Era a promessa de mais uma grande partida, com muito em jogo para os dois times. Mas valia muito mais para o Cruzeiro, pois somos nós que brigamos pela taça.
Só que, do outro lado estava o São Paulo e também Rogério Ceni. Que por algum motivo sobrenatural, algum patuá ou macumba futebolística, teimam em complicar vida do Cruzeiro sempre que podem.
Eu poderia, como de costume, comentar os lances do jogo para ilustrar a partida para você, leitor do Blog. Mas vou falar brevemente do jogo, pois o que deve ser dito e considerado nesta partida são aspectos “extra-campo”.
O primeiro tempo cumpriu o prometido. Foi um verdadeiro jogo de xadrez, com chances para os dois times, poucas faltas, jogadas de habilidade e tudo mais que o espetáculo tinha direito.
O segundo tempo começou com um Cruzeiro mais lento. E em uma jogada magnífica de Lucas, o São Paulo abriu o placar em tabela envolvendo o jovem talento e Dagoberto.
Depois disso o Cruzeiro se perdeu nas suas deficiências. Não temos um bom atacante no elenco e isso fez muita falta. Para completar, em jogada fora da área que nem falta foi, o juiz marcou o pênalti que decretou 2×0 para o São Paulo.
Pelo segundo tempo do São Paulo, nem dá para contestar a vitória do clube paulista. E pela inoperância do nosso ataque e a ausência de um golzinho sequer, nem podemos reclamar do juiz. Nos resta choramingar pelas coisas que atrapalham o time sem necessidade.
Uberlândia, casa de quem?
500Km de BH. Esta é a distância de Uberlândia, tradicional reduto de torcedores do Rio e de São Paulo, da capital mineira.
Desfalcado do Mineirão, o Cruzeiro perde muito da sua força. Agora, jogando “fora de casa” todo santo jogo, sinceramente, não tem quem agüente.
Não existe UM motivo sequer para tantas partidas em Uberlândia. Mesmo o mais fanático torcedor não tem condições financeiras e físicas de viajar com o time todo jogo.
UM BASTA para essa política caça níqueis da diretoria que, para garantir uns caraminguás a mais, lota nosso estádio com a torcida adversária. Expondo nosso time aos gritos de “olé” quando o apoio deveria ser o “som” da casa.
Uma vergonha ver nosso time jogando em casa com torcida “dividida”. Como foi ridículo também o comparecimento no clássico, com somente 18 mil pagantes. CHEGA!
Ataque de riso.
Não tem UM escanteio do Cruzeiro que gere expectativa de gol. Jogadas aéreas para o time celeste são artigos de folclore, histórias do passado.
Tirante o Thiago Ribeiro, que ainda dá um caldo jogo sim, jogo não, NENHUM outro atacante do Cruzeiro tem futebol para ser titular do time. Nem mesmo o W. Paulista, que pela escassez de concorrentes a altura, fica com a chancela de “titular” do time.
Temos um ótimo meio campo. Volantes e meias não são problemas. Agora, de que adianta um meio campo ultra criativo se NINGUÉM empurra a bola para dentro?
Esse ataque só “ataca” mesmo o meu estômago, tamanho o nervoso pela sua inoperância. Ai minha gastrite! E pensar que, polêmicas a parte, tínhamos o Kléber no time algum tempo atrás.
É duro.
Ainda temos chances de título? Sim, temos. Mas confesso que começo a sentir até a vaga para a libertadores ameaçada depois de perder TODOS os jogos fundamentais mais recentes. Grêmio, Atlético-MG e, agora, o São Paulo. Todos finais, todos derrotas.
Como torcedor, vou apoiar meu time sempre. Mas fica mais difícil acreditar em algo quando temos tantos fatores contra o time, em especial, aqueles fatores causados pela próprio comando do Cruzeiro.
Vamos Cruzeiro! Quem sabe, ainda não dá?