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Começou, mas…
Sim, amigos… Depois de um ano terrível em 2011, a bola começou a rolar em 2012. Ou melhor, deveria ter começado para o Cruzeiro, mas parece que o time não entrou em campo nesta primeira partida contra o modesto Guarani de Divinópolis (cidade que – aliás – tem mais cruzeirenses que bugrinos e galináceos unidos).
Mas falar do jogo assim, de cara, não me parece correto. Fico até me perguntando por onde começar para justificar minhas preocupações com o ano de 2012, uma vez que a derrota para o Guaraní, em casa, é apenas a ponta de um “Ice Berg”, imerso em um início de ano de confusões, falta de dinheiro, desmanche do nosso time, novela Montillo e o início de uma nova gestão, por parte do Dr. Gilvan, nosso presidente.
Uma nova era.
Quando o candidato da situação Dr. Gilvan, ou seja, indicado pelo ZZP venceu as eleições eu pensei: ‘Tudo vai continuar do mesmo jeito’. Vendas de jogadores, contratações medíocres e todo aquele padrão que destoa do próprio estilo de comando vencedor, estabelecido pelo próprio ZZP nos anos 90.
Por sorte nossa, o paladino Dr. Gilvan decidiu comprar a briga pelo bem do Cruzeiro e fez do Montillo a sua bandeira, o seu grito de independência, mesmo com insistentes orientações do antigo mandatário e de toda a imprensa do universo para que ele vendesse o argentino a preço de banana para o Corinthians.
Diga-se de passagem, Gilvan recusou uma proposta de 10 milhões de euros + 3 jogadores do São Paulo e, obviamente, recusou uma oferta de 8 milhões do Corinthians pelo jogador que, apesar de menor e menos vantajosa para o Cruzeiro, muitos incoerentes da imprensa paulista (além da banda podre da imprensa mineira) cravavam que nosso presidente teria a obrigação de vender o jogador, uma vez que este receberia muito mais no Parque São Jorge.
O nome disso é aliciamento. Mas o Dr. Gilvan se manteve forte até agora e, apesar de todos e de tudo que conspira contra, peitou a ‘gambazada’, a imprensa e o próprio jogador fazendo valer o contrato assinado e os interesses do Cruzeiro, mesmo sabendo que o clube está com o ‘penico na mão’, em um momento de dificuldade financeira.
Super Gilvan! Que se mantiver essa postura terá conseguido a confiança da torcida e – ao mesmo tempo – exorcizar a sobra de ZZP que ainda recai sobre o seu ombro.
Mas o problema do Dr. Gilvan e consequentemente do Cruzeiro é a herança maldita que nosso presidente recebeu, de um time mais fraco que o ano passado, sem jogadores de referencia, sem dinheiro e sem alternativas imediatas para recolocar o Cruzeiro no lugar que ele merece: o topo da tabela, brigando por títulos.
É neste cenário que nosso herói paladino terá que lutar e trabalhar.
O que ficou.
Infelizmente, o que ficou ao lado do Dr. Gilvan não ajuda muito no seu desafio. Acabamos 2011 com um elenco em frangalhos, um treinador que ainda tem muito a provar e um diretor de futebol odiado pela torcida e com contratações pouco eficientes.
Perdemos o Fabrício, o M. Paraná e outros tantos ao longo do ano passado que nosso time atual parece aquele arremedo que jogou contra o Figueirense no returno do brasileirão do ano passado: não se conhece quase ninguém.
É, rapaziada, não tá mole para ninguém, muito menos para o Cruzeiro, que assim como outros times, sem o dinheiro da TV e do clube dos 13, não tem grana para grandes contratações e chegou – inclusive – a atrasar salários.
E com isso, tirando Fábio e Montillo, a diferença entre o Cruzeiro e o Guaraní fica por conta da história, camisa e torcida. Porque em campo…
Sem entrosamento no meio campo, e com jogadores que ainda não provaram merecer vestir a camisa azul, o comandante celeste assistiu ao seu time, de 40 dias de pré temporada, apresentar o mais tenebroso jogo de futebol de todos os tempos.
Resultado, 0x1 para o brugre de Divinópolis e uma caminhão de peso para o time celeste que já começa o ano em clima de guerra.
O que podemos fazer?
Simples meus amigos. Precisamos fazer só 2 coisas para mudar esta situação.
A primeira é torcer e rezar. Pois se nós não apoiarmos o time e não incentivarmos quem veste a camisa celeste, quem vai fazê-lo?
A segunda, e mais importante, é se associar ao novo programa de sócio torcedor do clube quando este surgir. Somente assim teremos verba o suficiente para competir com os clubes do eixo do mal.
Ah. E ter paciência, é claro. Pois não há dinheiro neste momento e o que temos é isso aí mesmo.
Que o Dr. Gilvan consiga separar o joio do trigo neste começo de trabalho no Cruzeiro. E que consiga somar gente empenhada e preparada para ajudar o clube neste momento. Com a minha torcida e com o meu apoio ele já conta.
Agora é juntar os cacos, somar mais 2 ou 3 jogadores que ainda não estreiaram e torcer para que muito em breve tenhamos nosso Cruzeiro de volta.
Contra o Tupi, todo mundo para a Sampa Azul, como já aconteceu este domingo.
Vamos Cruzeiro!
TIME GRANDE NÃO CAI!
Eram 90 minutos para salvar 90 anos de existência. Para amenizar um dos piores – se não o pior – ano de nossa história.
Não vou mentir. Depois de um campeonato desastroso, de inúmeras partidas horrorosas, de jogadores acomodados ou limitados vestindo nossa camisa. Especialmente, depois do empate contra o Atlético-PR em casa e depois de deixarmos escapar a vitória ante o Ceará, quando faltavam apenas 9 minutos para a salvação… Confesso que estava muito apreensivo pelo futuro do Cruzeiro.
Chegar na última rodada, em um clássico, com o rival salvo da degola e podendo nos rebaixar fez da semana dos cruzeirenses um verdadeiro inferno. Ainda mais pois estávamos sem os dois melhores jogadores do elenco: Fábio e Montillo.
Para nós, só a vitória interessava. Só ela salvaria nosso time da maior vergonha de nossa história. E motivados por essa paixão inexplicável que é torcer pelo Cruzeiro, que supera a tudo e nunca abandona o time, LOTAMOS a Sampa Azul. Tal qual a nação celeste fez na Arena do Jacaré.
Antes do jogo, uma comoção sem igual. TODOS que lotaram a Sampa Azul cantaram sem parar até o apito inicial. E assim permaneceram durante TODA a partida… e por horas depois.
O jogo.
Se a tensão era grande, hoje o futebol do time foi ainda maior. Em campo o Cruzeiro simplesmente se entregou totalmente a partida. Não deu a menor chance para o time zebrado sequer encostar na bola.
Hoje, tudo dava certo para nosso time. Era dividida atraz de dividida. Não havia bola perdida e todos correram durante os 90 minutos sem parar. Empenho este que foi premiado aos logo aos 8 minutos em cruzamento de Anselmo Ramón que encontrou Roger livre para fazer Cruzeiro 1×0.
O gol incendiou a Arena do Jacaré e também a Sampa Azul. E a pressão azul continuou na partida até que, aos 28 minutos, Roger cobrou falta para a área e a bola encontrou o Leandro Guerreiro Livre para fazer 2×0.
O Cruzeiro era puro ‘sangue nos zóio’. Tanto que aos 33, W. Paulista brigou pela bola com o zagueiro frangoso, venceu a disputa e cruzou para Anselmo Ramón. O atacante recebeu dentro da área, brigou no corpo com o Leonardo Silva e fez um gol de pura raça, aquele que seria o 3º do Cruzeiro.
Não perca as contas, pois ainda houve tempo para o 4×0, em um chute do Fabrício que resvalou na defesa atleticana e enganou o goleiro Renam, para morrer no fundo das redes adversarias.
Segundo e a salvação completa.
Com a vantagem sólida, o rítimo do segundo tempo foi mais lento. Mas logo aos 11 minutos, Roger fez uma bela jogada, driblou 2 adversários e cruzou para W. Paulista fazer 5×0, em uma bola que não sacudiu as redes mas entrou no gol.
O time galináceo ainda fez o gol de honra aos 15, com Réver. Mas a esta altura, e também com os 2×1 do Bahia sobre o Ceará, a festa já estava completa na Arena do Jacaré e também na Sampa Azul.
Nunca ví tamanha torcida em um jogo da Sampa Azul. A cantoria não parava, a festa era total e, para coroar a grande atuação celeste ainda houve tempo para o 6º e humilhante gol que cravou a vitória celeste. Aos 43 do segundo tempo, Éverton completou o cruzamento de Ortigoza na pequena área para finalizar a partida. 6×1.
Até o juiz que planejava mais 4 minutos de acréscimo, acabou com a partida logo aos 45 do segundo tempo.
Estava cravada a salvação celeste na temporada, e em grande estilo. Com um 6×1 para lavar a alma de todo cruzeirense que escutou as diversas piadinhas sobre segunda divisão a semana toda.
Só que, os brincalhões de plantão esqueceram que TIME GRANDE NÃO CAI. Então, para todos que duvidaram da capacidade e da força da camisa celeste, deixo aqui um grande “CHUUUUUUUUUUPA DESGRAÇADOS!”. Engulam o fato de que o Cruzeiro é INCAÍVEL!
E que fique claro:
Hoje, TODOS os jogadores merecem nota 10. Mas, essa vitória em NADA diminui o vexame dado pelo time nesta temporada.
Felizmente, hoje escapamos da segunda divisão. Mas ainda assim é uma campanha para encher esses dirigentes de vergonha, para enfatizar os erros de planejamento e a safadeza de alguns jogadores.
Livres ou não do rebaixamento, que o Dr. Gilvan – presidente recém eleito do Cruzeiro – arregace as mangas e trabalhe para NÃO REPETIR os erros dessa atual diretoria.
Ficar na primeira divisão não é NENHUM MÉRITO para quem ostenta a camisa celeste. É OBRIGAÇÃO, assim como a disputa por todos os campeonatos que participarmos.
Enfim Férias:
Acabou! Enfim 2011 acabou! Enfim o sofrimento acabou! Enfim, o silêncio do Blog da Sampa Azul será quebrado.
E para finalizar:
Gostaria de parabenizar, do fundo do coração, a todos os amigos que compareceram na Sampa Azul no dia de hoje. Parabéns pela vitória, pela união, pela cantoria, por acreditarem, por nunca desistirem e pela energia positiva que não existe igual no mundo.
Hoje, embora estivéssemos em São Paulo e do título do Corinthians, foi IMPOSSÍVEL ouvir qualquer coisa que não fosse a felicidade celeste.
Comemorem e lembrem do que eu sempre afirmei para vocês: DIAS MELHORES VIRÃO.
Um forte abraço a todos e um ótimo final de ano também.
2012 que nos aguarde. Estaremos juntos SEMPRE.
A Sampa Azul está mais vida do que nunca!