Dava para ter ganho do Santos. Perdemos por detalhes bobos, como não ter entrado em campo no primeiro tempo e não ter elenco. Ah, se não fosse isso, heim?
Ironias a parte, estamos falando de um jogo em que tivemos 4 chutes ao gol e tiramos 2 bolas em cima da linha. Por isso pouparei vocês dos comentários mais alongados sobre a partida, ok?
Quem aí não está contente com a mega vitória do Cruzeiro contra o SPFC ou com o jogão contra o River da próxima quinta? Pois é, meu amigo… Libertadores é bão, mas o saldo vai ser pago neste início de Brasileiro.
Como em 2015 não vamos ouvir comentaristas dizendo: “– Olha este time do Cruzeiro…. sai Fulano, entra Beltrano que seria titular em qualquer time!”, o jeito é escolher um torneio para focar. E rezar pelo outro…
É o que o coitado do M. Oliveira está tentando fazer. Juntando o resto que tem para brigar pela Libertadores. Enquanto parte da torcida segue ‘pitacando’ que ele deveria jogar com G. Xavier, ou colocar o Pará, sem perceber que isso é debater migalhas perante o elenco que temos, eu continuo a me perguntar quantos anos mais o Gilvan vai levar para trazer o bendito do meia que prometeu.
“Ah… mas times como o Sport, ou Chapecoense são mais limitados e jogam mais”. Concordo, mas aí está o problema, amigos: CAMISA PESA! E não é qualquer jogador que joga no Cruzeiro.
Precisamos de reforços. Mas, daqui a pouco, todos os bons valores de outros times completam 6 jogos. Pouco antes de acabar o prazo para transferências, vamos continuar ouvindo especulações e mais especulações… e ninguém chega. Quando a vaca for para o brejo, algum diretor traz aquela revelação do Paysandu, ou do ABC, para ‘ajudar’ o time.
Haja paciência…
Agora, já pensaram? Embora eu e você torçamos como louco pela conquista da Libertadores, vai que a gente não ganha? (Bate na madeira aí). Temos que pontuar no brasileiro o quanto antes para não jogar o resto do torneio com o peso da camisa em uma posição na ‘rabeta’ da tabela, esperando pelos 45 pontos que não chegam nunca.
Perder para o Santos na Vila é um resultado que pode acontecer mesmo com o time jogando bem. O que ‘irrita’ é ver que falta mais talento neste time. Quando a gente tem como titular inconteste um Marquinhos com o argumento que ele é esforçado, temos a real medida do limite do time. E quando ele é um dos que mais cria, não sei se comemoro ou se fico preocupado.
O Mayke nem foi pro jogo. Só temos ele e olhe lá para a lateral direita… melhor poupar para quinta, enquanto o Ceará já aparece nas caixinhas de leite da Cemil naqueles retratos de desaparecido… e o Fabiano, bem… deixa pra lá. O Arrascaeta segue a linha do Mayke: vamos poupar para quinta.
Na lateral esquerda, sinto que vamos passar o ano discutindo qual das opções é menos limitada. Me resta torcer para que o Mena consiga encarnar um Sorín vez ou outra, como aconteceu na quarta passada. E por aí vai…
Hoje, somos ‘lanternas da porra toda’. O único time que não conseguiu um ponto sequer. É cedo, eu sei. Mas confesso que não estou tranquilo.
Mas de que adianta reclamar? É com esse time aí – limitado e tudo mais – que vamos brigar pelo Tri da Libertadores.
E como em Copa tudo pode acontecer, me resta pedir para o time que mostre a mesma disposição que teve contra o São Paulo no Mineirão. Que não se acovarde, não deixe de atacar, que não tenha medo de ir para cima do River na Argentina. Que entendam que esta camisa celeste estrelada tem um peso gigante e que eles devem usar isso ao seu favor.
E neste meio tempo, esperar… mesmo que sem esperanças, que a diretoria reforce o time com jogadores bons de verdade.
Vamos Cruzeiro… Que venha o River, mas que a gente vá também.
(Por E.M.)