Ainda bem que o Cruzeiro tem o Montillo. Em tarde sem inspiração ofensiva, time celeste empata com o Palmeiras fora de casa em jogo que brilharam as estrelas de Montillo e também do Rafael.
O jogo.
Como sempre, um bom público estrelado compareceu ao estádio do Pacaembú para prestigiar o Cruzeiro. Uma pena que o jogo apresentado não correspondeu ao carinho da torcida.
Os primeiros minutos foram extremamente truncados, com bolas divididas e os 2 times marcando muito e em cima do adversário. Estava um jogo até que chato de se ver.
O Cruzeiro desarmava o Palmeiras com muita facilidade, mas não tinha organização nem disposição suficientes para ser ofensivo. E olha que o E. Ávila, que estreava no banco celeste, havia armado um time pra lá de ofensivo no papel, com Montillo Roger e Gilberto na equipe. Já o Palmeiras esboçava algumas ações ofensivas, mas todas sem perigo. Tanto que o único lance de ‘quase gol’ saiu dos pés do Cruzeiro, em mais um gol perdido pelo garoto Anselmo Ramóm. (A torcida chegou a gritar ‘gol’, de tão feito que parecia o lance).
Quando as equipes voltaram para o segundo tempo, o Palmeiras cresceu na partida e foi para cima do Cruzeiro. Montillo não rendia a mesma coisa jogando de costas para o gol, e Roger não dava a velocidade que o time precisava. Nas disputas aéreas, Anselmo Ramóm perdia quase todas as bolas que disputava e estava muito mal na partida.
Aos 13 minutos, Rafael fez uma grande defesa e salvou o Cruzeiro. Aos 20, Montillo fez uma jogada espetacular e rolou para Anselmo Ramóm, que viu o zagueiro tropeçar enquanto recebia a bola livre de marcação dentro da área. Para variar, ele chutou para fora. (Nada contra o esforçado garoto, mas está claro que ele não tem bola para ser titular do Cruzeiro ainda. Um dia quem sabe, mas hoje só está sendo queimado).
A chance perdida custou caro, pois 3 minutos depois, em tabela palmeirense, Luan fez de rebote o gol do time da casa.
Imediatamente a torcida celeste se voltou para a diretoria do Cruzeiro – que assistia a partida muito próximo dos torcedores – e fez questão de ‘homenagear’ o Dimas xingando o dirigente e cobrando jogadores. Comportamento esse que também foi visto no intervalo da partida.
O time estava perdido e parado dentro de campo. Parecia uma equipe de pebolim (ou totó, como dizem em Minas), sem movimentação e poder de reação. Até que aos 40, em jogada individual, Montillo – o salvador – recebeu a bola com marcação de 2 jogadores, fez o giro, e chutou para empatar a partida.
Foram 5 segundos de vibração e imediatamente depois a torcida virou em peso e mandou o Dimas ‘tomar’ na rima do ‘cajú’ durante vários minutos. (Ou ‘VTNC’, também conhecido como ‘você tá no coração’, segundo as moças educadas que frequentam a Sampa Azul… rs).
Ainda houve tempo para um pênalti do Gilberto. Do estádio não pareceu, mas vendo o lance agora com calma, realmente foi. Mas o questionado goleiro Rafael fez seu milagre aos 46 do segundo tempo e defendeu o chute de M. Assunção, assegurando o empate e o valioso pontinho arrancado fora de casa.
No fim da partida, Gilberto reclamou da arbitragem e anunciou sua aposentadoria. Queira Deus que ele esteja apenas de cabeça quente, pois se o time está ruim com ele, pior fica sem ele.
Foi um jogo feio, e o empate realmente foi o placar mais justo. Chega logo 45 pontos da tranquilidade!
Ô saudade do meu Cruzeiro!
Ô saudade do meu Cruzeiro! [2]