Para que eu pudesse criticar o ‘futebol’ praticado pelo Cruzeiro neste domingo, o time precisaria ao menos ter praticado algo parecido com este esporte tão popular no Brasil. Mas não foi o que aconteceu.
Eu cheguei a criticar duramente o esquema de 4-3-3 inventado pelo Mancini há alguns jogos, mas, mesmo com o 4-4-2, o time continua um verdadeiro arremedo em campo, um catadão que corre errado, marca errado e é incrivelmente mal treinado.
Não bastasse isso, alguns jogadores como W. Paulista, Anselmo Ramon e Marcelo Oliveira exageram em jogadas individuais, carregando a bola demasiadamente ou tentando jogadas cheias de firula. O que – diga-se de passagem – chega a ser contraditório, uma vez que estes erram até mesmo passes simples, coisas básicas.
Para vocês entenderem o como anda (ou se arrasta) este time, o ponto alto do primeiro tempo foi uma jogada em que W. Paulista desistiu da jogada, largou a bola e correu na diagonal para cavar uma falta. Isso, claro, depois dele ter perdido o pênalti e o rebote, com o gol livre. Este é o nosso artilheiro no ano.
Há ainda quem critique o Roger, pois é lento e joga quando quer. Ontem o time não jogou bem, mas ele buscou jogo, não se omitiu. E o futebol dele é aquele mesmo, lento mas inteligente… infelizmente precisa que o time esteja bem ou minimamente organizado para brilhar. (E isso nem de longe é um elogio ao jogador).
Ele não tem, por exemplo, o poder de decisão do Sr. Montillo, que não fez N A D A no jogo, sequer buscou jogo. Foi uma atuação tão pífia que eu realmente acho que ele jogou no sacrifício. Seria mais nobre se tivesse ficado de fora da partida e deixado o time com outro jogador melhor preparado.
Que o time era ruim, todo mundo sabia no começo do campeonato. Afinal, o elenco é ainda pior do que o time que quase nos rebaixou em 2011. Só que toda essa ruindade é potencializada por um treinador que não condiz com a grandeza do Cruzeiro.
Coitado do V. Mancini. Nem é culpa dele no fim das contas, pois mesmo não tendo capacidade, qual treinador renegaria a chance de comandar um dos maiores clubes do Brasil? Ele está na dele, fazendo coisas limitadas, treinando o Cruzeiro como se fosse o Ceará… Errado está quem trouxe ele para o Cruzeiro. Menos mal que estes já saíram do clube.
Cabe agora a atual diretoria corrigir mais este erro. É papel dos dirigentes do Cruzeiro enxergarem que o time não vem jogando bem, mesmo nas mentirosas vitórias contra fracos adversários do Campeonato Mineiro. E que percebam isso rápido, antes que comece o Brasileiro e, com ele, o nosso martírio.
O time é limitado? É… como 70% dos times brasileiros. Mas com a chegada do Alex Silva e a experiência do Souza, aliado ao comando de um treinador bom, dá para brigar na parte de cima da tabela.
Sobre o jogo, tenho pouco a falar. O America-MG é um time tão feio quanto o Cruzeiro, mas foi superior nas duas partidas e mereceu a vitória. E o Coelho, que completa 100 anos na segunda feira pós-jogo, tem a chance de comemorar um título no ano do seu centenário. Tomara que consiga!
Uma justa homenagem.
Apesar da vexatória derrota, ontem foi um dia especial, de homenagem. Quase 3 anos depois do primeiro jogo realizado no Minas Tutu e Prosa, foi o último jogo do Izael como proprietário do estabelecimento.
Ele, que vai abrir uma outra casa na Bela Vista, foi um dos principais responsáveis pelo sucesso da Sampa Azul ao abrir as portas do restaurante para a torcida do Cruzeiro em São Paulo.
Como homenagem, ele ganhou um certificado de ‘Torcedor Cativo’ da Sampa Azul, alem de um boné autografado pelo goleiro Fábio. (Tudo isso, registrado na foto do intervalo aqui abaixo).
Parabéns e obrigado Izael. Seu lugar em nossa torcida é cativo, meu amigo.
E aí moçada? aonde assistiremos ao jogo de hoje??