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Sem complexo de Robin-Hood.

O jogo de hoje contra o rival citadino gerava uma certa expectativa da torcida cruzeirense. Muitos estavam com a pulga atrás da orelha com aquela mania que o Cruzeiro tem de ser o desfribilador azul e ressucitar os mortos o campeonato. Do lado de lá, o rival vinha de 6 derrotas consecutivas e via no clássico – que teve torcida única deles – a grande chance da virada.

Mas o Cruzeiro tinha Montillo e isso nos bastou para espantar essa zica.

Com a bola rolando, o Atlético teve a primeira chance logo no comecinho com Guilerme. Mas o time azul estava mais organizado, seguro em campo. E com uma roubada de bola no meio campo, W. Paulista lançou Montillo que fez o primeiro gol dele na partida, tocando a bola na saída do goleiro Renam, aos 12 do primeiro tempo.

O Cruzeiro continuava melhor, mas pouco depois perdeu W. Paulista por contusão. Charles entrou no seu lugar e com isso o time perdeu poder ofensivo. Mas se por um lado não atacava mais com tanta eficiência, não deixava o time listrado chegar também e o primeiro tempo acabou mesmo 1×0 para o Cruzeiro.

O Cruzeiro já estava com Gilberto em campo, no lugar do também contundido D. Renam, enquanto o adversário retornava com Daniel Carvalho e Neto B. denonsrando que buscaria alguma reação no jogo. Mas o Cruzeiro continuava a fechar bem os espaços e o time galináceo não conseguia penetrar na área.

Tamanha era a dificuldade que o empate do rival veio apenas em um raro chute de longa distância de Filipe Souto, aos 11 da etapa complementar, que chutou livre de marcação do meio da rua.

Com o gol, a torcida emplumada se animou e empurrou o time listrado, enquanto o Cruzeiro tinha dificuldades em sair jogando, uma vez que não tinha referencia no ataque. E o ‘sofrimento’ perdurou até Joel colocar o Ortigoza no lugar do Roger. Foi quando o Cruzeiro equilibrou denovo as coisas.

E o jogo que parecia mesmo caminhar para o ataque mudou de rumo graças a ele, Montillo. O argentino recebeu a bola, já no finzinho do jogo, e chutou de fora da área uma bola que passou caprichosamente por baixo das mãos do goleiro Renam. Aos 42, o Cruzeiro sacramentava a vitória no clássico e Montillo acabava com a zica em confrontos com o rival.

Foi uma festa só na Sampa Azul. Um gol que rendeu muita comemoração, além de importantes 3 pontos para o Cruzeiro e duas caixas de cerveja a serem pagas pelo garçom Marcão, sofredor que trabalha no Minas Tutu. (E, é claro, ajudaram a afundar um pouquinho mais o time rosado).

Só não foi um dia ainda mais feliz pois o Marquinho fez questão de contar a piada mais sem graça do mundo, repetidas vezes, sem ninguém ter perguntado ou pedido nada.

Por isso, se vocês encontrarem este sujeito pelo caminho e ele te perguntar, “você conhece a piada do Arnold Shuazeneger, diga que “sim” e saia correndo. Se não ele dirá:

O Técnico de informática foi arrumar o computador do Shuazeneger e perguntou: “Instalo o Windows XP?” E o exterminador responde: “Instala o Vista, baby!”

Sim. Graças a esta piadinha infame, tá ai um primeiro post de vitória em clássico que não saio com um sorriso pleno.

Ê Marquinho!

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Aos trancos e barrancos.

Pois bem, meus amigos. Meu ‘ânimo’ para escrever sobre as partidas do Cruzeiro continua o mesmo. Por isso me desculpo com os leitores do Blog pelos textos menos constantes que o costume. 

Aliás, falar de constância e Cruzeiro na mesma frase é algo raro. A única coisa constante no time é a sua inconstância.

Na última quarta, contra o Atlético-PR, até que o time vinha bem em campo. Mas graças a falta de inteligência de Anselmo Ramón que fez uma falta desnecessária, o Cruzeiro jogou com um a menos e não segurou o empate.

Hoje, pelo menos, vencemos. Aos trancos e barrancos, sofrendo, jogando feio (muito feio, diga-se de passagem) e contando com um pênalti doado pelo juiz, mas vencemos.

Para falar a verdade, não há muito o que falar da partida de hoje. Contra o Ceará, neste sábado, fomos um verdadeiro bando em campo, perdido, sem capacidade de articular ataques perigosos. Parece que o DNA ofensivo e de toque de bola tão tradicional do Cruzeiro não está dando liga com o estilo ‘pranchetístico’ do Joel. Mas se falta química, hora ou outra a ‘sorte’ tem aparecido para o treinador.

E assim vamos levando, enquanto nosso time vai se dissolvendo lentamente com as vendas. Depois do assédio de times do exterior, de perdermos jogadores para equipes do Brasil, agora inauguramos a debandada para times de 3ª ou 4ª linha do futebol mundial. 

Sinceramente, este ano para mim só não acabou pois estou esperando ansiosamente os 45 pontos que nos garantem na primeira divisão ano que vem e, quem sabe, alguma esperança de um recomeço. Ah! E também porque assistir aos jogos na Sampa Azul – mesmo com o time em má fase – é sempre divertido.

Vamos ver o que o futuro nos reserva.

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Ressureissão?

Enfim, um jogo que vale a pena comentar no Blog! Neste sábado o Cruzeiro resgatou os gols que estava economizando nas partidas anteriores e goleou o Avaí, em Uberlândia. Um jogo para somar preciosos pontos, e um pouco de saldo de gols também.
Casa nova, atitude nova.
Para fugir da série negativa que assombrava o time da Toca, o Cruzeiro mudou de Sete Lagoas para Uberlândia. Mas embora o time fosse uma atração nova na cidade, o público que compareceu foi do tamanho do futebol que o Cruzeiro apresentou nas últimas 4 partidas antes dessa: pequenininho. Porém os poucos que foram ao estádio tiveram bons motivos para comemorar.
Além da casa nova, o ataque também era inédito, com Anselmo Ramóm jogando ao lado do W. Paulista, que voltou das férias que teve no time do Palmeiras.
Logo nos primeiros minutos, Montillo enfiou um passe maravilhoso para Anselmo Ramóm, que driblou o goleiro e – para relembrar o Inacreditável FC se sua estréia – chutou para fora e perdeu um gol feito. Para ‘piorar’, logo na sequência o Avaí enfiou uma bola na trave do Fábio, em um estiloso chute de voleio de Rafael Coelho.
O Cruzeiro subia com perigo e levava constantes contra-ataques, sempre pelo lado esquerdo do campo. E assim o jogo seguiu até os 26 do primeiro tempo. Se o ataque inédito ainda não havia feito gols, o Fabrício bateu no peito e disse “deixa comigo!”. Roger lançou o volante que entrou em velocidade e arrematou para fazer Cruzeiro 1×0.
O segundo não demorou a sair. Aos 34 Roger bateu falta com velocidade, tocou para Vítor que cruzou na área para que o zagueiro do Avaí, em conjunto com Anselmo Ramóm, empurrassem a bola para o fundo do gol. 2×0.
E cabia mais. Em perdida de bola bisonha do zagueiro Welton Felipe do Avaí, WP9 saiu em disparada para o gol até ser derrubado com uma rasteira pelo mesmo zagueiro da lambança. No lance o Avaí teve este jogador expulso. Pênalti marcado e muito bem convertido pelo Montillo. E olha que o placar poderia ter sido ainda maior, se o mesmo Montillo não tivesse perdido mais um pênalti que o juiz marcou aos 46 do primeiro tempo.
Mais dois para fechar a conta.
O Cruzeiro voltou com a mesma formação. E com 1 jogador a mais, o jogo ficou morno pois o time estrelado parecia estar contente com a vitória. Embora com menos homens em campo, o Avaí ainda tentou algumas jogadas, mas sem efeito.
A torcida estava feliz e queria mais. E não é que o papai Joel também queria? Ele sacou Roger do time para colocar o Thiago Ribeiro, que voltava de contusão. Logo depois renovou o fôlego do ataque com Ortigoza no lugar de WP9. E não é que deu efeito… e em dose dupla!
Aos 36, Thiago Ribeiro recebeu ótimo lançamento de Montillo e retornou aos gramados em grande estilo, marcando o 4º gol do Cruzeiro e encerrando um jejum de 4 meses sem marcar.
E aos 38 minutos, o gol mais bonito da partida. Ortigoza recebeu a bola, invadiu a área, brigou com os zagueiros, vez um volteio maroto com o corpo e chutou uma bola no canto do goleiro do Avaí. Golaço com muita categoria.
Era difícil de acreditar que este mesmo time estava passando uma seca tão grande de gols. Nos resta torcer, mais uma vez, para que desta vez o time engrene de verdade e não nos cause mais surpresas desagradáveis daqui para frente.
Aliás, falando em torcer, embora a fase do time não esteja das melhores, vale a pena reforçar para todos os torcedores que moram em São Paulo que a Sampa Azul continua firme e forte sempre. Parabéns aos guerreiros que nunca falham.

Hoje foi dia de resgatar os gols economizados. Como dizia minha vó, quem poupa tem! Mas, por favor, heim Cruzeiro… sem economias daqui para frente.
Vamos Cruzeiro!

Ps. Feliz Dia dos Pais para todos os papais!
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Conformados, comemorem a Copa do Brasil ano que vem.

Era um jogo igualmente nervoso e importante para o Cruzeiro. Mas logo na escalação o desânimo de ver o nome do Reis na escalação já havia me dado uma sensação ruim. Nada contra o garoto, mas como já disse antes, um time do porte do Cruzeiro não pode depender de apostas assim para mudar de rumos.
Mesmo com o mal momento, enquanto muitos pensavam que a torcida não compareceria ao campo, ela lotou a Arena do Jacaré.
Com a bola rodando, até que o time foi bem no primeiro tempo. Foi um jogo muito estudado, de muita marcação e poucas oportunidades. Mesmo assim eu consegui ver um Cruzeiro mais animado, articulado e tocando bem a bola. Em especial, temos de destacar a boa atuação do Diego Renan que retornou ao time no jogo de hoje.
O jogo caminhava para o seu final, em um lance do Cruzeiro que provavelmente seria o último da primeira etapa. Mas ao perder a chance de ataque, o time não soube matar a jogada com falta no campo ofensivo e no desenrolar do lance, Ronaldinho Gaúcho fez carga em Gil, o juiz nada marcou, e o camisa 10 do Flamengo tocou para Deivid fazer o único gol da partida.
No segundo tempo o time voltou tentando alguma coisa, mais ofensivo, mais agressivo, mas a inoperância do ataque celeste é algo realmente assustador. Outro dia ví que o time celeste é a equipe que mais cruza a bola para a área no Brasileiro. Mas esse número não significa absolutamente nada!
No Cruzeiro cruza-se a bola de qualquer modo, de cabeça baixa, mal… e quase nunca é um lateral de ofício que o faz. Sobra para o Wallyson (que deveria estar na área) ou qualquer um dar um bico para a área, quase sempre vaia de jogadores celestes.
Então Joel sacou Everton e Reis e colocou Ortigoza e Sebá. Enquanto o time teve fôlego, ainda surgiu alguma pressão. Mas com o passar do tempo o cansaço fez com que até mesmo o Montillo não conseguisse mais jogadas ofensivas.
A situação é tão estarrecedora e estranha que a torcida não tinha vontade – sequer – de vaiar o time. Aliás, me pergunto se o torcedor queria vaiar mesmo, ou se percebia que o time rendia o que pode com o elenco fraco, com as faltas de opções, e com o ataque nulo que temos. Ficaram todos mudos, assistindo, sem saber o como apoiar o time, sem saber como vaiar.
Até porque Naldo, Fabrício, Montillo, Diego Renan… o time todo correu. Mas faltam peças. Enfim… aquela mesma história de sempre. E ainda assistimos o time tomar bolas na trave e quase sofrer mais um gol.
Se vocês me perguntarem se a derrota foi justa, eu diria que não. O time não mereceu perder. Mas o piscicológico que nos assombrou no início do campeonato volta a ser o maior adversário do time em nossas partidas.

Nem das mexidas toscas do Joel eu consigo reclamar. Até porque, embora ele arrebente o time com um time com 4 atacantes, o que o coitado pode fazer com um banco de reservas desse? Pelo menos ele tenta algo.
Triste, meus amigos. Pelo menos os conformados podem comemorar a Copa do Brasil do ano que vem. Mas se nada mudar, se não surgir alguém com BOLAS, CORAGEM E OUSADIA para contratar e montar um time digno de vestir a camisa celeste, a única diferença entre a Libertadores e a CB para nós será a eliminação para um time do Brasil. O primeiro passo para ser campeão de algo é desejar essa conquista. Não é o que parece ser o desejo de nossa diretoria e seu ataque com Reis, Ortigoza e Sebá.
Agora mais uma pedreira contra o Inter FORA de casa. Nem preciso comentar a expectativa para este jogo, não é?
Enfim. Que venham logo os 45 pontos necessários para não eliminar qualquer fantasma. E que novos tempos também cheguem ao Cruzeiro.
Tenso!
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Irregular FC

Depois de um jogo muito bacana contra o Corinhtians no final de semana passada, poderíamos ter acabado esta semana bem posicionados no G4. Mas acabo preocupado com o Z4.

Mas falta elenco, faltam peças e também faltou vontade. Principalmente no jogo contra o Atlético – GO, no meio de semana. Hoje, faltou organização e mais jogadores dignos de vestir a camisa do Cruzeiro. Resultado: perdemos a segunda partida seguida.

Pré-derrotados.
Meus caros amigos, confesso para vocês que foi difícil escrever este texto. Isso porque, apaixonado que sou pelo Cruzeiro, gosto de expor minhas idéias e sentimentos com paixão, o mesmo sentimento que me acompanha desde criança e me motiva a torcer pela raposa.
Mas ultimamente, em especial nos dois últimos jogos, o desgosto pela atual situação de nosso clube tem feito com que eu não encontre inspiração nem motivação para relatar as partidas.
Perdemos os dois últimos jogos, mas isso não significa nada em comparação a algo ainda mais valioso que estamos perdendo: nossa identidade.
Já escrevi aqui em outras ocasiões, mas vale a pena repetir. Cresci entendendo futebol nos anos 90. Assisti ao Cruzeiro vencer campeonatos por 15 anos seguidos. Neste meio tempo, montamos grandes times, tivemos grandes jogadores, conquistamos muitas coisas.
Mas depois de 2003, aquele time sempre forte foi desaparecendo aos poucos. Nós que nos acostumamos a ver o Cruzeiro ‘roubar’ grandes astros do eixo Rio/SP, passamos a viver de ‘restos’ e apostas. E nisso lá se vão 8 anos sem nenhuma conquista importante.
Como disse, houve um tempo em que competíamos com o eixo do mal pelos jogadores e ganhávamos, depois passamos a encarar a manutenção do elenco como ‘reforço’. Mas hoje, nem isso temos o privilégio de acompanhar. Na situação atual, assistimos ao nosso time perder jogadores para adversários aqui mesmo do Brasil. Kléber, Henrique e Jonathan são exemplos recentes dessa aberração pela qual passamos atualmente.
Alguns ‘conformados’ podem até alegar que fomos vice-campeões da Libertadores e do Brasileiro em um passado recente. Mas a estes eu digo: não sou torcedor de ‘vices’, sou torcedor do Cruzeiro. E torcedor de verdade sabe que tanto a libertadores, quanto o brasileiro de 2010 nos escaparam por um motivo bem simples: nos faltaram jogadores chaves para sermos campeões.
Ah, estes malditos ‘detalhes’. Ninguém me tira da cabeça que se tivéssemos um camisa 9 de verdade ano passado, o caneco do Brasileirão estaria hoje na Toca. Bem como na Libertadores de 2009 nos faltou um lateral esquerdo. E a cada ano que passa, o defeito parece piorar. Hoje não temos o camisa 9, tão pouco lateral esquerdo e a grande novidade é a falta também de um lateral direito (Começamos o ano com Jonathan e Rômulo e NENHUM DELES está mais na Toca).
Outros ‘conformados’ compraram a alcunha de mendigos que nossa diretoria nos vende, de que estamos sem dinheiro e por isso não temos recursos para contratar grandes nomes. Mas o que vemos são constantes gastos com jogadores meia boca, sem identidade com o clube e sem a menor condição de jogar com a camisa do Cruzeiro. Praticamente hospedes em uma colônia de férias de alto padrão.
Farias, Brandão, Reis, André Dias. Isso só para citar 4 cidadãos que começaram o ano em nosso elenco e que tenho certeza de que NENHUM torcedor do Cruzeiro conhecia.
Desculpem, ‘conformados’. Mas estou acostumado com o tempo em que qualquer jogador tinha que provar algo para vestir a camisa do Cruzeiro, e não jogar no Cruzeiro para provar seu futebol. Vestir a camisa azul estrelada é um mérito, uma conquista, um privilégio para poucos e bons. Mas o que temos visto é nosso time virar um verdadeiro vestibular para prováveis talentos. E daqueles vestibulares bem fuleiros, onde basta ter um RG e ser alfabetizado para se matricular.
E nessa busca desenfreada por novos ‘Ramires’, como se toda aposta desconhecida fosse vingar, estamos também matando nossa base. Sim, pois a ‘aposta’ deveria ser promover a nossa base e investir a maior parte do dinheiro em jogadores de peso que ajudariam estes garotos a brilhar. Mas no lugar disso, viramos um time prostituto para investidores que alugam nossa camisa para promover suas apostas, tudo isso pela bagatela de 30% de esmola para o clube ‘barriga de aluguel’.
Aliás, o lucro passou a ser nossa motivação. Títulos, conquistas… tudo isso fica em segundo plano se comparados com o ‘balancete’ do clube. Torcemos para uma instituição financeira que, perdida, parece não ter aprendido que o modelo de gestão baseado exclusivamente na venda de jogadores está ultrapassado.
Solução para isso? A resposta talvez esteja nos braços da torcida, mas a nossa diretoria parece não perceber que a força da nação azul é muito maior que o limite de Belo Horizonte. Nossa torcida não cabe em BH, ela é nacional como também deveria ser nossas ações de marketing. É uma pena assistir a projetos como a “Confraria Celeste” desaparecerem com o término do período de eleições.
Infelizmente, estamos órfãos da ousadia que sempre nos diferenciou. E o pior é que parte da torcida já está no caminho do conformismo, acreditando que jogadores esforçados como Wallyson ou Marcelo Moreno tem futebol para serem titulares inconstestes do Cruzeiro. No Cruzeiro com Deivid, ou Marcelo Ramos, ou Ronaldinho, estes esforçados esquentariam um bom banco de reservas facilmente. (Sim, conformados… este é o meu parâmetro de comparação).
Me desculpem o desabafo… mas eu não me conformo. Não consigo engolir com naturalidade esse processo de ‘apequenamento’ que estamos vivendo. Estou de saco cheio do ‘quase’ ou do ‘vice’. Não me conformo com torcedores celestes torcendo pela Copa do Brasil para ter a esperança de ganharmos algo (como se isso fosse garantia de título). Não me conformo em comemorar Campeonato Mineiro.
Como torcedor, me resta torcer… Não só para que nosso time ganhe suas partidas, mas sim para que nosso Cruzeiro – através de sua diretoria – recupere a vontade de ser campeão, a gana, a ousadia que sempre nos diferenciou.
Que eles percebam que todo time grande PRECISA de um matador, um camisa 9 que faça o adversário tremer. Que precisa de jogadores com IDENTIDADE e HISTÓRIA com a camisa do Cruzeiro.
As derrotas das últimas rodadas não são NADA se comparado com o distanciamento de nossas raízes. Só espero que não precisemos passar pela vergonha de cairmos para uma segunda divisão para mudar nosso rumo. Espero que o exemplo deixado por Corinthians, Palmeiras, Grêmio, Botafogo e outros tantos que visitaram a série B faça com que essa diretoria perceba que algo precisa mudar de rumo na Toca da raposa.
Vamos torcer, meus amigos. Mas peço a todos que não entrem na onda do conformismo. Somos do tamanho de nossa história, o que definitivamente não é pouca coisa. Exijamos, pois, que nossos comandantes tratem nosso time como tal.