A parceria entre Cruzeiro e o vôlei realmente deu mais do que certo, resultou em uma química indissolúvel. Por isso, hoje abro um pequeno espaço para uma homenagem e um desabafo em nome deste time de guerreiros e nossa torcida.
Cruzeiro e Vôlei Futuro fizeram dentro de quadra uma das semifinais mais espetaculares que pessoalmente tive a chance de assistir. Duas equipes aguerridas, boas, cheias de talento… enfim, um espetáculo! O problema foi ‘fora de quadra’, ou melhor, fora do ginásio.
No primeiro confronto das semifinais vencida pelo Cruzeiro, o jogador Michel do Vôlei Futuro reclamou da postura homofóbica da torcida do Cruzeiro que fez ofensas contra o jogador, que assumiu depois da partida ser homossexual.
Com com o episódio, a mídia levantou uma bandeira contra o preconceito de forma tão veemente que transformou o duelo entre Cruzeiro X Volei Futuro em uma batalha entre o bem e o mal totalmente exagerada. E o Vôlei Futuro entrou na dança, usando uniformes coloridos e distribuindo materiais rosas para sua torcida no jogo de volta.
Uma pena que isso ganhou tamanha proporção.
Atualmente, se você não apoia ou declara que adotou um homossexual, pronto… É taxado de preconceituoso e racista. Antigamente, homossexualismo era proibido de maneira mais forte, ontem passou a ser comum, hoje tem que se defender a todo custo. Um pouco mais, vai passar a ser obrigatório. Essa hipocrisia atual transcende a luta por igualdade. Tão grave quanto o preconceito é o superprotecionismo exacerbado. Como conseguência, vamos criando leis de cotas raciais e sexuais.
Igualdade não é isso.
Onde muitos veem cores, raças ou opções sexuais eu vejo uma só coisa: GENTE. Defendo a liberdade de cada um e tenho total consciência de que racismo existe e precisa ser combatido. Mas tratar um caso como o do Volei Futuro como ‘A’ bandeira de luta contra o preconceito é o que desmoraliza as lutas por igualdade. Essa busca incansável por vilões inexistentes eu não consigo aceitar. Já não basta os vilões que estão por ai, reais?
Ainda bem que o jogo foi decidido como deveria ser: dentro de quadra. E nela, o talento dos cruzeirenses superou todo esse ‘bla bla bla’ midiático. E o jogo que a mídia gostaria de ter rotulado como a ‘vitória contra a homofobia’ virou a vitória contra a ‘hipocrisia’ com um sonoro 3×0 no 3º jogo, com direito a um verdadeiro show da torcida cruzeirense.
Parabéns ao time do Cruzeiro Sada que vem mostrando um vôlei de time campeão.
Que o foco das lutas pela igualdade e o respeito mútuo continue forte como deve ser, e que este escarsel todo sirva – pelo menos – para que cada um de nós possa refletir sobre a intolerância que sempre passa despercebida pelos olhos de todos…
E que fique claro que se existe algum problema sobre este polêmico tema ele não é específico da torcida do Cruzeiro, mas sim da sociedade em geral. Por isso a sugestão de uma reflexão.
Esporte é alegria, bom humor e respeito com o próximo. Não temos preconceito contra ninguém, mesmo no que tange a ‘opção sexual’. Afinal de contas, qual o cruzeirense que não tem pelo menos um amigo Atleticano?… rs (just Kidding, ok amigos frangos?)
Vamos Cruzeiro! Guerreiro nos gramados e nas quadras.