O Cruzeiro fracassou no Campeonato Mineiro. A única coisa que vale no rural é eliminar o rival e nós perdemos. Paciência.
Não importa se o segundo gol deles veio de uma falta não marcada pra gente, ou se foi mais uma partida com arbitragem tenebrosa do Héber Roberto. Nem mesmo a merda que fez o Fabiano importa perante o que vou falar.
Vocês querem saber o porque o Cruzeiro tem perdido para o Atlético?
Porque nossa diretoria é frouxa!
É isso mesmo, companheiros. Se você acha que o problema do Cruzeiro é o ‘tabu’ de alguns jogos sem vencer o Atlético, sinto informar que sua miopia talvez lhe impeça de ver algo ainda mais abrangente: há muito estamos sofrendo goleadas nos bastidores e aceitando isso passivamente.
O futebol abaixo da média também é culpa da diretoria, mas sobre isso falamos mais tarde.
Só um exemplo dos desmandos que, sem alarde, permitem que os clássicos sejam disputado com 2 pesos e duas medidas. Basta destacar que desde que o Cruzeiro passou a jogar no Mineirão e o Atlético no Independência, o Cruzeiro deixa o adversário jogar com torcida única, enquanto abre sua casa para o rival.
Não faz diferença? Faz TODA diferença! Não fizesse, o time listrado não pediria sua carga todo jogo. Perdemos uma final de Copa do Brasil assim, sempre dando a outra face, caindo nas artimanhas e catimbas extra campo do rival.
Desta vez, o ‘bom samaritano’ perdeu a chance de peitar o rival, a federação e a TV. Aceitou passivamente a marcação desta partida absurda, em uma data que vai nos prejudicar ainda mais na terça.
Seria lindo não ter entrado em campo hoje, ter mostrado à federação que o Cruzeiro é gigante e não pode ser tratado como foi. É preciso que nossos comandantes entendam o tamanho do Cruzeiro e que o Rural depende muito mais de nós do que nós deles.
Mas nem para entrar com uma ação a tempo o clube foi competente. Desistiu de recorrer por falta de tempo de um julgamento no pleno. Oi? Por quê não entrou com a ação antes?
Nem interesse em protestar contra a presença do Heber Roberto mostramos. Deixa lá esse juiz que nos causou problemas outras tantas vezes (hoje mais uma vez).
Na moral? Chega! É preciso deixar de ser bunda-mole administrativamente.
Sobre o jogo, tenho pouco a falar. Sinceramente, achei que o time jogou melhor no Independência do que no Mineirão. Fizemos um primeiro tempo bom, um gol proveniente de uma jogada maravilhosa do William e saímos na frente no placar. Era para ser uma festa, mas precisando poupar jogadores, M. Oliveira sacou o Alisson no segundo tempo e nosso time mostrou as mesmas falhas na defesa que tem marcado esta nova equipe. Ineficiente na bola aérea, tomamos 2 tentos e perdemos o jogo em um roteiro que de inédito não tem nada.
Perder é ruim. Ninguém gosta. E quando isso acontece é aquela velha história: bora caçar culpados, apontar o dedo, cobrar cabeças.
E tudo bem… faz parte do jogo. Mas pelo menos saibam cobrar quem realmente tem alguma culpa no cartório.
Hoje o Fabiano fez merda? Sim, fez. Mas a culpa não é do Fabiano, que é limitadíssimo. É de quem contratou ele para jogar no Cruzeiro.
Hoje o Fábio não foi bem, ou você não gostou de algo que o M. Oliveira fez? Aí eu te digo… ambos estavam nos times brilhantes de 2013 / 2014 e ninguém questionava nada a respeito deles.
Sabe o que mudou? Mudou a postura da nossa diretoria! Estes sim devem ser cobrados com veemência.
Quando precisou mudar a história do jogo, o Levir olhou para o banco e escolheu seus jogadores para tentar algo diferente. Hoje, quando precisa mudar a cara do jogo, o M. Oliveira coloca QUEM? Não temos elenco!
Sabe… a soberba é uma merda! Quando você se acha maior do que tudo e que todos, é justamente aí que acontecem as piores coisas.
A saída do Alexandre Mattos do jeito que foi, a discussão pela mídia com M. Oliveira no começo do ano, a declaração de que o sucesso do Cruzeiro se devia a diretoria e não ao treinador, a insistência em não termos um Diretor de Futebol de verdade… Todos estes são sinais claros de que o Sr. Gilvan já teve dias mais brilhantes como presidente do Cruzeiro.
O desmanche do time como ocorreu, reposições feitas no susto, nomes de jogadores que vazam na mídia e a incapacidade de trazer peças, mesmo com os cofres cheios colocam em cheque o comportamento de nosso mandatário em 2015.
É Gilvan… realmente não precisamos de um meia. Pelo jeito precisamos de muito mais: de postura, coragem e humildade.
Não podemos mudar o começo do nosso ano. Mas podemos sim fazer um 2º semestre diferente. Apesar do revés de hoje, ao time, ao M. Oliveira, aos jogadores – por mais limitados que um ou outro possa ser – só tenho a pedir o seu apoio.
E ao Sr. Presidente, temos que pedir mudança de postura!
O saldo do Gilvan no Cruzeiro ainda é muito positivo. Que este ‘protesto’ sirva para que o nosso presidente resgate o espírito que o ajudou a montar as equipes de 2013 / 2014. Que ele aprenda que precisa delegar mais, ter profissionais mais dinâmicos trabalhando ao seu lado em um clube como o Cruzeiro.
Agora é juntar os cacos e apostar tudo no jogo de terça para evitar férias forçadas pela incompetência administrativa do clube.
Vamos Cruzeiro!
(Por E.M.)