi a loucura e os torcedores que não morreram do
coração passaram a assistir a partida de pé, em meio a cantos, unhas roídas,
tensão e desabafo.
Borges saia para a entrada do zagueiro Leo e, ao final da partida,
foram 4 minutos de acréscimo com concentração total do Cruzeiro, time e
torcida. As bolas que sumiram durante quase todo o segundo tempo, apareceram em
abundância. Mas o time celeste soube se segurar.
No minuto derradeiro da partida, em bobeira da defesa paraguaia,
Dagoberto – que entrou muito bem na partida – carimbou a vaga celeste fazendo o
segundo gol do jogo. O gol da classificação celeste.
Meu amigo… QUE JOGO!
Foi uma daquelas partidas que compõem a história de todo time
campeão. Se vai ser, nós ainda não sabemos. Mas como não se empolgar depois de
mais uma página heroica imortal como esta?
Agora, o Cruzeiro se prepara para enfrentar um duelo contra o San
Lorenzo, em mais um duelo Brasil X Argentina. A novidade fica para o fato de
que, desta vez, o jogo final será no Mineirão.
Parabéns aos heróis celestes. Foi uma vitória da superação e da
persistência. O resultado foi uma festa que tomou a rua Tabapuã no início da
madrugada desta quinta feira.
Jamais duvidem do nosso time! Continuamos #FechadosComOCruzeiro.
#CruzeiroNaBatalha.
Vamos Cruzeiro!