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Foi quase…

É possível perder e ganhar ao mesmo tempo? Hoje ficou provado que
sim.
O Atlético sagrou-se campeão mineiro hoje. Ok, dito isso, vale a
pena ressaltar que nossa disputa, nosso foco era algo além do caneco, uma vez
que a conquista deste estava bem difícil depois da derrota de domingo passado.
Em jogo, estava algo ainda mais valioso para  Cruzeiro: o orgulho e o ânimo do time para o
restante do campeonato. O que o torcedor celeste queria era abraçar o time,
reconhecer o bom trabalho que vem sendo feito e provar que, apesar do tropeço,
estávamos todos juntos.
Tá certo… não vou ser hipócrita de dizer que não queria o caneco,
ou que não acreditava que pudéssemos reverter o resultado. E, tanto podíamos,
que saímos o primeiro tempo vencendo a partida por 2×0, depois de dois pênaltis
cobrados e convertidos pelo Dagoberto.
Mas, o importante mesmo era o bom futebol mostrado pelo time. Depois
de uma derrota sem brio nos olhos, hoje o fundamental era demonstrar garra e
provar para diretoria e para a torcida de que estamos no caminho certo.
Show da torcida no Mineirão.
(Foto: Super Esportes).
No segundo tempo, a história foi um pouco diferente.
O Atlético voltou jogando mais ofensivo e criou dificuldades para a
equipe celeste. O Jogo ficou mais aberto e emocionante. Daqueles em que
qualquer descuido poderia ser fatal. E foi.
Egídio tocou a bola de forma errada, e a bola sobrou para Luan e ele
foi derrubado na área. Foi a vez do Atlético fazer o seu gol de pênalti com o
R10. Teve tempo ainda para um tradicional quebra pau de final de campeonato
antes do juiz apitar o final da partida.
Perdemos o caneco, mas neste domingo o sentimento não foi de
derrota. Parece que dois anos de péssimas campanhas e elencos fizeram do
torcedor celeste um camarada mais paciente e inteligente. A gente sabe que o
trabalho está apenas no começo. E as perspectivas são as melhores.
Temos um bom time, que vem melhorando a cada jogo, bons jogadores que
estão voltando, outros por estrear… E estamos com uma química sensacional
entre time e torcida.
Pena que o caneco não veio para coroar o trabalho. Mas outros ainda
mais importantes estão por chegar.
Existe um ditado que eu, particularmente, gosto muito. E ele diz:
“Antes de sermos melhores que os outros, precisamos saber que estamos sendo o melhor que podemos ser”. 
Hoje, eu ví o time dando o seu melhor e isso me basta por hoje. Por hoje!
SHOW! Não tem outra palavra para descrever esta galera.
Parabéns ao time pela luta e a torcida pelo apoio. Ontem, hoje e
sempre…
#FechadoComOCruzeiro.
Que venha o brasileirão. Alí, cada jogo é uma final e a gente sabe
disso.

Vamos Cruzeiro!
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A torcida que levou três e continuou cantando

No começo do ano, assisti a um jogo da Premier League no
Stadium Of Light entre Sunderland e West Ham. O time da casa massacrou o time
londrino durante 90 minutos, foi um verdadeiro baile. O placar de 3×0 só não
foi maior por conta do grande número de passes errados do time mandante.
No entanto, o que mais chamou minha atenção não foi a
superioridade do Sunderland. Também não foi a organização impecável dentro e
fora do estádio, o respeito com crianças e idosos na entrada e na saída do jogo
ou a admiração que os torcedores ingleses têm pelos times e pelo futebol
brasileiro (alguns me perguntaram quais jogadores famosos jogaram no Cruzeiro).
O que mais chamou minha atenção foi a atitude da torcida do West Ham.
Sentado nas cadeiras superiores do estádio, onde estava a
torcida mandante, tive uma visão privilegiada da torcida visitante. Foram 105
minutos de cânticos e gritos de apoio vindos de pouco mais que três mil
torcedores londrinos. A cada gol sofrido, o volume aumentava. Quando sofreram o
terceiro gol, imaginei que muitos ali iriam embora, pegar o trem de volta para
casa e esquecer daquilo tudo. Quanta ingenuidade da minha parte! Cantaram
muitas vezes o hino do clube, pularam, fizeram sua festa. Não é à toa que a
torcida do West Ham tem a fama de ser uma das mais fanáticas da Inglaterra.
No domingo, estaremos diante do mesmo placar de 3×0. Seremos
os azarões, os “coitados”. Ninguém acredita que temos condições reais de levar
a taça. Mas, até onde isso importa para você? Até onde a opinião dos jornais,
dos radialistas, dos cronistas, dos chatos e dos desacreditados importa? Eu
duvido, e muito, que qualquer um desses foi responsável por você ser
cruzeirense. Então, deixe que falem, nenhum deles estará em campo jogando por
você. Por mais que tudo conspire contra nós no momento, ninguém ganhará esse
jogo na véspera. Nosso papel é apoiar e, acima de tudo, acreditar.
Sim, eu acredito no título. Acredito porque estamos falando
de futebol, um dos esportes (se não for o mais) mais imprevisíveis que se tem
conhecimento. Eu acredito porque em 2000 vi Geovanni acertar uma falta embaixo
da barreira no último lance da final, o gol que conquistou o tri. Eu acredito
porque chorei ao ver meu time fazer o impossível na última rodada em 2011. Eu
acredito porque naquele ano nós calamos o Brasil, mostramos que para rebaixar o
Cruzeiro é preciso muito mais. Eu acredito porque já ganhamos deste mesmo
Atlético este ano. E acima de tudo, eu acredito porque já vi o Maior de Minas
conquistar o inalcançável, ir contra a correnteza da mídia e vencer a Tríplice
Coroa. Eu tenho mil motivos para acreditar no título, e no momento não consigo
pensar em um que me faça mudar de ideia.
Portanto, se você faz parte daqueles que não acreditam mais,
por favor, não assista o jogo. Não vá ao estádio, não vá para nenhum boteco
cornetar e resmungar. Não vista a camisa azul no domingo. Não ligue a televisão
no horário do jogo, alugue um filme! Vá passear com seu cachorro, faça qualquer
coisa, menos assistir o jogo. Domingo não é o seu dia. Domingo vai ser o dia
daqueles que não desistem tão fácil. Domingo vai ser de quem tem esperança no time.
Domingo vai ser o dia dos cardíacos e hipertensos. No domingo, o céu vai estar
mais azul do que de costume, e o Cruzeiro do Sul vai poder ser visto na plena
manhã. Domingo vai ser o dia da torcida que levou três gols e continuou
cantando.
SAUDAÇÕES CELESTES, GUERREIROS! VAMOS COM TUDO NO DOMINGO!
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SEM DESESPERO

Caros celestes,

O que assistimos no último domingo foi um jogo em que o Cruzeiro soube se comportar por apenas 20 minutos, os dez minutos iniciais de cada tempo. No mais, deixou o rival monotítulo jogar o seu futebol que atualmente é tido como um dos mais eficientes do país. Se tivéssemos entrado em campo comprometido com a marcação e sem qualquer vergonha escalado dois jogadores para fazer uma marcação individual em Ronaldinho e em Bernard, certamente a história teria sido outra. A diferença de 3 gols ontem, pela liberdade que o Cruzeiro deu em campo, ficou até de bom tamanho. Mas se pensar bem, quando estávamos na condição de favoritos na final dos estaduais de 08, 09 e 11, não vacilamos! Fomos implacáveis: 5 x 0, 5 x 1 e 2 x 0, este último invertendo a vantagem e com dois gols em 10 minutos.

De qualquer forma, temos que levantar a cabeça e reconhecer que estamos iniciando um trabalho, ao passo que o time adversário está com o time montado. O time deles é bom, mas o nosso é bom também. Não há motivo para desespero, o ano é longo, o elenco é bom, e a nossa sede é por uma conquista de prestígio.

O projeto do Cruzeiro não pode ser questionado pelo desempenho no estadual, temos que avaliá-lo ao final do ano, pois não seremos o maior do mundo se revertermos o quadro atual e conquistarmos o título, e nem seremos os piores se não formos campeões. O fato é que entraremos fortes no Brasileirão e continuaremos fortes na Copa do Brasil.

Evidentemente que temos a obrigação de ganhar o próximo clássico. Jogar com sangue nos olhos, marcação implacável, confiança em alta, e o resto, ah… o resto pode deixar com a mística camisa estrelada.

Claro, vai ser difícil. Precisamos ganhar pela diferença de 3 gols, mas e daí? Quem não se lembra de 2011? iríamos passar a integrar o desprestigiado grupo dos que disputaram a segunda divisão se não ganhássemos o clássico. Mas o final todo mundo sabe como foi, não é?

Então é o seguinte, domingo pode ser mais um dia para entrar para as nossas páginas heróicas imortais, mas se não for, nada de desespero, porque o ano de 2013 continuará prometendo.

No mais é invadir a Toca 3 e lotar a Sampa Azul. Dá-lhe Cruzeiro e saudações celestes!

Álvaro Bomfim

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50 tons de Azul (e um vermelho).

O torcedor, de modo geral, é um camarada
bipolar. Domingo o time é o máximo, quarta o pior elenco do mundo. Futebol é
assim, faz parte do jogo. E você, torcedor que espera um texto ‘puto
da vida’, esbravejando contra a derrota de hoje vai se surpreender. O que eu
tenho a dizer é simples:
“Muita calma nessa hora”.
O quê? Como pode um cruzeirense que não
está puto com o time hoje? Calma galera, eu explico. E não só justifico, como
te convido a ter um olhar otimista, apesar dos pesares. Pois neste momento, o
torcedor Cruzeirense tem que ter calma e foco no trabalho a longo prazo.
1. O Atlético tem um ótimo time, assim como o Cruzeiro
também tem.
Mas, neste momento, eles têm duas
coisas que estamos buscando na temporada: entrosamento e rítimo de jogo.
Sim meus amigos, rítimo de jogo consequente da disputa da Libertadores que tem partidas mais truncadas que as do
Campeonato Mineiro. A gente sabe disso, pois estivemos em situação inversa a vida
toda.
2. Estamos APENAS no início de um trabalho. Os 3×0 sofridos hoje não podem apagar mais de 5 meses sem saber o
que é uma derrota, os bons reforços, o time melhor que estamos montando.
Ninguém gosta de perder. Ainda mais para o
rival e por uma diferença significativa de gols. Mas calma, meu povo… Mesmo
com as derrotas é possível tirar algo de positivo. É possível aprender,
melhorar e se preparar cada vez mais.
O Marcelo Oliveira há de aprender com a
partida de hoje, de rever algumas posições e de fazer um trabalho melhor.
Devemos, temos a obrigação de apoiar o time e o nosso treinador neste momento.
3. Eu não tenho memória curta. Na última vez que precisamos, que jogamos com o peso da necessidade
de uma vitória em um clássico, o placar foi de 6×1. Ou seja, reverter o placar é algo mais do
que possível, embora seja bem difícil.
Ou seja, embora eu não esteja contente com
a derrota, confesso para vocês que não estou pesaroso com o time. Eu SEI que é
um trabalho a longo prazo e estamos apenas no seu início.
O torcedor não pode ver as coisas assim, tão azul da
vitória ou azul desbotado a cada vitória ou revés que o time sofre. É preciso
compreender que existem 50 tons ou mais entre um e outro tom. E quando baixar a
poeira, o torcedor há de perceber isso.
Um jogo perdido nos detalhes.
Quando a bola começou a rolar, por 5
minutos o Cruzeiro foi senhor da partida. Tocou bem a bola, se movimentou,
marcou. Estava uma beleza. Mas não demorou até que o Atlético também tivesse o
domínio de bola.
O problema todo foi que o Cruzeiro decidiu
esperar o Atlético em seu campo. Decidiu marcar atrás da linha da bola, antes
do meio campo. E justamente este time, que se destacou o campeonato todo pela
pressão na saída de bola.
O Jogo destoou quando o Everton perdeu um
lance fácil na saída de bola, que foi retomada pelo time listrado cacarejante e tocada para o Ronaldinho que, de primeira, enfiou a bola para o Jô fazer 1×0.
O Cruzeiro havia esquecido de jogar bola e
tinha muitas dificuldades de sair tocando com velocidade. E dá-lhe chutão pra
frente, ou faltas alçadas na área.
Sorte nossa que o Atlético também não jogou
como vem fazendo. O Fábio salvou muitas bolas e havia ainda caixa para mais. (E me desculpem os mais fanáticos, mas eu reconheço quando o adversário joga melhor. Considero este um dos passos mais importantes para que possamos crescer).
No segundo tempo, um tom de vermelho decidiu a partida.
Saíram os dois Évertons e entraram Ricardo
Goulart e Egídio. Nem deu tempo de ver se o time melhoraria, pois o Bruno
Rodrigo foi expulso depois de falta em Ronaldinho.
Com um a menos, o time celeste passou a
tentar o jogo com toque de bola (coisa que deveria ter feito com o time
inteiro). Mas aí foi só o Atlético aproveitar as inúmeras falhas e espaços
dados pelo time celeste para Diego Tardelli (aos 27) e Marcos Rocha (aos 33)
darem números finais a partida.
Opinião.
Hoje achei que faltou mais participação do
time no meio de campo. O Diego Souza não é o tipo de jogador que volta para
buscar jogo. E isso fez falta.
O Everton foi muito mal na partida hoje,
aliás, os Évertons. Sendo que o lateral, camisa 23, foi decisivo ao errar o
lance que gerou o primeiro gol.
Eu nem culpo o M. Oliveira por ter mantido
o Diego Souza em campo. Foi uma aposta dele que – de absurda – não tinha nada.
Até pq, jogador ‘craque’ gosta de jogo assim e o camisa 10 quase fez o seu em chute de fora
da área. Apostou e perdeu. Faz parte.
Outros tantos reclamaram do Borges pois ele
não estava fazendo nada no jogo. Coisa que eu discordo completamente. Ele
correu, marcou a saída de bola e fez o pivô muito bem. Mas a bola não chegou
redonda para ele.
Mas o time em sí não jogou bem. E sabe disso… o Marcelo Oliveira sabe disso. Aliás, isso que mais incomodou hoje, pois perder faz parte do jogo. Mas o mal futebol realmente chateou.
Fazer o que? Tem dias que as coisa não vão bem.
Acho que faltou um pouquinho daquele
Cruzeiro copeiro dos anos 90. Pois, como a decisão é em duas partidas,
administrar o placar não seria uma má estratégia para o título. A torcida exigia um gol, o time queria buscar este tento, mas com um a menos… deu no que deu.
Próximo jogo.
Agora, a ‘pressão’ do
favoritismo é toda do Atlético. Com 3×0 eles estão com o caneco na mão… ou
melhor, pensam estar.
Nunca é demais lembrar que o Mineirão é a
NOSSA casa. Que lá somos mais fortes. E que o time penoso treme quando
pressionado, quando marcado em cima pela torcida e pelo time em campo.
Basta ver os dois jogos com o São Paulo no
Morumbi, quando o time paulista amassou o Atlético no jogo da fase de
classificação, e os minutos iniciais da primeira partida decisiva.
Levar o caneco eu não posso exigir. Mas uma
vitória, essa eu faço questão.
Resta saber se a torcida celeste vai fazer
a sua parte também. Pois esta é a primeira vez que ela está sendo chamada a
responsabilidade também. E eu boto fé.
Tenho fé no time, na nossa camisa e na
nossa torcida. E, como bom cruzeirense, sei que o jogo só acaba quando acabarem
também todas as esperanças. Até lá, fí… Vamos Cruzeiro!
Domingão, tô na Sampa Azul novamente… com
essa galera aí de baixo, para fazer aquilo que sei fazer melhor: torcer pelo Cruzeiro.
“Meu sentimento não vai
parar”.
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Que venha o clássico!

Fala, galera! Tudo tranquilo? O jogo ontem não foi dos
melhores, não é mesmo? Já vimos atuações mais empolgantes do nosso time
estrelado este ano. Mas, se pararmos para pensar, as circunstâncias explicam
muito bem o motivo da morosidade de ontem.
A escolha por um time misto trouxe ao Cruzeiro uma
dificuldade um tanto quanto desnecessária. A meu ver, Marcelo Oliveira errou ao
escalar o time com tantos reservas. O time titular ainda não está totalmente
entrosado, embora esteja crescendo a cada partida. Acho que se entrássemos com
o time titular ontem, poderíamos conseguir um placar mais expressivo e a moral
do time se elevaria ainda mais para encarar o clássico no domingo.
A atuação de boa parte do time foi muito preguiçosa. Estava
claro que era um jogo para cumprir tabela, mesmo que o time buscasse o gol em
boa parte do jogo. Talvez pela falta de entrosamento, pela inércia de um jogo
ganho ou até mesmo pela cabeça que já estava pensando no clássico, o time pouco
produziu em questão de jogadas emocionantes. O grande momento do jogo foi o
belíssimo gol de falta de Egídio. Um falta da intermediária selou o que já era
esperado por todos: a confirmação da vaga na final.
Agora é esperar até domingo. Mais uma final de Mineiro, mais
uma contra o Atlético. O primeiro jogo tem mando de campo do time alvinegro,
portanto é de extrema importância que o Cruzeiro faça um jogo concentrado, para
que a festa no Mineirão seja ainda mais linda e azul. VAMOS PRA CIMA DELAS,
ZEIRÃO!
OBS: Estão dizendo por aí que o Henrique do Palmeiras já
está acertado com o Cruzeiro. Se a notícia se confirmar será ótimo. Teremos a
melhor zaga do Brasil! Esse ano promete, e muito!