Existe um ditado popular muito sábio que diz: “contra fatos não há argumentos”. Então pegue papelzinho e caneta para tomar nota. Foram 6 jogos, 5 vitórias, apenas 1 empate fora de casa, 20 gols pró, só unzinho contra, 19 gols de saldo e 16 pontos no grupo… 6 a mais que o segundo colocado do grupo.
E para falar do começo do jogo também vou recorrer aos números. Com 8 minutos, o Estudiantes já tinha conseguido 2 chances de gol, e o Fábio feito 2 espetaculares defesas, uma a queima roupa e outra no rebote deste lance. Mas com 12 minutos, quem fez 1×0 foi o Cruzeiro em um contra-ataque iniciado por Pablo, que passou pelos pés de Henrique, que lançou Wallyson aberto pela direita para cruzar para Thiago Ribeiro fazer o primeiro tento do jogo.
O Cruzeiro se soltou um pouco mais depois do gol, mas o Estudiantes logo cresceu novamente na partida. Era um jogo bem marcado e aberto, mas sem grandes chances de gol. O time argentino tentava tomar a iniciativa, mas o Cruzeiro marcava bem e encurtava os espaços.
Já no finzinho do primeiro tempo, Wallyson – em uma jogada de pura raça – brigou com 2 jogadores argentinos, arrancou a bola dos adversários, avançou em direção ao gol, driblou o goleiro, e fez o segundo gol do Cruzeiro. Uma linda jogada.
Consolidando a vitória.
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo ainda mais aplicado em campo. Durante alguns minutos, tocou a bola com maestria e envolveu o adversário. O Gilberto simplesmente sobrou em campo, com bons desarmes, toques rápidos, boas subidas ao ataque e, para coroar esta bela atuação, um golaço maravilhoso para fechar o caixão dos ‘Pichas’.
Aos 37, saída de bola esperta do Cruzeiro, o garoto Éverton recebe a bola e faz um lançamento magnífico do campo de defesa, lançando o camisa 6 celeste. O Gilberto pegou a bola, deu um drible sensacional no zagueiro argentino, cortou o goleiro e enfiou a bola por baixo das pernas do outro jogador do Estudiantes ao chutar para fazer Cruzeiro 3×0. Sensacional.
Na comemoração, uma segunda homenagem a Montillo. O time já havia entrado em campo com uma faixa de apoio ao craque celeste e seu filho, que havia feito uma cirurgia no coração bem sucedida na parte da tarde. Para festa do 3º gol, os jogadores fizeram a tradicional “cavalgada”, marca registrada do camisa 10.
E pensar que este tinha sido eleito o ‘grupo da morte’ da Libertadores 2011, antes mesmo de definidos todos os times da chave. E pensando bem, até foi… pois o Cruzeiro aniquilou TODOS que alí estavam.
Com o resultado o Cruzeiro, que só perderia a 1ª posição do grupo por mágica, garantiu também o primeiro lugar GERAL da competição e com isso a ‘vantagem’ de decidir sempre em casa os seus jogos.
De quebra, goleou pela segunda vez o time argentino e quebrou 27 anos sem derrota do Estudiantes em sua casa. (Em tempo, CHUPA VERÓN! Que viu mais uma derrota do seu time, vestindo uma camisa rosa).
Um jogão, com um placarzão, muita animação e com humilhação dos argentinos merecia uma grande comemoração. Estreou hoje na Sampa Azul, o nosso bandeirão.
Agora é esperar o final da chave de grupos para conhecermos nossos rivais. O caminho até a final parece que vai ser bem difícil. Mas que os adversários se preocupem com isso pois, hoje, somos os melhores.
Campeão não escolhe adversário. Vamos vamos Cruzeiro! Rumo ao TRI!