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O maldito jogo que nunca acaba.
Sinceramente, não agüento mais falar sobre o jogo de sábado. Mas o assunto não me deixa em paz! Na empresa, no restaurante, enquanto corria na academia… todo mundo parece só falar a respeito disso.A polêmica faz parte do futebol. Sempre foi assim e sempre será. Alguns até dirão que aí reside a graça do esporte, que seria este o motivo de o futebol ser tão popular. No entanto, poucas vezes vi tanto ‘furdúncio’ quanto no jogo passado envolvendo Corinthians e Cruzeiro. A pergunta que fazemos então é a seguinte: se justifica tamanha polêmica?A resposta, principalmente para a torcida do Cruzeiro é SIM, se justifica e é muito fácil explicarmos o porque.A mídia, em especial a de São Paulo, tenta a resumir o jogo todo a um único lance, o tal do pênalti polêmico de Gil em Ronaldo. Fosse isso, seria apenas mais uma das infindáveis discussões sobre futebol. No entanto, o que é preciso deixar claro é que a torcida do Cruzeiro está indignada com coisas além do pênalti, a revolta é com a falta de critério do Sr. Sandro Ricci durante toda a partida.Durante 90 minutos, assistimos a erros grosseiros dos bandeiras da partida. Foram pelo menos 2 impedimentos com clara chance de gol. Isso tudo sem contar outras 2 ou 3 faltas perigosíssimas ignoradas pelo árbitro.Até que, aos 43 minutos de jogo, o mesmo árbitro que ignorou uma série de faltas feias e claras para o Cruzeiro, marcou em uma dividida de bola comum, o pênalti mais discutido da temporada.Reintero. Pessoalmente continuo achando que NÃO foi pênalti, apesar de inúmeros programas televisivos e outros jornais justificarem a marcação da infração com fotos e vídeos que mostram o contato entre os 2 jogadores. Isso, para mim, não é prova de que foi falta. Continuo achando que em uma partida de futebol, um esporte de contato, uma dividida daquelas foi um lance normal. Ainda mais em uma partida em que o juiz ignorou contatos muito piores.Mas tudo bem, que o danado desse o pênalti. Não reside aí o problema. Se o contato de Gil em Ronaldo foi falta, então o tranco de Chicão no W. Paulista também foi pênalti. Com um agravante, o atacante celeste estava em progressão ao gol.É justamente a falta de critério que revolta. São 90 minutos de uma arbitragem tendenciosa para o time da casa. Por mais que não se possa (nem se deva) colocar a honestidade do Sr. Sandro Ricci em dúvida, fica claro que o peso de um Pacaembu lotado pesou influenciou nas marcações dele. Desonesto não, caseiro, sim.E aí, a torcida que viu seu time jogar muito melhor, ser garfado com a não marcação de faltas, de pênaltis e sofreu com impedimentos absurdos tem de ficar quieta e não protestar? As favas!Para os cínicos que dizem de peito aberto “acontecem erros para todos os times” digo: Problema de quem se conforma com a roubalheira. Nossa torcida não se conformará jamais. Ainda mais quando temos jogos contra São Paulo, Grêmio, Botafogo, Santos, sempre confrontos decisivos, influenciados pela arbitragem. Quando os erros que são comuns a todos somam mais malefícios que benefícios (sim, nós fomos ajudados em algumas ocasiões) fica bem difícil aceitar calado as injustiças.Tudo se torna ainda mais inflamado pois, em discussão, está o time do Corinthians, que sempre estampa manchetes de jornais com conquistas decorrentes de erros de arbitragem. (Mais uma vez, repito. Não estou falando que houve esquema para beneficiar o clube paulista, apenas estou comentando um fato. O Corinthians é o personagem de decisões polêmicas na Copa do Brasil, no Brasileirão de 2005 e outros mais). Fosse com outro time, acho que não renderia tanto.Enfim. Em um campeonato tão disputado, tão difícil, que pode ser decidido no saldo de gols, não poderiam acontecer tantos erros decisivos.Com isso, pessoalmente eu dou por encerrada qualquer discussão futura sobre o jogo do último sábado, ao mesmo tempo que continuo com nojo da arbitragem brasileira e achando que o campeonato perdeu a sua credibilidade.E digo para todos os torcedores do Cruzeiro que protestem sim. Com criatividade e sem violência, mas que não se calem jamais. Pois nós não podemos sucumbir ao poder do eixo do mal.É a velha história. Cada um tem o direito de escolher a verdade que lhe convém. Mesmo que, para isso, deva ignorar uma coisa chamada critério. Deixemos então que determinados programas e comentaristas tentem encobrir o óbvio: fomos roubados e ponto final.Isso só vem a comprovar que eles também são humanos e parciais, Apesar de terem os veículos de comunicação a disposição para dissipar seus pontos de vista. Sorte que a internet democratizou um pouco mais as coisas e, hoje, não precisamos mais ouvir calados.Comentarista por comentarista, prefiro ouvir um craque de bola e das palavras. Enquanto alguns preferem somar o amarelo de um sorriso vergonhoso às cores dos seus times, o Tostão nunca me decepciona.