O embate entre Santos e Cruzeiro transformava o Mineirão na maior panela de pressnao do mundo na noite desta quarta feira. De um lado o time dos meninos da Vila, sensação do futebol brasileiro, que não enfrentava uma fase muito boa. Do outro, o time do Cruzeiro, imerso em ventos de desconfiança, mudança, pressão sobre o time e seu treinador e um ódio mortal da diretoria e suas pataquadas, como a “doação” de Kléber para o time do Palmeiras.
Talvez, tentando dar uma direção para o time do Cruzeiro, Adílson optou por escalar o time com 4 volantes. E com a bola em jogo, a tática parece ter dado efeito.
Cruzeiro e Santos fizeram um jogo disputado. O Cruzeiro marcava demais e não deixava o time santista fazer nada na partida. Com a bola no pé, porém, embora tenha conseguido uma posse de bola muito maior, o time não tinha muito poder ofensivo, até mesmo pela falta de peças de qualidade para a função.
Thiago Ribeiro era quem articulava as jogadas mais incisivas e o lance mais agudo do primeiro tempo foi o escanteio cobrado pelo próprio Thiago que Gil arrematou para trave.
Na etapa complementar…
… os times voltaram iguais. Mas o Santos decidiu atacar um pouco mais e os primeiros lances do segundo tempo foram do time do peixe. Mas o jogo com isso ficou mais aberto e a raposa tratou de atacar também.
Era um jogo gostoso de se ver. O “medo” pelo pior havia sumido pela disposição que o time apresentava em campo e a angústia normal de um jogo disputado tomou conta da partida.
O lance mais claro de gol para o Cruzeiro foi um cruzamento que o Eliandro matou mal a bola, que subiu demais e ele sofreu pênalti claro que o juiz não marcou.
Elicarlos já tinha 2 amarelos e Adílson optou por sacá-lo do time e colocar o Pedro Ken. A torcida não entendeu a preocupação do treinador e começou o corinho de “Burro”. Mal sabíamos que ele ouviria isso pela última vez…
O Cruzeiro era melhor, o Santos perigoso no contrataque. Mas pouco depois dos 30, Marcel – que acabara de entrar na partida – foi expulso por entrada forte em Jonathan e foi expulso.
A vantagem numérica do Cruzeiro pouco durou, pois Thiago Heleno acabou se machucando ao tentar recuperar uma bola que saia pela lateral.
Mesmo assim o Cruzeiro seguiu apertando o rítimo em busca do gol, mas não conseguiu. Final de jogo um empate que não livra a cara de ninguém, mas que aplacou um pouco da ira do torcedor. Isso porque, desta vez, vontade não faltou e o time se doou em campo. Mas o golpe final da noite ainda estaria por vir no vestiário…
Após o jogo, ADILSON BATISTA SE DEMITIU.
Além do seu treinador, o time acabou de perder também um dos seus principais jogadores por uma atitude ridícula da diretoria do clube, que cedeu às pirraças do jogador e fez a vontade dele, liberando Kléber para o Palmeiras. Que vendesse ele para PQP, mas não para o Palmeiras.
Com a saída do Adílson, muitos outros jogadores também devem deixar a Toca. alguns deles da confiança do treinador. E agora diretoria? O que será de nós?
Nunca ví uma crise como esta na Toca e isso é um sinal que algo precisa ser feito com URGÊNCIA…
O fim de uma era.
Falta apenas uma partida, contra o lanterninha do campeonato, para a paralização para a Copa e o Cruzeiro se despedirá da era Adílson nesta partida, depois de 3 anos.
Sinceramente, estou triste pois acho que as coisas não devem ser modificadas assim no meio do caminho. A ele, muito obrigado pelo que fez. De bom, fica o retrospecto ante o rival local. De ruim, fica a ausência de um grande título.
Bem ou mal, deixo aqui o meu muito obrigado para ele. Independente dos resultados, tenho certeza de que ele buscou o melhor para o time.
Sorte a ele e sorte pra gente com nosso novo treinador.






