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Uma partida fantástica.

Mais uma final. Mais um confronto contra o time que, nesta rodada,
foi o eleito da mídia como o novo ‘Anti Cruzeiro’. E se o jogo era decisivo, o
a Raposa tratou de apresentar um futebol de campeão para enlouquecer os mais de
51 mil presentes no Mineirão.
Mais 3 pontos para o Cruzeiro, em um jogo de 6, que aumentou a
diferença para 9.
Durante a semana, Abel Braga havia dito que aprendera com o rival
celeste como vencer a partida. Que ele precisava atacar e se impor mesmo jogando
no Mineirão. Embora nem Inter, nem o rival tenham sido ofensivos, o tom da
partida foi realmente como o do clássico: com o Cruzeiro massacrando o Inter
desde o primeiro segundo de jogo. A diferença é que hoje nossas bolas entraram.
O time celeste marcava demais. Com toques rápidos e um time muito
bem acertado, invertia bolas, tocava e chegava constantemente com perigo a área
colocara. De tanto insistir, o gol celeste chegou aos 20 minutos, em jogada na
qual M. Moreno pressiona a saída de bola do Inter, rouba uma bola que sobra
para William. O camisa 25 corta o zagueiro mas, antes do seu chute, M. Moreno
chegou fuzilando uma bola que ainda tocou nas mãos do Dida e na trave antes de
entrar.
Depois do gol, o Inter até quis ensaiar uma reação mas, mesmo em
vantagem, o Cruzeiro continuou pressionando, e foi recompensado aos 33 minutos.
E. Ribeiro lançou na área e Marquinhos entrou livre para fazer o segundo do
Cruzeiro.
Foi um primeiro tempo primoroso do Cruzeiro, um dos melhores que o
time fez neste Campeonato Brasileiro, tal qual acontecera contra São Paulo e
Atlético. Mas desta vez fizemos o gol primeiro e isso deu o equilíbrio que o
time precisava.
Um segundo tempo eletrizante.
Mal começou a partida e o Cruzeiro foi para cima. No lance seguinte,
logo aos 2 minutos, falta na entrada da área para o Inter. D’Alessandro cobrou
e acertou a trave de Fábio. A bola ainda andou caprichosamente sobre a linha
até que Egídio chegou para dar um bico para frente.
Aos 7, pênalti para o Cruzeiro. O time escolheu o William para a
cobrança, em clara intenção de ajudar o bigode, para que ele pudesse fazer um
gol e aliviar a ‘pressão’ de não fazer gols há algumas partidas. Infelizmente,
o tiro saiu pela culatra e ele isolou a cobrança, ao bater com força mas muito
acima do gol.
Aos 10, Alex – que havia entrado no time colorado – saiu em
arrancada fantástica e deu um belo chute, indefensável para o goleiro Fábio,
marcando um golaço e descontando a fatura para o Inter.
O jogo ficou perigoso. O piscicológico celeste deu uma leve abalada
e a partida ficou mais aberta. M. Oliveira sacou E. Ribeiro e William,
questionado por alguns cornetas de plantão que insistem em ver crise onde não
existe, por Nílton e Dagoberto.
Foi nesta hora que a torcida celeste deu mais um show! O gol que o
William perdeu no pênalti a torcida celeste marcou ao aplaudir e ovacionar o
bigode no momento de sua substituição. Foi igualmente lindo e importante,
especialmente para um jogador tão dedicado e bom como é o William.
Aos poucos o Cruzeiro foi retomando as rédeas da partida. Chegou a
perder um gol incrível com M. Moreno já no finzinho do jogo. 4 minutos de
acréscimos depois, o juizão apitou para o centro do campo e decretou a vitória
celeste.
Uma vitória maiúscula, justa, merecida e que veio em um momento
muito importante do campeonato. Foi uma partidaça do time como um todo e por
isso não tenho como deixar de vir aqui e fazer justos elogios.
É época de eleição, mas ficou difícil de escolher o melhor em campo.
Primeiramente para nossa dupla de zaga. O que jogaram hoje Dedé e
Manoel foi algo incrível. Seguros, correndo muito, precisos, deram a segurança
que o time precisava.
O Mayke foi muito bem, mas o jogo do Egídio hoje foi impecável.
Olha, se ele tava com o tal endema na coxa esquerda e jogou essa bola toda de
hoje, trate de botar outro na coxa direita. Apoiou com maestria e marcou como
um leão. Jogo sensacional.
Nossa dupla de volância também foi de tirar o chapéu, enquanto o
Marquinhos – que devo confessar, não gostei de ver na escalação – fez sua
melhor partida com a camisa do Cuzeiro.
Por último, mas não menos importante, aquele salve para M. Oliveira
e o trabalho maravilhoso que ele fez na partida de hoje e que vem fazendo a
quase 2 anos a frente do time celeste.
Em meio a tanta gente boa, meu voto não vai para um, mas para todo o
time do Cruzeiro hoje.
Deu gosto de ver o time jogar, da mesma forma que deu gosto de ver o
apoio da torcida no Mineirão e na Sampa Azul. Que festa!

Apesar dos 9 pontos e do falatório da mídia, não tem nada ganho
ainda.
Quarta feira tem mais uma parada duríssima e o seu apoio, torcedor,
continua fundamental. Quando o Cruzeiro joga no Mineirão com essa torcida
enlouquecida, não tem para ninguém parceiro.

Vamos Cruzeiro! Parabéns por mais um importante passo na luta pelo
Tetra.

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