Quatro ataques, quatro gols do Atlético. Milhões de chances do Cruzeiro, apenas três gols. Com a derrota do Cruzeiro, o time perde a liderança e ainda assiste ao rival sair da zona da degola.
O Jogo.
Vou ser sincero com vocês. Este jogo já não estava me cheirando bem desde antes de a bola rolar. Baixo número de torcedores, o pior horário do final de semana, ingressos caros e chuva. Quando ví o aguaceiro no estádio, já fiquei mais do que preocupado.
No entanto não foi pelas ‘mandingas’ ou superstições que o Cruzeiro perdeu o jogo. Perdeu pois não entrou ligado e, logo no início, o Atlético fez 1×0, em gol de Obina. Gol este que nasceu de uma descida de Leandro totalmente desmarcado.
Quando tentava organizar as coisas, o time atleticano ampliou em mais uma falha da marcação celeste.
Com 2×0 no placar, o juizão marcou um pênalti inexistente para o Cruzeiro. Era o lance para mudar o jogo. Mas o craque Montillo, desta vez, não brilhou. Cobrou a penalidade por cima do gol, com displicência, e desperdiçou a chance de diminuir o placar.
Como desgraça pouca era bobagem, no lance seguinte, mais uma vez com Obina, o Atlético fez 3×0. Mais do que surpreendente, era justo. O Cruzeiro havia criado boas chances, mas havia disperdiçado todas.
Foi então que Cuca colocou Gilberto no time e, logo na primeira bola ele acertou um foguete e diminuiu para 3×1. A torcida se inflamou, mas o primeiro tempo não teve mais mudanças.
Mais castigo e emoção no segundo tempo.
Na etapa complementar, o Cruzeiro foi para cima, como era de se esperar. E cansou de perder gols. Perdeu com Thiago, com Farias, por cima, por baixo… Até que, aos 21, no primeiro e único lance do Atlético em cobrança de escanteio, Réver fez 4×1.
Quando parecia que iríamos amargar uma vexatória goleada, o time esboçou uma reação. Thiago Ribeiro fez 2 gols, um aos 32 e outro aos 34, alimentando alguma esperança para o torcedor celeste. Depois disso, o Cruzeiro chegou até a criar chances, mas não foi competente o suficiente para converter as oportunidades em gol.
Caia por terra um grande período de invencibilidade do nosso time perante o rival emplumado.
Na verdade, até parece coisa do destino as forças que envolvem estes 2 times. Depois de perder para o Cruzeiro de todas as formas possíveis (dentro do Brasil, fora, por muito, por pouco é só com sua torcida), tinha de ser justamente em um jogo só com nossa torcida que eles haviam de se reabilitar… Como foi depois de perdermos um título Mineiro por 4×0, que emplacamos dois 5×0 seguidos em 2 conquistas.
Digam o que disserem… é um clássico de muita rivalidade e história.
Hoje, foi uma pena para os guerreiros que compareceram até Uberlândia. E também para a galera que lotou a Sampa Azul, já uma hora antes da partida.
Agora é tentarmos juntar os cacos e buscar os pontos perdidos contra o último adversário ‘baba’ até o fim do ano… fora de casa.
Dois pedidos, se é que servem para alguma coisa.
1º – Toda vez que chega a hora de decisão, que o time precisa da torcida, a diretoria emplaca ingressos caros. Era jogo importante, fundamental, e em um horário péssimo para o povo que mora em BH viajar. Dado todo o cenário, não custava termos colocado ingressos mais em conta, não é? Tinha ingressos de R$15,00? Tinha… Mas tinha de R$100,00 também. Nesta conta vai um monte de coisas mais que deveriam ser levados em consideração.
2º – Torcida única é um SACO! Não tem nada a ver com o jogo de hoje. Mas pra mim clássico é clássico e as torcidas são um capítulo a parte. Fica um jogo estranho não ver o estádio cantando o jogo todo. Muito estranho um torcedor não poder assistir ao seu time em um clássico. Gostaria muito de ver o fim das torcidas únicas.
Ainda na briga.
Apesar dos pesares, ainda estamos no páreo. Estes dois últimos jogos eram fundamentais, mas ainda temos chances. Por isso, sábado que vem, precisamos mais uma vez do apoio da nossa torcida.
Vamos vamos, Cruzeiro.