De dar pena… do Montillo.

Dizem que sonhar não custa nada. Mas no Cruzeiro TUDO tem um preço, e se tem um preço nossa diretoria pode vender. E vendeu.
Peço perdão aos amigos leitores se escrevo de cabeça quente – muito quente – e se nas linhas abaixo eu escrever algo que desagrade alguém. Mas se a metade dos jogadores que estão vestindo a camisa do Cruzeiro atualmente tivessem 1/10 da paixão que eu tenho pelo meu clube, não teríamos visto este bando de malemolentes se arrastando em campo mais uma vez.
Sabem o que me deixa mais triste? É o fato de não ter sequer vontade de xingar ou cobrar essa cambada, pois no fim das contas não é culpa do Anselmo Ramóm ele ser titular do Cruzeiro. Não é culpa do Paraná ele ter que se arrastar pela lateral direita, tão pouco do Keirrison de ter que jogar em um time totalmente novo, desentrosado e com um preparo físico digno de um fumante.
São um bando de coitados, isso sim. Como também é coitada a torcida do Cruzeiro por ter q assistir a partidas com um time troncho, desmontado, desentrosado, sem gana e sem orientação como esse.
Mas dó mesmo, muita pena meeeesmo eu tenho do Montillo. Esse sim, o único que joga com garra, sangue, se doa, nunca desiste e carrega o time nas costas. Mas para quê?
Cara, tá TUDO errado.
Desde coisas babacas como jogar em Uberlândia, a mais de 300Km de BH e reduto de torcedores cariocas, até coisas ultrajantemente graves como a venda precipitada de nossos principais jogadores no MEIO do campeonato.
Rezo para não cairmos. Só isso. E que tudo comece do ZERO ano que vem.
Não tenho mais saco para escrever. E, sinceramente, vou dar um ‘SKIP’ na próxima partida do Cruzeiro. To precisando descansar de tamanha safadeza que estão fazendo com nosso time.
Eu tenho vergonha na cara. Pena que nem todo mundo que está no Cruzeiro tem.
Não me lembro de estar tão desolado com nosso time. Que fase! E tomara que seja uma fase.
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Dos males, o menor.

Ainda bem que o Cruzeiro tem o Montillo. Em tarde sem inspiração ofensiva, time celeste empata com o Palmeiras fora de casa em jogo que brilharam as estrelas de Montillo e também do Rafael.

O jogo.
Como sempre, um bom público estrelado compareceu ao estádio do Pacaembú para prestigiar o Cruzeiro. Uma pena que o jogo apresentado não correspondeu ao carinho da torcida.
Os primeiros minutos foram extremamente truncados, com bolas divididas e os 2 times marcando muito e em cima do adversário. Estava um jogo até que chato de se ver.
O Cruzeiro desarmava o Palmeiras com muita facilidade, mas não tinha organização nem disposição suficientes para ser ofensivo. E olha que o E. Ávila, que estreava no banco celeste, havia armado um time pra lá de ofensivo no papel, com Montillo Roger e Gilberto na equipe. Já o Palmeiras esboçava algumas ações ofensivas, mas todas sem perigo. Tanto que o único lance de ‘quase gol’ saiu dos pés do Cruzeiro, em mais um gol perdido pelo garoto Anselmo Ramóm. (A torcida chegou a gritar ‘gol’, de tão feito que parecia o lance).
 
Quando as equipes voltaram para o segundo tempo, o Palmeiras cresceu na partida e foi para cima do Cruzeiro. Montillo não rendia a mesma coisa jogando de costas para o gol, e Roger não dava a velocidade que o time precisava. Nas disputas aéreas, Anselmo Ramóm perdia quase todas as bolas que disputava e estava muito mal na partida.
Aos 13 minutos, Rafael fez uma grande defesa e salvou o Cruzeiro. Aos 20, Montillo fez uma jogada espetacular e rolou para Anselmo Ramóm, que viu o zagueiro tropeçar enquanto recebia a bola livre de marcação dentro da área. Para variar, ele chutou para fora. (Nada contra o esforçado garoto, mas está claro que ele não tem bola para ser titular do Cruzeiro ainda. Um dia quem sabe, mas hoje só está sendo queimado).
A chance perdida custou caro, pois 3 minutos depois, em tabela palmeirense, Luan fez de rebote o gol do time da casa.
Imediatamente a torcida celeste se voltou para a diretoria do Cruzeiro – que assistia a partida muito próximo dos torcedores – e fez questão de ‘homenagear’ o Dimas xingando o dirigente e cobrando jogadores. Comportamento esse que também foi visto no intervalo da partida.
O time estava perdido e parado dentro de campo. Parecia uma equipe de pebolim (ou totó, como dizem em Minas), sem movimentação e poder de reação. Até que aos 40, em jogada individual, Montillo – o salvador – recebeu a bola com marcação de 2 jogadores, fez o giro, e chutou para empatar a partida.
Foram 5 segundos de vibração e imediatamente depois a torcida virou em peso e mandou o Dimas ‘tomar’ na rima do ‘cajú’ durante vários minutos. (Ou ‘VTNC’, também conhecido como ‘você tá no coração’, segundo as moças educadas que frequentam a Sampa Azul… rs).
Ainda houve tempo para um pênalti do Gilberto. Do estádio não pareceu, mas vendo o lance agora com calma, realmente foi. Mas o questionado goleiro Rafael fez seu milagre aos 46 do segundo tempo e defendeu o chute de M. Assunção, assegurando o empate e o valioso pontinho arrancado fora de casa.
No fim da partida, Gilberto reclamou da arbitragem e anunciou sua aposentadoria. Queira Deus que ele esteja apenas de cabeça quente, pois se o time está ruim com ele, pior fica sem ele.
Foi um jogo feio, e o empate realmente foi o placar mais justo. Chega logo 45 pontos da tranquilidade!
Ô saudade do meu Cruzeiro!
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Papai Joel “féu doum on de groundi”

Papai Joel caiu. Não rolou aquela química entre a prancheta paladina do treinador com a escola celeste de futebol. Um fato que não chega a ser surpreendente, pois chegada do treinador veio muito mais para a necessária substituição do Cuca do que pela preferência pelo Joel.
Um desfecho mais do que anunciado, mas que foi apressado pela falta de planejamento e sabedoria da diretoria do Cruzeiro. No fim das contas, apesar de achar o Joel um técnico defensivo e com muitas deficiências, cheguei a ficar com pena dele nestes últimos jogos.
Dito isso, poderia ser o Mourinho, Luxemburgo ou o próprio Dalai Lama a beira do campo de jogo que, com o material humano que soboru no banco do Cruzeiro, ele não conseguiria ganhar nem o par ou ímpar do começo das partidas.

‘Sobrou’, na essência da palavra, pois poucos dias antes, no final da janela de transferência quando NADA poderíamos fazer para nos recompor, nossa diretoria deixou sair Thiago Ribeiro, Gil e Dudu, todos para times longe do primeiro escalão mundial. Uma pena!

Eu desafio qualquer Cruzeirense, mesmo daqueles mais cornetas ou pessimistas, a ter imaginado em janeiro deste ano que, ainda em 2011 veríamos uma partida na qual jogariam Rafael; Gil Bahia (Bruninho), Cribari, Gabriel Araújo, Anselmo Ramon, Sebá e Bobô. Desafio muitos a reconhecerem estes camaradas na rua, para se ter uma idéia.
Senhor, que fase! Que saudades do meu Cruzeiro!
Nos resta agora torcer para que nosso time chegue logo aos 45 pontos da salvação e rezar, mas rezar muito para que o novo presidente chegue com mais ousadia e atitude ao comando celeste. A mesma ousadia que fez do atual presidente o ‘multicampeão’ que ele é, mas que desapareceu nos últimos anos do comando celeste.
Tanto o Émerson Ávila, quanto o Renato Gaúcho ou mesmo o Ney Franco (também cria celeste) seriam ótimas pedidas, bem melhores que o Joel. Mas repito, o treinador da prancheta sai com os atenuantes acima.
Boa sorte para o Joel em sua nova jornada. E MUITA sorte para o Cruzeiro no resto do campeonato.
Tenso!
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Sem complexo de Robin-Hood.

O jogo de hoje contra o rival citadino gerava uma certa expectativa da torcida cruzeirense. Muitos estavam com a pulga atrás da orelha com aquela mania que o Cruzeiro tem de ser o desfribilador azul e ressucitar os mortos o campeonato. Do lado de lá, o rival vinha de 6 derrotas consecutivas e via no clássico – que teve torcida única deles – a grande chance da virada.

Mas o Cruzeiro tinha Montillo e isso nos bastou para espantar essa zica.

Com a bola rolando, o Atlético teve a primeira chance logo no comecinho com Guilerme. Mas o time azul estava mais organizado, seguro em campo. E com uma roubada de bola no meio campo, W. Paulista lançou Montillo que fez o primeiro gol dele na partida, tocando a bola na saída do goleiro Renam, aos 12 do primeiro tempo.

O Cruzeiro continuava melhor, mas pouco depois perdeu W. Paulista por contusão. Charles entrou no seu lugar e com isso o time perdeu poder ofensivo. Mas se por um lado não atacava mais com tanta eficiência, não deixava o time listrado chegar também e o primeiro tempo acabou mesmo 1×0 para o Cruzeiro.

O Cruzeiro já estava com Gilberto em campo, no lugar do também contundido D. Renam, enquanto o adversário retornava com Daniel Carvalho e Neto B. denonsrando que buscaria alguma reação no jogo. Mas o Cruzeiro continuava a fechar bem os espaços e o time galináceo não conseguia penetrar na área.

Tamanha era a dificuldade que o empate do rival veio apenas em um raro chute de longa distância de Filipe Souto, aos 11 da etapa complementar, que chutou livre de marcação do meio da rua.

Com o gol, a torcida emplumada se animou e empurrou o time listrado, enquanto o Cruzeiro tinha dificuldades em sair jogando, uma vez que não tinha referencia no ataque. E o ‘sofrimento’ perdurou até Joel colocar o Ortigoza no lugar do Roger. Foi quando o Cruzeiro equilibrou denovo as coisas.

E o jogo que parecia mesmo caminhar para o ataque mudou de rumo graças a ele, Montillo. O argentino recebeu a bola, já no finzinho do jogo, e chutou de fora da área uma bola que passou caprichosamente por baixo das mãos do goleiro Renam. Aos 42, o Cruzeiro sacramentava a vitória no clássico e Montillo acabava com a zica em confrontos com o rival.

Foi uma festa só na Sampa Azul. Um gol que rendeu muita comemoração, além de importantes 3 pontos para o Cruzeiro e duas caixas de cerveja a serem pagas pelo garçom Marcão, sofredor que trabalha no Minas Tutu. (E, é claro, ajudaram a afundar um pouquinho mais o time rosado).

Só não foi um dia ainda mais feliz pois o Marquinho fez questão de contar a piada mais sem graça do mundo, repetidas vezes, sem ninguém ter perguntado ou pedido nada.

Por isso, se vocês encontrarem este sujeito pelo caminho e ele te perguntar, “você conhece a piada do Arnold Shuazeneger, diga que “sim” e saia correndo. Se não ele dirá:

O Técnico de informática foi arrumar o computador do Shuazeneger e perguntou: “Instalo o Windows XP?” E o exterminador responde: “Instala o Vista, baby!”

Sim. Graças a esta piadinha infame, tá ai um primeiro post de vitória em clássico que não saio com um sorriso pleno.

Ê Marquinho!

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Aos trancos e barrancos.

Pois bem, meus amigos. Meu ‘ânimo’ para escrever sobre as partidas do Cruzeiro continua o mesmo. Por isso me desculpo com os leitores do Blog pelos textos menos constantes que o costume. 

Aliás, falar de constância e Cruzeiro na mesma frase é algo raro. A única coisa constante no time é a sua inconstância.

Na última quarta, contra o Atlético-PR, até que o time vinha bem em campo. Mas graças a falta de inteligência de Anselmo Ramón que fez uma falta desnecessária, o Cruzeiro jogou com um a menos e não segurou o empate.

Hoje, pelo menos, vencemos. Aos trancos e barrancos, sofrendo, jogando feio (muito feio, diga-se de passagem) e contando com um pênalti doado pelo juiz, mas vencemos.

Para falar a verdade, não há muito o que falar da partida de hoje. Contra o Ceará, neste sábado, fomos um verdadeiro bando em campo, perdido, sem capacidade de articular ataques perigosos. Parece que o DNA ofensivo e de toque de bola tão tradicional do Cruzeiro não está dando liga com o estilo ‘pranchetístico’ do Joel. Mas se falta química, hora ou outra a ‘sorte’ tem aparecido para o treinador.

E assim vamos levando, enquanto nosso time vai se dissolvendo lentamente com as vendas. Depois do assédio de times do exterior, de perdermos jogadores para equipes do Brasil, agora inauguramos a debandada para times de 3ª ou 4ª linha do futebol mundial. 

Sinceramente, este ano para mim só não acabou pois estou esperando ansiosamente os 45 pontos que nos garantem na primeira divisão ano que vem e, quem sabe, alguma esperança de um recomeço. Ah! E também porque assistir aos jogos na Sampa Azul – mesmo com o time em má fase – é sempre divertido.

Vamos ver o que o futuro nos reserva.