Foi tão suado quanto indiscutível. Tudo o que o Cruzeiro precisava fazer para levantar o caneco era não perder. E não perdeu.
Há de se destacar que foi uma final aberta e bem disputada, que o título ficou indefinido até o apito final do juiz. Gosto de fazer anotações antes do resultado final, para que a resenha não se desequilibre pelo placar do jogo. E fosse qual fosse o resultado, tanto Cruzeiro quanto Atlético fizeram o que tinham de fazer.
Precisando reverter o placar, o Atlético veio com Geovânio aberto e a tática deu resultado. Do lado Azul, Dodô ocupava o lugar do Egídio. No primeiro lance agudo, bola na trave de Fábio depois de desvio de R. Oliveira. Pouco depois, Igor Rabello tenta cortar e manda no travessão do Victor, empatando a partida em bolas na trave.
O Atlético – que começou voando – viu o Cruzeiro equilibrar o jogo e passou a jogar até melhor. Mas jogo grande é assim: não dá espaço para erros. Aos 29, em uma das poucas vezes que o time bobeou na defesa, Ricardo Oliveira finaliza, Fábio defende e na sobra, Elias manda para o gol e abre o placar. 1×0 Atlético, placar que persistiu até o final do 1º tempo.
Na volta, ambos os times sem mudanças no elenco, mas com mudanças de postura. O Atlético fazia o que tinha de fazer e optou por não perder. O Cruzeiro, cascudo e experiente, manteve a calma.
Foi aí que Mano usou o banco que tem, colocando no time Pedro Rocha e Thiago Neves, sacando um volante para a entrada do TN10. Aos 33 a colheita, Pedro Rocha arranca, faz linda jogada individual e no cruzamento, Leo Silva toca a mão na bola e o vagaroso VAR marcou pênalti. Na cobrança, Fred empatou a partida: 1×1 Cruzeiro.
Aí, amigo, é Mano Menezes FC… Lucas Silva no lugar de Rodriguinho e defender até o apito final, que ocorreu lá para os 52 do segundo tempo. E aqui da China, curti com vocês o apito final que consagrou o título celeste.
Era um jogo de alto risco. O peso da invencibilidade, a possibilidade de uma derrota nada impossível em uma situação normal poderia colocar pressão no que caminha mais do que bem. Pois bem, não dá para ganhar todas… então a gente empata.
Mais um título dos comandados do Mano, um time que nas Copas, nas decisões não tem rateado. Cascudo, experiente, um time forjado nas conquistas indiscutíveis da Copa do Brasil, que fez o resultado em casa quando preciso, e buscou fora quando necessário.
Não vou destacar ninguém para valorizar o que realmente é importante: o conjunto de Mano e seus jogadores.
Parabéns Cruzeiro, por mais um título. E – por quê não dizer – também ao Atlético, por ter jogado uma bela disputa e valorizado a conquista celeste.
Comemore torcedor celeste. Nós merecemos.
(Por E. M.)