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O futebol tem seus meios.
O futebol tem seus meios de coroar e achincalhar seus personagens. Dos golaços aos frangos são eternizados jogadores e comandantes. Esse método nem sempre faz coro à lógica que rege aqueles que ocupam as arquibancadas, e assim surgem as maiores injustiças, bordões e verdades consumadas que as mesas-redondas e cadernos de esportes perpetuam.
Começamos a semana com uma dor de cabeça a mais. A segunda-feira que prometia ser mais light virou uma caça às bruxas daquelas. Foi o juiz não marcar a falta no Damião, o Gilvan não contratar o meia e o tropeiro do Mineirão aumentar o preço pro Marcelo Oliveira ter o nome figurando os trending topics da cornetagem cruzeirense.
Não tem jeito, no Brasil os técnicos se dividem em gênios e imbecis. E nunca antes na história os termos estiveram tão próximos: a ciência e o Facebook afirmam terem visto o mesmo indivíduo recebendo as duas alcunhas em menos de uma semana. Eu não duvido.
É difícil seguir um fio de lógica no raciocínio e comportamento da grande maioria que compõe o futebol brasileiro. Aqui, a longevidade de um time se estende até a próxima derrota. O mesmo ocorre com o mérito das conquistas: duram menos na memória de torcedores e dirigentes que queijo “tipo mineiro” fora da geladeira. Marcelo Oliveira que o diga.
É dele o troféu abacaxi. O imbecil bicampeão não conseguiu dar liga nesse time ainda. Quanta incompetência! Em 2013 nosso elenco também foi montado às pressas e deu show; cadê os títulos desse ano? Time bom não precisa de meia, nem de lateral, nem de volante, nem de descanso, nem de Diretor de Futebol, nem de nada. Precisa é de bode expiatório, e o Cruzeiro quase conseguiu um.
Não fosse a vitória e consequente classificação para as oitavas da Libertadores, estaríamos de frente a mais um festival de cornetas soando a todo vapor com direito a posts inflamados nas redes sociais e marmitas voando sobre o para-brisa. Marcelo se safou da culpa aos onze do segundo tempo e por pouco não vira garoto-propaganda do caos cruzeirense. Posto que ele não deveria participar nem do casting, afinal, quem desmanchou o elenco foi o outro senhor de cabelos brancos.
Que as próximas semanas tragam novos ares; tanto para o time quanto para as cabeças de vento do nosso futebol. Por mais que Paulo André tente, ainda falta bom senso para muita gente na hora de apontar culpados. Aos que acham que o pelo do ovo está no dono da prancheta, desejo sorte; àqueles que enxergam as limitações do elenco a as creditam à diretoria: cheguem mais. Tem lugar sobrando na mesa.
(Por: João Pedro)
Todos os mineiros que tinham que vencer hoje, venceram.
Somente a vitória interessava o Cruzeiro, pois somente ela daria 100% de certeza de classificação. Mas, no fim das contas, nem seria preciso ganhar uma vez que o Mineiros (Ven) bateu o Huracán (Arg). Mas como foi importante vencer hoje.
Primeiramente para dar um pouco mais de paz ao Cruzeiro, principalmente ao M. Oliveira, que dentre todos os componentes desta fase difícil do clube é – de longe – o menos culpado. Mesmo assim, como é comum no futebol brasileiro, muitos torcedores de memória curta chegaram a pedir sua cabeça.
Segundo, para cravar a tradição celeste de nunca ter sido eliminado em uma primeira fase de Libertadores, comprovando que nossa camisa é grande demais.
Sobre o jogo, ficou claro que somente um time veio para jogar bola. Com paciência, porém sem muita técnica, o Cruzeiro dominou o jogo todo, teve muita posse de bola, trocava passes, mas até os 16 minutos de jogo não tinha criado nenhuma chance aguda de gol.
Arrascaeta e William eram os jogadores mais técnicos em um time que, muitas vezes, optava por uma ligação direta ao ataque. Duas das três chances mais agudas da Raposa foram justamente em participações do Bigode. A primeira em bola que o camisa 25 não conseguiu alcançar, depois do cruzamento de Mayke. Depois uma ‘voadora’ que ele também não conseguiu empurrar para as redes. Teve também um lance, tirado em cima da linha, em cruzamento do Arrascaeta.
O primeiro gol a ser comemorado no Mineirão foi o do Mineiros, da e na Venezuela. Mas aos 37, fazendo justiça ao domínio do Cruzeiro e também ao futebol ‘raçudo’ do William, a zaga boliviana cortou mal um cruzamento do Mayke e o Bigode não perdoou. Cruzeiro 1×0.
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com a mesma postura do primeiro. Na Venezuela, o Mineiros já fazia 2×0, o que deu mais tranquilidade tanto para o Cruzeiro quanto para o Univ. Sucre. Poderíamos até encarar a etapa final como um ‘amistoso’, não fosse a deslealdade e despreparo da equipe boliviana que rendeu, entre outras catimbas, um soco no zagueiro Manoel.
O time boliviano, que chegou falando em 80% chances de eliminar o Cruzeiro, tomou mais um coco na cabeça. Em escanteio cobrado por Marquinhos, Leo cabeceou para fazer 2×0.
Com a vantagem no placar, o Cruzeiro passou a jogar com mais confiança e atacou ainda mais. Quase fez o terceiro, em linda jogada individual de Gabriel Xavier. Jogador que, aliás, entrou bem demais na partida.
Fim de papo e vitória de todos os Mineiros hoje. Uma por 2×0, no Mineirão, e outra por 3×0, na Venezuela.
Alguns vão dizer que o Cruzeiro não fez mais que a obrigação, outros que vencer o Universitário Sucre não é parâmetro para nada. Talvez até tenham razão. Mas só de evitar uma crise na Toca e só de preservar a imagem do M. Oliveira, estou mais do que satisfeito.
Ganhamos – pelo menos – mais uma semana de paz. Tempo este que deve servir para recuperar jogadores importantes do nosso elenco, e oportunidade para nossa diretoria refletir e continuar a busca por reforços. De preferencia, aqueles que o M. Oliveira pedir, não aqueles que ele não pedir, ok?
Agora, classificados, a responsabilidade aumenta.
Gostaria de destacar também a percepção que tive (pela TV) da torcida no Mineirão. Não foram muitos para um jogo de Libertadores, mas o que o pessoal cantou – especialmente no início do jogo – foi uma grandeza. É assim que deve ser!
Bem como gostaria de agradecer mais uma vez, a grande presença de público da nossa galera na Sampa Azul. Feriadão, com muitos amigos viajando para suas cidades natais, deu gosto de ver um bom público torcendo conosco.
Força Cruzeiro!
(Por E.M.)
PS. Este comentarista que vos escreve vai sair de férias esta semana. Retorno com as resenhas pós jogo em 20/05.
RIFA SOLIDARIA SAMPA AZUL
(Na luta com a nossa amiga Izabella)
Queridos amigos de Sangue Azul, queremos informar que por motivo do feriado e pela ausência da Izabella no jogo de amanhã, decidimos adiar a data do evento e do sorteio da camisa oficial para o dia 10/05/2015.
Mas para a alegria de todos e para podermos intensificar ainda mais a campanha da Rifa Solidaria, a Sampa Azul resolveu colocar um segundo premio para mais um sortudo.
Agora, além da camisa autografada para o primeiro sorteado, o segundo sorteado ganhará uma camisa feminina de comemoração aos 5 anos da Sampa Azul.
Agradecemos a todos que estão engajados em nos ajudar nessa campanha e desejamos boa sorte!!!
Se você ainda quer participar dessa campanha é só enviar um e-mail para sampaazul@gmail.com com o titulo “Rifa Solidaria”.
O Cruzeiro fracassou no Campeonato Mineiro.
O Cruzeiro fracassou no Campeonato Mineiro. A única coisa que vale no rural é eliminar o rival e nós perdemos. Paciência.
Não importa se o segundo gol deles veio de uma falta não marcada pra gente, ou se foi mais uma partida com arbitragem tenebrosa do Héber Roberto. Nem mesmo a merda que fez o Fabiano importa perante o que vou falar.
Vocês querem saber o porque o Cruzeiro tem perdido para o Atlético?
Porque nossa diretoria é frouxa!
É isso mesmo, companheiros. Se você acha que o problema do Cruzeiro é o ‘tabu’ de alguns jogos sem vencer o Atlético, sinto informar que sua miopia talvez lhe impeça de ver algo ainda mais abrangente: há muito estamos sofrendo goleadas nos bastidores e aceitando isso passivamente.
O futebol abaixo da média também é culpa da diretoria, mas sobre isso falamos mais tarde.
Só um exemplo dos desmandos que, sem alarde, permitem que os clássicos sejam disputado com 2 pesos e duas medidas. Basta destacar que desde que o Cruzeiro passou a jogar no Mineirão e o Atlético no Independência, o Cruzeiro deixa o adversário jogar com torcida única, enquanto abre sua casa para o rival.
Não faz diferença? Faz TODA diferença! Não fizesse, o time listrado não pediria sua carga todo jogo. Perdemos uma final de Copa do Brasil assim, sempre dando a outra face, caindo nas artimanhas e catimbas extra campo do rival.
Desta vez, o ‘bom samaritano’ perdeu a chance de peitar o rival, a federação e a TV. Aceitou passivamente a marcação desta partida absurda, em uma data que vai nos prejudicar ainda mais na terça.
Seria lindo não ter entrado em campo hoje, ter mostrado à federação que o Cruzeiro é gigante e não pode ser tratado como foi. É preciso que nossos comandantes entendam o tamanho do Cruzeiro e que o Rural depende muito mais de nós do que nós deles.
Mas nem para entrar com uma ação a tempo o clube foi competente. Desistiu de recorrer por falta de tempo de um julgamento no pleno. Oi? Por quê não entrou com a ação antes?
Nem interesse em protestar contra a presença do Heber Roberto mostramos. Deixa lá esse juiz que nos causou problemas outras tantas vezes (hoje mais uma vez).
Na moral? Chega! É preciso deixar de ser bunda-mole administrativamente.
Sobre o jogo, tenho pouco a falar. Sinceramente, achei que o time jogou melhor no Independência do que no Mineirão. Fizemos um primeiro tempo bom, um gol proveniente de uma jogada maravilhosa do William e saímos na frente no placar. Era para ser uma festa, mas precisando poupar jogadores, M. Oliveira sacou o Alisson no segundo tempo e nosso time mostrou as mesmas falhas na defesa que tem marcado esta nova equipe. Ineficiente na bola aérea, tomamos 2 tentos e perdemos o jogo em um roteiro que de inédito não tem nada.
Perder é ruim. Ninguém gosta. E quando isso acontece é aquela velha história: bora caçar culpados, apontar o dedo, cobrar cabeças.
E tudo bem… faz parte do jogo. Mas pelo menos saibam cobrar quem realmente tem alguma culpa no cartório.
Hoje o Fabiano fez merda? Sim, fez. Mas a culpa não é do Fabiano, que é limitadíssimo. É de quem contratou ele para jogar no Cruzeiro.
Hoje o Fábio não foi bem, ou você não gostou de algo que o M. Oliveira fez? Aí eu te digo… ambos estavam nos times brilhantes de 2013 / 2014 e ninguém questionava nada a respeito deles.
Sabe o que mudou? Mudou a postura da nossa diretoria! Estes sim devem ser cobrados com veemência.
Quando precisou mudar a história do jogo, o Levir olhou para o banco e escolheu seus jogadores para tentar algo diferente. Hoje, quando precisa mudar a cara do jogo, o M. Oliveira coloca QUEM? Não temos elenco!
Sabe… a soberba é uma merda! Quando você se acha maior do que tudo e que todos, é justamente aí que acontecem as piores coisas.
A saída do Alexandre Mattos do jeito que foi, a discussão pela mídia com M. Oliveira no começo do ano, a declaração de que o sucesso do Cruzeiro se devia a diretoria e não ao treinador, a insistência em não termos um Diretor de Futebol de verdade… Todos estes são sinais claros de que o Sr. Gilvan já teve dias mais brilhantes como presidente do Cruzeiro.
O desmanche do time como ocorreu, reposições feitas no susto, nomes de jogadores que vazam na mídia e a incapacidade de trazer peças, mesmo com os cofres cheios colocam em cheque o comportamento de nosso mandatário em 2015.
É Gilvan… realmente não precisamos de um meia. Pelo jeito precisamos de muito mais: de postura, coragem e humildade.
Não podemos mudar o começo do nosso ano. Mas podemos sim fazer um 2º semestre diferente. Apesar do revés de hoje, ao time, ao M. Oliveira, aos jogadores – por mais limitados que um ou outro possa ser – só tenho a pedir o seu apoio.
E ao Sr. Presidente, temos que pedir mudança de postura!
O saldo do Gilvan no Cruzeiro ainda é muito positivo. Que este ‘protesto’ sirva para que o nosso presidente resgate o espírito que o ajudou a montar as equipes de 2013 / 2014. Que ele aprenda que precisa delegar mais, ter profissionais mais dinâmicos trabalhando ao seu lado em um clube como o Cruzeiro.
Agora é juntar os cacos e apostar tudo no jogo de terça para evitar férias forçadas pela incompetência administrativa do clube.
Vamos Cruzeiro!
(Por E.M.)