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O fantasma de 2011.

Serei breve, pois este time não merece o meu tempo. São sete jogos sem vitória. 2 pontos somados em 21 disputados. Um desempenho vexatório e inaceitável, digno de um elenco de time de várzea.

O enredo do jogo você já conhece. O Cruzeiro sai na frente, joga bem o primeiro tempo, toma a virada e chora as pitangas. E para cada um dos 7 jogos, sempre uma desculpa. Chega!

Ontem, depois de um bom primeiro tempo, que já havia sido salvo por incríveis defesas do Fábio, o time encolheu tanto, recuou tanto, que a virada era mais do que esperada. Só chegamos ao gol do Grêmio aos 21 minutos, depois de tomar o empate, como se fosse um jogo de adultos contra crianças.

Difícil até de escrever, seja sobre este treinador incoerente e medroso, seja sobre essa diretoria omissa, que pouco – ou nada faz – para tirar o time desta situação. Ninguém mais respeita o Cruzeiro, que realmente não faz por merecer nenhum temor os adversários.

Nossa única chance de não cair é torcer, rezar com força, para que times como Atlético-GO, Sport, Palmeiras e Coritiba não tenham surtos de vitória, pois se depender deste catado nojento que enverga a camisa do Cruzeiro, não vamos a lugar algum.

Agora, teremos um jogo em casa contra a Portuguesa, que vem no seu melhor momento no campeonato. Vencer é obrigação, mas eu sou incapaz de cravar três pontos.

E agora, quem poderá nos defender?

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Vencemos, só que não.

O jogo contra o Inter foi duríssimo, como
já era esperado. Cheio de desfalques, o time azul jogou com sotaque carregado,
uma vez que – enfim – estreou o volante colombiano Diego Arias e o argentino
Martinuccio estrearam, sendo o último no final do segundo tempo.
O primeiro tempo foi travado e teve como
destaque o lance do pênalti assinalado para o Cruzeiro. Pela TV, não achei
pênalti. Na hora de bater, Borges converteu mas o juiz mandou voltar por
invasão. Na segunda cobrança, o Borges errou, teve invasão, mas o juiz deixou
por isso mesmo.
Lance típico de juiz que tem a necessidade de ser maior que o espetáculo, como o Paulo César. Arbitragem, aliás, que anda absurdamente
fraca no Brasil, chega a dar vergonha. Mas em um país onde quase nada funciona
direito, seria muito eu exigir que a arbitragem fosse diferente.
No segundo tempo, o jogo ganhou em movimentação,
mas não o suficiente para tirar o zero do placar. E, com isso, o Cruzeiro
acumula sua 6ª partida seguida sem vitória.
Pessoalmente, me coloco BEM preocupado com
o futuro do nosso time no campeonato. Nos resta rezar e torcer. Nada mais. Agora
é tentar, sabe-se lá como, descolar uma vitória contra o Grêmio no Olímpico.
E o fantasma de 2011 volta a assombrar. Sai
pra lá!
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Não foi desta vez.

O Cruzeiro pode estar num momento melhor,
pode jogar em MG, em SP, pode ter um a mais, um a menos, pode jogar de azul, de
branco… Não adianta, o time paulista quase sempre vence o Cruzeiro.
Dificilmente seria hoje, com o time pressionado e em frangalhos, que essa tão
necessária vitória viria. Como não veio.
Com a bola rolando, os minutos iniciais
foram totalmente azuis. O Cruzeiro começou a partida pressionando o São Paulo,
tocando bem a boa e marcando muito bem. Aos poucos este ímpeto foi diminuindo,
mas durante toda a etapa inicial o time estrelado foi sempre melhor e mais
perigoso.
Destaque para o lance em que Marcelo
Oliveira lançou o Montillo, WP fez um bom corta luz e o argentino perdeu o gol
cara a cara com o Rogério.
W. Paulista era quem mais buscava se
movimentar, enquanto Wallyson fez uma das partidas mais desprezíveis que eu já
tive o desprazer de ver um jogador do Cruzeiro fazer, vendo o jogo do estádio.
Ele tinha como única função marcar a saída do Cortez, mas o fazia de longe e
caminhava… ou melhor, se arrastava em campo, sem a menor disposição para
nada.
No fim do primeiro tempo, o Cruzeiro perdeu
os dois atacantes por contusão. Como perderia também no começo do segundo tempo
o Charles, que fazia boa partida, pelo mesmo motivo, depois de uma bola
dividida com Lucas.
Antes, o Cruzeiro ainda teve uma excelente
oportunidade de marcar o seu gol, em cruzamento de Montillo que passou
perigosamente pela área tricolor.
Na sequência veio o gol do São Paulo, em
contra ataque que culminou em cruzamento de Ademilson, mal rebatido pelo Fábio,
que acabou com cabeçada do Oswaldo e o gol paulista.
O gol simplesmente decretou o fim do futebol
para o Cruzeiro que parou de jogar e desapareceu em campo. Ainda houve tempo de
o Fábio fazer uma excelente defesa. Era um jogo em que jogamos bem melhor que
as últimas partidas e que até merecíamos melhor sorte. Mas fazer o que?
Hoje ficou claro que a troca de Roger pelo
Souza foi um tiro no pé. O Galera ainda alternava bons e maus jogos. O Souza
nem isso consegue. Como também ficou evidente que nosso time está acabado
fisicamente, perdendo corridas, sem pique, sem movimentação. O Montillo está
claramente aquém do que pode, sem pique. Me parece jogar no sacrifício.
Como fica um alento de que o Borges e o
Ceará possam voltar ao time logo. Hoje, o pouco que tentou mostrou que o Borges
é titular indispensável deste time. Embora não tenha aparecido muito na TV, do
campo ele se movimenta, busca jogo e não se esconde… como outros tantos
fazem.
Agora é juntar os cacos de 5 jogos somando
só um ponto, um time de lesionados, desfalques por cartão e jogadores limitados,
para tentar o milagre de se vencer um jogo.
Não, não gosto do Roth comandando o
Cruzeiro. Mas se eu tivesse que demitir alguém, com certeza seria o
departamento médico ou o preparador físico deste time. Porque o que esse time
se lesiona, e o que esses jogadores não correm em campo é uma grandeza.

Uma pena o resultado para nossa torcida, em
especial a galera da Sampa Azul, que fez aquele esquenta em nosso QG e cantou
como pode no estádio.
Temos ainda mais 2 super pedreiras, contra
Inter e Grêmio. Que fase! Muito se engana quem vê a tabela com tranquilidade, o
que nesta faze acredito ser quase ninguém da nossa torcida.
Força Cruzeiro! Vamos atingir logo os 45
pontos e começar a planejar um 2013 decente.
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Guia de sobrevivência nos estádios: O Morumbi.

Resumão
Educativo:
Nome
Oficial:
Estádio Cícero Pompeu de Toledo
Imauguração: 02 de outubro de 1960 (São Paulo FC 1 X 0 Sporting (Por))
Record
de Público:
146.032 mil pessoas no jogo entre
Corinthians e Ponte Preta, em 1977.
Capacidade
Atual:
70 mil lugares
O Estádio:
De todos os estádios paulistas, o Morumbi é
de longe o meu favorito. E em nada relaciono este carinho ao futebol, uma vez
que o São Paulo FC é o maior algoz do Cruzeiro em confrontos diretos. Mas
durante muito tempo eu tive o privilégio de
trabalhar para o time paulista, prestando serviços de criação e marketing.
Além da arquibancada, que visito
frequentemente como torcedor, conheço o campo, os bancos de reserva, o museu, o
imenso clube anexo ao estádio, participei de eventos, reuniões nos escritórios,
atendi aos diversos clientes e camarotes que fazem do Morumbi a sua casa.
Inaugurado em 02 de outubro de 1960, ainda
com o anel superior incompleto, em amistoso que o São Paulo venceu o Sporting
de Portugal por 1×0, o estádio do Morumbi é um dos mais importantes palcos do
futebol mundial. Lá também acontecem os maiores eventos e shows da cidade de
São Paulo. Mas o nosso negócio aqui é mesmo futebol e, mais especificamente o
nosso Cruzeirão.
O Clima:
Outro motivo que me anima bastante em jogos
no Morumbi, especificamente contra o São Paulo FC, é o fato de nossas torcidas
serem ‘amigas’. É muito comum você encontrar torcedores tricolores andando no meio
da torcida celeste e vice-versa. Um clima amistoso que nos faz questionar o por
quê de isso não acontecer sempre, em todos os jogos.
Entretanto, se engana quem pensa que eu
aconselho você a ir de camisa ao estádio. Toda torcida tem gente legal e um
punhado de babacas. E basta um imbecil para que você tenha problemas. Por isso,
vá com sua camisa guardada e deixe para coloca-la mais próximo do estádio, ok?
Comprar ingressos na hora normalmente é
tranquilo. A torcida visitante fica posicionada na chegada da Av. Giovanni Gronchi.
Ou seja, vindo por ela, a primeira torcida que você vai encontrar será a nossa.
A chegada:
Aliás, a chegada é um dos pontos negativos
do Morumbi. Ele é o pior estádio em termos de localização, pois ainda não
existe metrô perto dele. No Morumbi, só de carro ou de ônibus.
São 3 as principais avenidas para se chegar
ao estádio. A Giovanni Gronchi, para quem vem da Zona Sul (Santo Amaro,
Interlagos, etc). A Morumbi, próximo ao Shopping de mesmo nome (para quem vem
de Moema, Brooklin, etc). E a Francisco Morato (para quem vem de Pinheiros, da
região da Rebouças). Nesta útima alternativa, é necessário também uma leve
caminhada pela Av. Jorge João Saad.
De carro estas são as principais rotas. De
ônibus, sugiro que vocês busquem alternativas nestas avenidas pois são diversas
as opções para o estádio. Vejam duas delas.
Do Terminal João Dias.
Dentro
do terminal pegue o ônibus (5119-10) – Largo São Francisco
Ele
para em frente ao estádio.
Do Shopping Morumbi.
Em
frente ao prédio da Vivo, pegue o (807M-10) – Terminal Campo Limpo
Ele
para em frente ao estádio.
O Google Maps é um excelente parceiro na
busca da sua rota ideal – seja de ônibus, seja de carro – para chegar no
Morumba.
A vista do
campo:
Em 95% das vezes, o visitante fica na arquibancadada
superior, ao lado do setor Visa. A visibilidade é boa de lá, mas é mais
distante do campo do que o torcedor mineiro está acostumado. Mesmo o Mineirão,
gigante daquele jeito, nos deixa a impressão de assistir ao jogo mais de perto.
Raras vezes, o visitante fica na geral, ao
lado da MegaLoja de Reebok. Lá a visibilidade é bem ruim, mas quase nunca
acontece isso, depois que o São Paulo FC vendeu os camarotes empresariais ao
redor do anel intermediário.
Prepare o
bolso:
Parar na rua custa caro e varia de acordo com
o jogo. A média é R$20,00 ou R$30,00 em jogo comum. Em clássicos e shows, já ví
engo cobrar de R$100,00 a R$500,00. (É mole).
Para jogos como o de domingo, mais cedo, o
Shopping Butantã serve de alternativa pois você entra como cliente comum e paga
uns R$10,00, no máximo, além de deixar seu carro em segurança. Para jogos a
noite, esqueçam, pois eles até oferecem um serviço especial, mas com preço de
flanelinha de diamante.
Para comer, graças a parceria com o São Paulo
e o Habbib’s, eles tem um Kitzinho com 2 coxinhas e mais um salgadinho
acompanhado de um mini-refrigerante que sai por volta de R$18,00. Não alimenta, mas é
mais honesto que os dogões ‘Pão seco com salsicha’ vendido em todos os demais
estádios.
A Sampa Azul:
Apesar de não sermos uma torcida organizada,
nós sempre marcamos de nos encontrar no QG para irmos juntos ao campo. Muitas
vezes, alugamos até uma Van para isso (fique ligado no Blog, no Facebook e no
Twitter para saber como funciona).
Também é comum a gente se encontrar para
esperar os amigos na frente do estádio. Tudo isso, combinado durante a semana.
É sempre bem tranquilo pois o perfil da
nossa torcida é só de amigos. Vão crianças, adultos, idosos, mulheres… todo
mundo junto.
Agora que você é um expert em jogos no
Morumbi, bora lá pegar a sua camisa e vamos apoiar o nosso Cruzeirão em mais um
jogo!
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Você faz a sua parte?

O jogo? Nunca foi tão fácil descrever uma partida do Cruzeiro. Bola rolando, gol do Cruzeiro (Dedé fez contra em cruzamento azul). Falta para o Vasco, gol de empate em falha do Fábio.

E o resto, todo mundo já sabe. Intermináveis chutões para frente, um time ‘especialista em defesa’ que é facilmente envolvido pelo adversário, a bola que não entra e jogadores muito aquém de nossa camisa. Resultado? Mais um jogo sem vitória.

Mas sabem o que me impressiona mais? A impressão de que ninguém, absolutamente ninguém está satisfeito no Cruzeiro. É torcedor descontente, treinador descontente e pressionado, jogadores reclamões, chorões e um presidente que – em entrevistas – diz: ‘O meu cargo eu não entrego!’.

Peraí, gente! Vamos com calma nesse andor. Primeiramente o Gilvan tem que parar de dar entrevistas falando demais. Quem, em sã consciência, sequer cogitou a saída de um camarada que chegou ontem, com o clube devendo as calças e segurou o Montillo contra tudos e contra todos. Então calma lá, Gilvan.

Outra coisa é saber se administrar cobranças. O Charles, há alguns jogos chorou com as vaias da torcida. Hoje o Fábio cogitou sair do time. Pera lá, gente! Vocês são profissionais, muito do bem pagos – diga-se de passagem – para ficar com este chororô sem tamanho.

E, por último e mais importante: que torcida CHATA PRA CARALHO que a gente tem. Se você conversar com 11 cruzeirenses diferentes, cada um deles vai reclamar de um punhado de jogadores e a conclusão que chego é que NINGUÉM presta para esta torcida.

Querem um sintoma típico da torcida do Cruzeiro, de gente pé frio e chorona? É você estar assistindo o jogo do lado de um infeliz vai lá e fala: “quer ver que agora é gol do Vasco?”. “Vixe, falta no meio campo? Aposto que é gol do adversário”.

Isso sem contar o tradicional: “Nossa, este Fábio é um frangueiro”. “O Tinga não presta”. “Como o Montillo se esconde no jogo”. Ou seja, os poucos atletas minimamente capacitados a jogar no Cruzeiro são alvo de toda a ira da torcida, enquanto os limitadíssimos Matheus, Wallyson, W. Paulista nunca foram cobrados. Na verdade nem podem.

Torcedor celete, aqui vai uma dura verdade para você: O SEU TIME NÃO É MAIS AQUELE CAMPEÃO DE 2003. Graças ao final desastroso de administração Perrella, hoje estamos com o penico na mão e nosso time é isso ai que está em campo. Um elenco levemente superior a Portuguesa, Náutico, Figueirense, com uma camisa de um peso gigantesco.

Dito isso, só existe uma coisa que a gente pode fazer: TORCER. Mas não torcer como um abutre, ‘gorando’ nossas jogadas, xingando nossos jogadores, reclamando o tempo todo. Temos que torcer para INCENTIVAR nosso time.

Estes jogadores não estão da altura do nosso Cruzeiro. Isso é fato. Mas nossa torcida anda mais baixa ainda, se equiparando aos emplumados do outro lado da lagoa em sua PIOR fase. Hoje, torcedor do Cruzeiro reclama do seu time e fica ‘secando’ o time das penas rosa.

Talvez, por ser paulista, eu não seja capaz de entender da mesma forma que vocês este ‘ódio’ a um rival que quase nunca nos fez mal. Mas eu juro que respeito. Só acho que é preciso entender que o ‘momentâneo sucesso’ do rival em NADA tem a ver com nossa má fase. E o nosso sucesso independe do momento deles. Convenhamos, nós já fomos muito maiores que isso. Nossa atitude já foi MUITO diferente.

Foco é tudo, e o meu está no meu Cruzeiro. 

‘Aí, fiquei ofendidinho porque eu não sou assim! Ou quem é você para me dizer quem eu posso ou não criticar no meu sagrado direito de torcedor?’

Eu, meus amigos, sou TORCEDOR DO CRUZEIRO. E não tenho o direito de exigir NADA de vocês, nem de criticá-los. Mas tenho a OBRIGAÇÃO de desejar algo melhor para o meu time, para o nosso time.

Assim como vocês, tem jogos que eu quero bater no Fábio, no Charles, no W. Paulista… Quem me conhece sabe o como eu sofro com este time. Só que temos que ser maiores que isso! A única coisa que podemos fazer é incentivar e cobrar no momento certo, as pessoas certas.

O Éverton não vai ser possuído pelo espírito do Nonato se você vaiar ele. A bola vai ficar mais pesada, os passes mais tensos, o futebol mais difícil. Nem o Fábio – que nos salvou em milhares de ocasiões – vai defender mais se você vaiar. Mas o seu incentivo pode SIM colaborar. A sua presença no estádio PODE SIM, fazer a diferença. O seu pensamento positivo ajuda aos limitados a darem algo mais.

Por isso, convoco a TODOS os nossos amigos, todo mundo que frequentou a Sampa Azul um dia, para fazer nossa parte no Morumbi semana que vem, contra o São Paulo. Isso mesmo, contra o time que mais ganhou da gente na história.

Se você é pessimista, pode ir de boa pois já está contando com a derrota e o que vier é lucro. Mas se você é torcedor, se conhece a força do nosso grito de incentivo, se conhece parte da história do nosso time, você tem a OBRIGAÇÃO de ir lá e torcer como nunca! De fazer o seu melhor.

Pois quem critica mas não faz a sua parte não tem – sequer – o direito de reclamar. Uma torcida que não apoia, não incentiva e não acredita é tão vagabunda quanto os jogadores que ela tanto vaia.

Somos maiores que isso. Nossa história prova isso. O que tem faltado é um pouco mais de humildade, incentivo e cobrança nos momentos certos, nas pessoas certas.

Domingo que vem eu estou lá. Espero que você também.

Não quero te ensinar a torcer pelo Cruzeiro, nem mesmo tenho a ousadia de criticar o seu direito de expressão, de criticar. Só tenho a certeza de que você – assim como nosso time – pode mais se estivermos juntos.

Que tal um jogo de incentivo pleno. Será que somos capazes?

Descobriremos domingo que vem.

Vamos Cruzeiro!