O Cruzeiro goleou o Real Potosí por 7×0. Pronto, não precisaria escrever mais nada neste post que já estaria tudo explicado. Afinal de contas, o que se pode dizer depois da maior goleada aplicada pelo Cruzeiro em sua história na Libertadores?
Talvez eu pudesse relatar aqui que o primeiro gol demorou a sair, ou ainda que o Cruzeiro perdeu chances incríveis como a incrível bomba de Henrique que explodiu no travessão e rendeu mais 2 boas chances que arrancaram o grito de “Uhhhh!” da galera na Sampa Azul. Mas prefiro focar na parte divertida e curiosa da partida.
O time entrou em campo com três atacantes, uma formação pouco habitual que reuniu W. Paulista, T. Ribeiro e Kléber Gladiador. Uma verdadeira surpresa para a parte da torcida que espera times do Adílson mais retrancados.
Apesar da artilharia pesada na frente, a bola teimava em não entrar. Até que, aos 28 minutos W. Paulista invadiu a área e chutou cruzado para o gol. A bola ainda resvalou em M. Paraná que, mesmo tentando não encostar na bola, acabou levando o crédito oficial pelo primeiro gol celeste na partida. Não gosto de chavões, mas o velho “abriu a porteira” cabe perfeitamente neste momento pois, em 15 minutos, T. Ribeiro, Kléber e Jonathan ampliaram a goleada para 4×0.
A “Norminha” do Cruzeiro:
Aliás, que beleza este momento do Kléber. Depois de toda a polêmica do “vai-não-vai” da última semana, ele volta nos braços da torcida. Seu gol teve até direito a beijo nas estrelas, complementando as juras de amor que conquistaram a China Azul.
Ponto para o Gladiador, que arrancou da memória dos amigos da Sampa Azul a música tema de Norminha, personagem de Dira Paes na última novela das 8:
“Você não vale nada, mas eu gosto de você…
você não vale nada, mas eu gosto de você!”
Tinha espaço para mais…
Logo nos primeiros segundos da etapa final, Yecetorre acertou Kléber por trás e foi expulso. Curiosamente, com um jogador a mais, o time celeste demorou novamente a ampliar o placar. Ou melhor, até fez muitos gols mas, todos (os legais e os impedidos) foram anulados pela arbitragem.
Lá pelos 41 minutos da etapa complementar, quando o Potosí já jogava com 2 jogadores a menos e a feliz torcida pensava “tinha espaço para mais”, o restante da porteira caiu de vez para o Potosí. Eliandro fez 5, Diego Renam fez 6 e o persistente Guerrón decretou o final do jogo com o 7º gol.
Foram tantos gols válidos e outros tantos anulados, que arrisco a dizer que até eu marquei nesta partida. (hahaha)
E vejam vocês que ironia. O temido Real Potosí e a sua altitude estavam marcados em nossa história como o time que nos aplicou a maior goleada em Libertadores (5×1, em Sucre). Com os 7×0 de hoje o time boliviano retorna a história do Cruzeiro, mas agora na página correta, como a maior goleada a nosso favor no torneio continental.
Agora é se preparar para enfrentarmos o “Grupo da Morte” na Libertadores 2010. Semana que vem já tem o Velez, fora de casa! Mas eu estou confiante pois o jogo de hoje nos ensinou que o mundo gira e coloca sempre as coisas no lugar.
Quem sabe em 2010, não revertemos outra página histórica, ganhando a LA 2010 em cima do Estudiantes?
Festa na Sampa Azul.
Não posso deixar de registrar, mais uma vez, o incrível espetáculo da galera que lotou a Sampa Azul para acompanhar esta partida. A galera enfrentou todos os desafios da capital paulista, vencendo trânsito, chuva e enchentes… tudo pelo Cruzeiro.
Melhor do que falar é mostrar. Abaixo uma breve amostra da festa desta quarta, que teve vibração e músicas mesmo depois do fim do jogo. As demais fotos estão na galeria de fotos da Sampa Azul.
Que venha o Velez e todos os outros!
Eta pessoal animado! Passam isso até pelas fotos. Legal demais!
Os vizinhos do Minas Tutu que o digam. E ontem num tinha nem microfone… hahahaha
Bacana d+. Parabéns Edu Mano e o pessoal da Sampa Azul!!!