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Leve evolução.

O Cruzeiro não é um Pokemón, mas deu uma evoluída neste domingo, diante do Tupi, na Arena do Jacaré. O que, diga-se de passagem, não é motivo para grande alarde, uma vez que seria praticamente impossível jogar pior que a última partida.
A tarde já havia começado bem, com a notícia que o Dimas havia pedido demissão do cargo de diretor de futebol do Cruzeiro. Odiado por 9 entre 10 cruzeirenses, impossível negar uma certa sensação de ‘alívio’, mesmo que tardia, pela saída do diretor que trazia consigo uma forte ligação com o antigo presidente e um histórico muito mal sucedido em negociações pelo Cruzeiro.
Com a bola rolando, logo aos 3 minutos, Roger cobrou uma falta pelo lado direito do campo e W. Paulista cabeceou para o gol. Cruzeiro 1×0. Gol que deu aquele alívio para o já pressionado time do Cruzeiro.
Aos 13, Anselmo Ramón lançou Roger que entrou livre dentro da área e perdeu um gol incrível, que seria o segundo da raposa. E foi só. No restante do primeiro tempo, o Cruzeiro pouco conseguiu produzir.
O time até que tocava bem a bola, uma vez que tecnicamente é muito superior ao adversário. Mas a preocupação fica por conta de que, apesar da posse superior, o time pouco conseguia armar em jogadas ofensivas.
O Montillo estava sumido do jogo, posicionado na meia esquerda do campo. No mais, A. Ramón voltava insistentemente para fazer pivôs e poucas boas jogadas saiam dos pés do W. Paulista.
Segundo tempo ruim, placar bom.
O time voltou para campo sem modificações. E como já havia acontecido nos amistosos da pré-temporada e no primeiro jogo do Campeonato Mineiro, o time do Cruzeiro voltou correndo atrás da bola.
O time produzia ainda menos que no primeiro tempo, e assistiu ao Tupi criar uma chance perigosíssima logo aos 8 minutos, em bola chutada de fora da área por Michel, Fábio espalma a bola na trave e, no rebote, defende o chute a queima roupa de Ademílson.
O time jogava mal. Muito mal. E o Mancini mexeu no time, tirando o W. Paulista e Marcelo Oliveira do jogo, o que lhe rendeu o corinho de ‘burro’, uma vez que o WP9 produzia muito mais em campo que seu companheiro de ataque. Entraram Rudnei – que chamou a atenção pela máscara, pelo porte físico e pela semelhança com o zagueiro Gil, recém negociado pelo Cruzeiro, além do atacante Walter.
A mudança foi o suficiente para mudar a cara do jogo. Os 2 atletas entraram muito bem na partida, o que parece ter animado também o nosso camisa 10, uma vez que o Montillo também decidiu entrar na partida.
Aos 22, Rudnei tocou para Anselmo Ramón na entrada da área, que chutou firme para fazer Cruzeiro 2×0. Dois minutos depois, depois de cruzamento de Marcos (que vejam vocês, olha para a área antes de cruzar) Anselmo fez 0 3º do Cruzeiro, de cabeça, dando números finais a partida.
Com o jogo na mão e com o time mais leve, o que assistimos foi uma boa estréia do habilidoso Walter, além de um bom desempenho de Rudnei que pode evoluir muito com novas chances no time.
O placar de 3×0 contemplou o melhor time, mas fico com a impressão de que foi exagerado pelo futebol limitado do Cruzeiro.
Nos resta torcer para que o time continue evoluindo. Temos o elenco menos qualificado dos últimos anos. E neste caso, só nos resta trabalhar mais que os adversários para conseguir fazer algo acima da média.
3 importantes pontos, um pouco mais de paz e a chance de colocarmos alguém mais influente e experiente no cargo de diretor de futebol. Não é nada, este domingo, pelo menos, trouxe uma perspectiva de mais esperança para a torcida celeste.
Apoveito para parebenizar a galera que compareceu na Sampa Azul, apesar das fortes chuvas que caíram em São Paulo. Um bom público para um time ainda não tão bom.
Ainda!
Vamos vamos Cruzeiro!
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Começou, mas…

Sim, amigos… Depois de um ano terrível em 2011, a bola começou a rolar em 2012. Ou melhor, deveria ter começado para o Cruzeiro, mas parece que o time não entrou em campo nesta primeira partida contra o modesto Guarani de Divinópolis (cidade que – aliás – tem mais cruzeirenses que bugrinos e galináceos unidos).

Mas falar do jogo assim, de cara, não me parece correto. Fico até me perguntando por onde começar para justificar minhas preocupações com o ano de 2012, uma vez que a derrota para o Guaraní, em casa, é apenas a ponta de um “Ice Berg”, imerso em um início de ano de confusões, falta de dinheiro, desmanche do nosso time, novela Montillo e o início de uma nova gestão, por parte do Dr. Gilvan, nosso presidente.

Uma nova era.

Quando o candidato da situação Dr. Gilvan, ou seja, indicado pelo ZZP venceu as eleições eu pensei: ‘Tudo vai continuar do mesmo jeito’. Vendas de jogadores, contratações medíocres e todo aquele padrão que destoa do próprio estilo de comando vencedor, estabelecido pelo próprio ZZP nos anos 90.

Por sorte nossa, o paladino Dr. Gilvan decidiu comprar a briga pelo bem do Cruzeiro e fez do Montillo a sua bandeira, o seu grito de independência, mesmo com insistentes orientações do antigo mandatário e de toda a imprensa do universo para que ele vendesse o argentino a preço de banana para o Corinthians.

Diga-se de passagem, Gilvan recusou uma proposta de 10 milhões de euros + 3 jogadores do São Paulo e, obviamente, recusou uma oferta de 8 milhões do Corinthians pelo jogador que, apesar de menor e menos vantajosa para o Cruzeiro, muitos incoerentes da imprensa paulista (além da banda podre da imprensa mineira) cravavam que nosso presidente teria a obrigação de vender o jogador, uma vez que este receberia muito mais no Parque São Jorge.

O nome disso é aliciamento. Mas o Dr. Gilvan se manteve forte até agora e, apesar de todos e de tudo que conspira contra, peitou a ‘gambazada’, a imprensa e o próprio jogador fazendo valer o contrato assinado e os interesses do Cruzeiro, mesmo sabendo que o clube está com o ‘penico na mão’, em um momento de dificuldade financeira.

Super Gilvan! Que se mantiver essa postura terá conseguido a confiança da torcida e – ao mesmo tempo – exorcizar a sobra de ZZP que ainda recai sobre o seu ombro.

Mas o problema do Dr. Gilvan e consequentemente do Cruzeiro é a herança maldita que nosso presidente recebeu, de um time mais fraco que o ano passado, sem jogadores de referencia, sem dinheiro e sem alternativas imediatas para recolocar o Cruzeiro no lugar que ele merece: o topo da tabela, brigando por títulos.

É neste cenário que nosso herói paladino terá que lutar e trabalhar.

O que ficou.

Infelizmente, o que ficou ao lado do Dr. Gilvan não ajuda muito no seu desafio. Acabamos 2011 com um elenco em frangalhos, um treinador que ainda tem muito a provar e um diretor de futebol odiado pela torcida e com contratações pouco eficientes.

Perdemos o Fabrício, o M. Paraná e outros tantos ao longo do ano passado que nosso time atual parece aquele arremedo que jogou contra o Figueirense no returno do brasileirão do ano passado: não se conhece quase ninguém.

É, rapaziada, não tá mole para ninguém, muito menos para o Cruzeiro, que assim como outros times, sem o dinheiro da TV e do clube dos 13, não tem grana para grandes contratações e chegou – inclusive – a atrasar salários.

E com isso, tirando Fábio e Montillo, a diferença entre o Cruzeiro e o Guaraní fica por conta da história, camisa e torcida. Porque em campo…

Sem entrosamento no meio campo, e com jogadores que ainda não provaram merecer vestir a camisa azul, o comandante celeste assistiu ao seu time, de 40 dias de pré temporada, apresentar o mais tenebroso jogo de futebol de todos os tempos.

Resultado, 0x1 para o brugre de Divinópolis e uma caminhão de peso para o time celeste que já começa o ano em clima de guerra.

O que podemos fazer?

Simples meus amigos. Precisamos fazer só 2 coisas para mudar esta situação.

A primeira é torcer e rezar. Pois se nós não apoiarmos o time e não incentivarmos quem veste a camisa celeste, quem vai fazê-lo?

A segunda, e mais importante, é se associar ao novo programa de sócio torcedor do clube quando este surgir. Somente assim teremos verba o suficiente para competir com os clubes do eixo do mal.

Ah. E ter paciência, é claro. Pois não há dinheiro neste momento e o que temos é isso aí mesmo.

Que o Dr. Gilvan consiga separar o joio do trigo neste começo de trabalho no Cruzeiro. E que consiga somar gente empenhada e preparada para ajudar o clube neste momento. Com a minha torcida e com o meu apoio ele já conta.

Agora é juntar os cacos, somar mais 2 ou 3 jogadores que ainda não estreiaram e torcer para que muito em breve tenhamos nosso Cruzeiro de volta.

Contra o Tupi, todo mundo para a Sampa Azul, como já aconteceu este domingo.

Vamos Cruzeiro!

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Sinceramente amigos? “né não”! Pode parecer que é. Tem cara que é, e talvez SEJA!!!!
Mas achar que a academia, digo, o CRUZEIRO, não conseguiu superar o glorioso Guarani é culpa do Perrella, é querer se confortar com o desassossego alheio. Não há Cruzeiro forte, sem Diretoria atuante. E com relação a atuação da diretoria, podemos ficar tranquilos, pelo menos é o que parece, pois o meu colega, o Dr. Gilvan se mostra muito bem diligente no pouco que fez até agora. Na verdade, fez muito pelo nosso ilustre camisa 10. Portanto, ACHO que já fez muito.
Amigos, o tempo é de vacas magras, mas não é de seca. Cruzeiro é CRUZEIRO, e sempre será o CRUZEIRO. Vamos disputar o campeonato MG de igual para igual, não só contra o Guarani (rs,rs) mas contra todos os outros. Copa do Brasil? Pode ser? Pq não? Somos TETRA, e excluindo o escrete de 2003, todos os outros elencos eram por demais limitados. O futebol é uma caixa de surpresa, mas lógico, não queremos que essa caixa se hospede no Barro Preto ou nas Tocas. Veja só, temos centro”S” de treinamento, sede social moderna, a maior torcida de MG, a maior galeria de troféus, enfim, SOMOS OS MAIORES DE MG. Ora, “O CRUZEIRO É DIFERENTE DOS OUTROS POIS ENQUANTO ELES TEM TRADIÇÃO, NÓS TEMOS HISTÓRIA”.
Então, depois de descarregar minha frase predileta, o que eu quero passar é: o início é desafiador, mas quem conhece a mística da camisa celeste não duvida de nada. VAMOS CRUZEIRO, a imprensa, principalmente a paulista, anseia pela sua resposta, e que nós esperamos que venha na forma do PENTACAMPEONATAO DA COPA DOBRASIL…
Boa semana para todos, e saudações celestes,
Álvaro Bomfim
Conselheiro da Sampa Azul
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TIME GRANDE NÃO CAI!


No jogo da salvação, o Cruzeiro depena as frangas por 6 a 1 e escapa do rebaixamento.

Eram 90 minutos para salvar 90 anos de existência. Para amenizar um dos piores – se não o pior – ano de nossa história.

Não vou mentir. Depois de um campeonato desastroso, de inúmeras partidas horrorosas, de jogadores acomodados ou limitados vestindo nossa camisa. Especialmente, depois do empate contra o Atlético-PR em casa e depois de deixarmos escapar a vitória ante o Ceará, quando faltavam apenas 9 minutos para a salvação… Confesso que estava muito apreensivo pelo futuro do Cruzeiro.

Chegar na última rodada, em um clássico, com o rival salvo da degola e podendo nos rebaixar fez da semana dos cruzeirenses um verdadeiro inferno. Ainda mais pois estávamos sem os dois melhores jogadores do elenco: Fábio e Montillo.

Para nós, só a vitória interessava. Só ela salvaria nosso time da maior vergonha de nossa história. E motivados por essa paixão inexplicável que é torcer pelo Cruzeiro, que supera a tudo e nunca abandona o time, LOTAMOS a Sampa Azul. Tal qual a nação celeste fez na Arena do Jacaré.

Antes do jogo, uma comoção sem igual. TODOS que lotaram a Sampa Azul cantaram sem parar até o apito inicial. E assim permaneceram durante TODA a partida… e por horas depois.

O jogo.

Se a tensão era grande, hoje o futebol do time foi ainda maior. Em campo o Cruzeiro simplesmente se entregou totalmente a partida. Não deu a menor chance para o time zebrado sequer encostar na bola.

Hoje, tudo dava certo para nosso time. Era dividida atraz de dividida. Não havia bola perdida e todos correram durante os 90 minutos sem parar. Empenho este que foi premiado aos logo aos 8 minutos em cruzamento de Anselmo Ramón que encontrou Roger livre para fazer Cruzeiro 1×0.

O gol incendiou a Arena do Jacaré e também a Sampa Azul. E a pressão azul continuou na partida até que, aos 28 minutos, Roger cobrou falta para a área e a bola encontrou o Leandro Guerreiro Livre para fazer 2×0.

O Cruzeiro era puro ‘sangue nos zóio’. Tanto que aos 33, W. Paulista brigou pela bola com o zagueiro frangoso, venceu a disputa e cruzou para Anselmo Ramón. O atacante recebeu dentro da área, brigou no corpo com o Leonardo Silva e fez um gol de pura raça, aquele que seria o 3º do Cruzeiro.

Não perca as contas, pois ainda houve tempo para o 4×0, em um chute do Fabrício que resvalou na defesa atleticana e enganou o goleiro Renam, para morrer no fundo das redes adversarias.

Segundo e a salvação completa.

Com a vantagem sólida, o rítimo do segundo tempo foi mais lento. Mas logo aos 11 minutos, Roger fez uma bela jogada, driblou 2 adversários e cruzou para W. Paulista fazer 5×0, em uma bola que não sacudiu as redes mas entrou no gol.

O time galináceo ainda fez o gol de honra aos 15, com Réver. Mas a esta altura, e também com os 2×1 do Bahia sobre o Ceará, a festa já estava completa na Arena do Jacaré e também na Sampa Azul.

Nunca ví tamanha torcida em um jogo da Sampa Azul. A cantoria não parava, a festa era total e, para coroar a grande atuação celeste ainda houve tempo para o 6º e humilhante gol que cravou a vitória celeste. Aos 43 do segundo tempo, Éverton completou o cruzamento de Ortigoza na pequena área para finalizar a partida. 6×1.

Até o juiz que planejava mais 4 minutos de acréscimo, acabou com a partida logo aos 45 do segundo tempo.

Estava cravada a salvação celeste na temporada, e em grande estilo. Com um 6×1 para lavar a alma de todo cruzeirense que escutou as diversas piadinhas sobre segunda divisão a semana toda.

Só que, os brincalhões de plantão esqueceram que TIME GRANDE NÃO CAI. Então, para todos que duvidaram da capacidade e da força da camisa celeste, deixo aqui um grande “CHUUUUUUUUUUPA DESGRAÇADOS!”. Engulam o fato de que o Cruzeiro é INCAÍVEL!

E que fique claro:

Hoje, TODOS os jogadores merecem nota 10. Mas, essa vitória em NADA diminui o vexame dado pelo time nesta temporada.

Felizmente, hoje escapamos da segunda divisão. Mas ainda assim é uma campanha para encher esses dirigentes de vergonha, para enfatizar os erros de planejamento e a safadeza de alguns jogadores.

Livres ou não do rebaixamento, que o Dr. Gilvan – presidente recém eleito do Cruzeiro – arregace as mangas e trabalhe para NÃO REPETIR os erros dessa atual diretoria.

Ficar na primeira divisão não é NENHUM MÉRITO para quem ostenta a camisa celeste. É OBRIGAÇÃO, assim como a disputa por todos os campeonatos que participarmos.

Enfim Férias:

Acabou! Enfim 2011 acabou! Enfim o sofrimento acabou! Enfim, o silêncio do Blog da Sampa Azul será quebrado.

E para finalizar:

Gostaria de parabenizar, do fundo do coração, a todos os amigos que compareceram na Sampa Azul no dia de hoje. Parabéns pela vitória, pela união, pela cantoria, por acreditarem, por nunca desistirem e pela energia positiva que não existe igual no mundo.

Hoje, embora estivéssemos em São Paulo e do título do Corinthians, foi IMPOSSÍVEL ouvir qualquer coisa que não fosse a felicidade celeste.

Comemorem e lembrem do que eu sempre afirmei para vocês: DIAS MELHORES VIRÃO.

Um forte abraço a todos e um ótimo final de ano também.

2012 que nos aguarde. Estaremos juntos SEMPRE.
A Sampa Azul está mais vida do que nunca!

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Um jogo cruel, mas que valeu a pena.

Quem tiver curiosidade de ler o primeiro parágrafo do último post, vai ver que eu dei um tempo nos textos do Blog por não aguentar vivenciar duas vezes (na hora do jogo, e depois, escrevendo no Blog) a angústia do maior período sem vitórias da história do Cruzeiro.
Mas hoje faço uma pausa na pausa, pois vale muito a pena saborear os louros da vitória depois de tanto tempo… Ainda mais de uma vitória conseguida na luta, no suor, no sangue e na raça. Senhor, quanto sofrimento!
11 jogos sem saber o que era o gosto da vitória e o peso de começar a partida com a obrigação da vitória. Era este o panorama para o Cruzeiro e, sabendo disso o time começou apertado de todas as formas o time do Atlético Goianiense. A raça transbordava dos pés dos jogadores celestes. Todos, muito concentrados na partida. Mas a empolgação deu lugar ao clima de tensão aos 15 minutos, quando T. Feltri fez 1×0 para o time goianiense.
Não era possível, não era justo. Não era justo com o time e com a história do Cruzeiro. E procurando mudar o panorama da partida, Mancini tirou o lateral Vítor para a entrada de Róger.
A peleja continuou. Farias e Anselmo Ramón tiveram boas chances, mas a bola teimava em não entrar no gol, como se houvesse um campo de força sobrenatural impedindo que nosso time se reencontrasse com os gols. Mas aos 41, A. Ramón tocou para um chute de Farías, de primeira, que entrou no cantinho do goleiro do Atlético-Go. 1×1.
Mais gols, mais sofrimento e a virada.
Todo mundo estava na expectativa de mais um gol do Cruzeiro. A tensão crescia e Fabrício, um dos melhores do time no primeiro tempo, havia saído no intervalo com dores na perna, dando lugar ao jovem Élber.
A pressão celeste continuava, mas o inacreditável aconteceu mais uma vez aos 21 do segundo tempo. Em uma saída de tiro de meta muito ruim do Fábio, após o bate rebate, a bola sobrou para Felipe que chutou para fazer 2×1 para o Atlético-GO.
Um breve silêncio tomou conta da Sampa Azul. Eu mesmo, que já havia abandonado minha cadeira para assistir o jogo de pé, tive de fugir da multidão e buscar um cantinho para torcer em um cantinho separado.
Não havia mais unhas para serem roídas, o nervosismo tomava conta de todos. O time claramente estava ansioso, mas brigador. Dentro do seu limite, tentava de tudo. E de tanto tentar, encontrou a recompensa aos 25, em cobrança de escanteio que sobrou nos pés de Anselmo Ramón, que empatou a partida novamente.
Fomos a loucura, o estádio inflamou, o time também. Naquela altura, não era possível… Tínhamos que virar, merecíamos virar, era preciso, justo, necessário.
E aos 29, novamente Anselmo Ramón recebeu uma bola no canto esquerdo do ataque. Livre de marcação, ele caminhou um pouco com a bola, ajeitou a gorducha, e soltou um balaço redentor. A bola partiu em uma paralela perfeita, acertando o fundo das redes do goleiro adversário, naquele que era o 3º e tão sonhado gol do Cruzeiro na partida. Um golaço que, diga-se de passagem, vai me fazer enterrar aquele gol perdido contra o Palmeiras na estréia do jogador. (Sim, eu guardava mágoa até hoje daquele gol perdido… rs)
E os minutos finais foram torturantes, desesperantes, sofridos, chorados, suados, na raça. Jogamos como time pequeno, minúsculo, microscópico… segurando cada bola no ataque, voltando para defender com 10 jogadores.
Não havia mais tática, muito menos técnica. E os 3 minutos de acréscimo do juiz pareceram horas. Chutões, faltas, cartões. Utilizamos todos os recursos para segurar o resultado até que o apito final do árbitro veio.
Foi uma verdadeira explosão de alegria na Sampa Azul. E então o grito que havia se calado por 11 rodadas, mais uma vez ecoou na Av. Brigadeiro. Era o reencontro com a vitória, com a alegria e com o bom futebol. (Diga-se de passagem, bom futebol que deu as caras também nos jogos contra São Paulo e Corinthians).
Parabéns aos jogadores pela dedicação e luta no jogo de hoje.
Ainda não há nada garantido. Muitas batalhas ainda estão por vir. Mas só de saber que recuperamos um pouco do espírito guerreiro típico do nosso time, UFA, isso sim já é uma vitória.
Vamos vamos, Cruzeiro!