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Movidos a torcida.

Como é bom acompanhar o Cruzeiro no Mineirão! Eu, que sou paulista e
sempre morei em São Paulo, tenho raras chances de ir a Toca 3 incentivar o time
do meu coração. E ontem foi um destes dias com sabor especial.
A primeira decisão:
Na primeira decisão do dia, nós fomos até o Mineirão conversar com o
pessoal do Cruzeiro sobre a Sampa Azul. Sinceramente, eu estava pensando em ‘esconder’
este acontecimento até que tenhamos uma resposta mais concreta do clube. Mas eu não aguento… (rs) Por hora, o que posso dizer aos amigos que acompanham os jogos em nossa embaixada na
capital paulista é o seguinte: tem coisa boa vindo por aí! Por isso, tratem de ir, cada vez mais, a jogos com a gente.
Bate papo com Bernardo Mota, coordenador do projeto do Sócio do Futebol do Cruzeiro. Um dia histórico para a Sampa Azul.
Na segunda decisão, o jogo contra o Flamengo.
Na reabertura do Mineirão, eu escrevi um texto sobre as mazelas que
sofremos com a Minas Arena e a imauguração de um estádio sem condições de
funcionamento. Pois ontem a história foi completamente diferente.
Os orientadores todos estavam super bem instruídos, ajudavam a todo
instante. E a estrutura de banheiros, água e fornecimento de comida estava
perfeito. Ontem, comí o tropeirão do Mineirão e achei um belíssimo prato. Por
R$10,00, o que se recebe é uma super porção de arroz, couve, carne de porco e
vinagrete digna de aplacar a fome dos mais famintos.
Com ingressos do setor C inferior, bem onde fica a Máfia, a única
coisa que parece utópica é a questão do lugar marcado. Nossos ingressos eram
exatamente para o lugar conde maior organizada do Cruzeiro coloca os caixotes
onde os líderes coordenam a festa. Ou seja, chance zero de chegar alí e falar “O
camarada, você podia retirar o seu caixote do meu lugar?”. (rs)
Nós levamos a bandeira da Sampa Azul e a colcamos próximo a bandeira
de escanteio. Quando a Máfia chegou, pediram para retirar nossa bandeira (com educação,
diga-se de passagem) e acabaram pulando para o setor da Minas Arena, para
amarrar a ponta da faixa. O rapaz da torcida falou: “vem aqui e coloca a sua do
lado da nossa”. Como nenhum segurança se manifestou, nós acabamos acompanhando e
colocamos a bandeira da Sampa Azul alí. Os membros da Máfia voltaram para o seu
lugar mas eu e o amigo Duca acabamos por ficar alí mesmo, no limite entre o
setor da Minas Arena e o nosso setor.
Com a bola rolando.
O Cruzeiro começou a partida com uma ‘blitz’ tão grande sobre o
Flamengo que só faltou pedir para os jogadores rubro-negros encostarem na
parede para serem revistados. Porém, a pressão foi diminuindo e o Flamengo,
fechadinho, fez com que maior posse de bola celeste não se revertesse em gol.
De grande perigo, ficou a cabeçada no Nílton na trave, no final do primeiro
tempo, em cobrança de escanteio de Éverton Ribeiro.
Já na etapa complementar, o Cruzeiro se impoz e buscou a merecida
vitória.
O Mineirão estava lindo. A torcida empurrando o time nos 90 minutos,
inflamada pelos gritos da Máfia e da TFC que alternavam cantos de apoio ao time,
em um belíssimo espetáculo. Energia esta que serviu de combustível para o time
na etapa complementar.
Com Mayke no lugar de Egídio, Ceará foi para a esquerda para que o
garoto jugasse na sua posição. E dos pés dele saiu o lance do gol. Em bola
cruzada para a área, a bola passa pela defesa do Flamengo e encontra Ricardo
Goulart para uma cabeçada que ainda resvala na perda antes de acertar a trave.
No ‘rebote’, o próprio camisa 31 empurrou a bola para as redes e fez o gol da
vitória celeste.
Placar de 1×0 que poderia ter sido ainda maior, caso a trave não
tivesse aparecido em ótimo chute de William e Ricardo Goulart não perdesse um
gol cara a cara com o goleiro.
O Flamengo ainda tentava esboçar alguma reação, mas não tinha forças
para tal. Final de fogo, mais uma vitória do Cruzeiro.
Destaques para uma excelente partida do Dedé, uma partidaça do Lucas
Silva, e Óscar de melhor jogador para Eveton Ribeiro, que acertou simplesmente
todos os dribles que tentou.
Na saída do Mineirão, muita festa da torcida, enquanto o sol se punha
lentamente, compondo uma imagem inesquecível de um Mineirão azul, contrastando
com o laranja do Sol. Maravilhoso!
Mais uma final, mais 3 pontos, porém a batalha continua. Falta muito
para o final do campeonato e a gente tem que continuar com a mesma pegada.
Vamos Cruzeiro!
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Da para ver uma gordurinha. Sinal de que estamos em plena forma!

Vocês já sentiram uma sensação de felicidade tão grande que, as
vezes, fica até com medo de ficar comentando para evitar ‘olho gordo’? Focar
energias? Pois bem, esta é a sensação que eu estou neste exato momento: muito
feliz, mas me segurando para não deixar transparecer essa alegria. 

Aliás, por falar em ‘gordo’, se o campeonato vem consagrando os
‘gordinhos’, como é o caso do rechonchudo Wálter – ex Cruzeiro – hoje no Goiás,
que a gente continue a acumular gordurinhas na liderança do brasileirão, não é
mesmo?
Parece pouco para celebrar. São 4 pontos de distância para o segundo
colocado e um ‘título simbólico’ do primeiro turno. Mas em um campeonato tão
equilibrado, qualquer pequena diferença é importante.
E olha… pelo que tenho acompanhado, esta saliência de pontos vem
do ‘recheio’ muito bem servido do nosso elenco. Que time! Que fase!
A quanto tempo não víamos tantas opções? Só para lembrar, hoje
jogamos com a dupla de volância reserva e sem o Dagoberto, artilheiro do time
no ano. E quando um sai, outro de igual qualidade ou até melhor recompõe o
time. E o mais importante: independente de quem jogue, o padrão de jogo, a
marcação e a movimentação é a mesma. Sinal claro de um ótimo trabalho por parte
do treinador.
O jogo.
Ê, Baêa… Não haveria de ser hoje, justo nesta boa fase do time,
que você iria quebrar o tabu de 18 anos sem vencer a Raposa, não é mesmo? E não
foi. O Cruzeiro começou o jogo pressionando, impondo o seu toque de bola e
buscando o gol.
Apesar do bom volume de jogo, o Cruzeiro demorou a chutar ao gol. A
bem da verdade, a primeira chance clara de gol foi do Bahia. Mas não tardou
muito até a pressão celeste se reverter em bola na rede. Se aos 24 do primeiro
tempo, J. Batista acertou a trave em uma bela cabeçada. Aos 25, no lance
seguinte o Borges mostrou para o J.B. como se faz, e anotou o primeiro tento
para o time celeste, também com uma cabeçada.
Aos 39, Éverton Ribeiro recebeu a bola na entrada da área e fez
outro gol lindíssimo. Desta vez, substituiu o chapéu desconcertante por uma
série de embaixadinhas até fuzilar o gol e fazer o segundo do Cruzeiro na
partida. A Sampa Azul veio abaixo e a galera cantou a plenos pulmões o bom
momento do time.
 
O Segundo tempo foi mais tenso.
Na verdade o time vinha muito bem, até tomar um gol, em cobrança de
escanteio ensaiada do Bahia, com Fahel, aos 23 da etapa complementar. Depois
disso o jogo ficou perigoso, tenso. Pelo menos para a torcida, pois o time soube
controlar o ímpeto do limitado time baiano.
Aos 44, em cobrança de falta no lado esquerdo da área do ‘Baêa’, o
cruzamento encontrou J. Batista na pequena área, que fuzilou para as redes e
marcar o 3º gol, o que encerraria a conta do jogo.
Mais uma final. Mais uma vitória. Mais um pequeno passo rumo ao
nosso objetivo maior.
Agora, o último jogo do turno será domingo que vem, contra o
Flamengo, no Mineirão, na nossa casa, com a nossa torcida. E cabe justamente a
este torcedor fazer sua parte junto com o time: temos que LOTAR o Mineirão.
Abarrotar o estádio em todos os nossos jogos em casa e arrancar no grito, na empolgação
todas as vitórias em casa, enquanto beliscamos pontos importantes fora.
Esta será a receita. E a torcida é o tempero. O apetite por títulos
está grande e, dessa gordurinha na liderança, eu quero é mais!
Vamos Cruzeiro!
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8 gols. 3 pontos a mais.

Que jogo! Gol relâmpago, gol de falta, gol
de longe, empates, desempates… Que jogo!
A crônica de hoje vai ser curtinha, pois eu
acabei trabalhando no domingão e não consegui ver o jogo na Sampa Azul. Mas
assisti detalhe por detalhe a partida em casa.
Depois do gol relâmpago, com William aos 31
segundos, o Cruzeiro pressionou e não fez o segundo por um milagre do goleiro
vascaíno, em cabeçada do J. Batista.
E o Vasco empatou. Foi quando o jogo ficou
mais igual e perigoso. Mas aí, Lucas Silva – que teve uma atuação impecável –
fez o seu primeiro gol, em um belo chute de fora da área. Quando o J. Batista
fez o 3º de falta, juro que pensei: agora já era.
Mas logo na saída de bola o Vasco fez o seu
2º gol. Sinal claro de que aquele não era um jogo normal. E o 3º não me
surpreendeu, pois o Cruzeiro estava desfalcado do seu meio de campo titular e
do entrosamento na marcação, que lhe é peculiar.
Foi um jogão, que não poderia ter acabado
empatado. O Cruzeiro precisava da vitória e ela renasceu em mais um belo chute,
um golaço, de Lucas Silva.
Perdendo o jogo, o Vasco foi para o tudo ou
nada. E deu nada. Em jogada de contra ataque, V. Araújo fez o 5º e decretou a
vitória do esquadrão celeste, mais vivo do que nunca na briga pelo caneco.
Agora é juntar forças para pegar o Baêa, na
Baêa… Ochi.
Mas futebol arretado, por futebol arretado,
eu sou mais Cruzeiro.
Vamos Cruzeiro. Estamos fechados com você!
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Falta pro Flamengo.

Devo confessar aos amigos Cruzeirenses que
eu estava com uma sensação estranha antes da partida. Falta para o Flamengo,
logo depois de uma falta para o Flamengo. Foi aí que o juiz deu uma falta para
o Flamengo. E o Cruzeiro perdeu por 1×0 com um golzinho no fim da partida.
O jogo.
O juiz apitou o início da partida e foi
falta para o Flamengo. Falta após falta, o juiz ia sempre apontando infrações
favoráveis para o Flamengo. Duas faltas para o Flamengo depois, o Cruzeiro teve
boas chances de marcar e abrir o placar. Mas foi falta para o flamengo,
infração para o time do rio e lance de perigo de gol para o Flamengo. O
primeiro tempo acabou mesmo 0x0, em um jogo truncado que o Cruzeiro até criou,
mas não marcou.
No segundo tempo, foram 15 minutos de
pressão e faltas… ambas do Flamengo. O Cruzeiro errava muitos passes,
enquanto o juiz marcava mais faltas para o Flamengo.
Depois de um início totalmente apático,
toda a torcida queria ver em campo Dagoberto, Júlio Batista, Martinuccio… Mas
todos ao meu lado apostavam que ele colocaria o Leandro Guerreiro.
Mais um punhado de faltas para o Flamengo
depois, M.O. colocou o Martinuccio e o V. Araújo. O Jogo melhorou com o
Argentino e o Cruzeiro perdeu uma chance I-N-C-R-Í-V-E-L com o camisa 30
pegando a bola sozinho na frente do Felipe.
Falta para o Flamengo, logo depois de uma
falta para o Flamengo. O Cruzeiro recuperou a bola e foi falta para o Flamengo.
Falta para o Cruzeiro, com infração marcada para o Flamengo. UM torcedor
comprou um cachorro quente e foi falta para o Flamengo. O Dólar subiu com falta
para o Flamengo e a taxa Selic subiu também com falta assinalada para o
Flamengo.
Aí o M. Oliveira recuou o time e colocou
quem? Leandro Guerreiro. Aí fodeu a porra toda: Falta para o Flamengo.
Até que aos 42, em um dos poucos lances que
não foi falta para o Flamengo, o rubro negro arrancou sem marcação pela
direita, a bola foi tocada para trás e Elias livre chutou, de fora da área para
fazer o gol da classificação carioca.
Antes tivesse sido falta para o Flamengo.
Falta, falta, falta… Faltou mesmo foi
coragem e futebol para o Cruzeiro hoje. Uma pena, pois o futebol que o Cruzeiro
já mostrou na temporada nos fez acreditar que podíamos mais ainda este ano.
Bola para frente.
Pessoalmente, achei que o time sentiu o Maracanã cheio, principalmente o menino Lucas Silva (e, diga-se de passagem, nem de longe estou colocando sobre ele o ônus da derrota). Achei também que o M. Oliveira estragou o time recuando o esquema com o Leandro Guerreiro.
Paciência. O fato é que perdemos, mesmo tendo mais condições.

Que esta derrota não nos desanime para o
Brasileirão. E que deixe pontos positivos para o próximo ano, quando nosso
elenco estará mais entrosado.
Foco no Brasileiro e força Cruzeiro.
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Sem fazer força.

Sabem aquela musiquinha que a torcida canta: “Se o Cruzeiro vai jogar eu vou… se o Cruzeiro vai jogar eu vou…”?
Pois ontem foi dia dela, uma vez que o jogo contra a Ponte marcou a primeira caravana
para jogos fora da cidade de São Paulo que promovemos. Fechamos uma van e fomos
em 15 pessoas para o Moisés Lucarelli apoiar nosso Cruzeirão. Isso, fora a
galera que foi de carro. E valeu a pena.

O estádio.
Essa experiência vai render ais um capítulo do ‘guia de
sobrevivência nos estádios’ que escrevemos aqui no Blog. Mas o que eu posso
dizer é que realmente a torcida da macaca é chata e má encarada. No andar das
ruas, quando alguém via camisas azuis logo fechavam a cara e faziam ameaças.
O estádio fica em meio a muitas casas, uma região residencial.
Próximo ele, do lado da torcida visitante, tem um barranco e passa uma linha de
trem aparentemente abandonada.
Dentro, é um estádio meio pitoresco. Logo na entrada você vê a
arquibancada e, na frente dela, existe um espaço que parece um palco, uma
‘mini-esplanada’, que tem ao seu canto esquerdo um ‘resto’ de escultura. Depois
disso vem a grade. A visão do campo é ‘ruim’. O gol do outro lado do campo fica
beeeeeeem longe dos olhos.
Na entrada do banheiro, que fica abaixo da arquibancada, tem água
saindo constantemente de alguns canos. Esta é a ‘torneira’ do estádio e todos ficam com a
impressão de que esta água não é bem limpa, uma vez que ela fica logo abaixo do
nível do banheiro. Mas aparentemente era limpa sim. (rs).
A torcida.
Nós, da Sampa Azul, marcamos presença entre a galera que lotou a sua
parte. O arco atrás do gol estava completamente tomado de azul. Ao chegar,
antes do apito inicial, a torcida azul da região fazia a festa. Mas, durante a
partida, quem deu SHOW de animação foi o pessoal da Máfia Azul. Eles cantaram
literalmente o jogo todo, muito animados. E deram preferência a músicas que
falavam sobre o Cruzeiro. Foi muito legal!
O jogo.
Time em campo e percebemos logo uma camisa 23 como novidade. M.
Oliveira havia decidido poupar o Egídio e colocou Everton no lugar. Esta era
praticamente a única mudança no time titular do Cruzeiro.
Quando a bola rolou, o que se viu foi um Cruzeiro tentando tocar
mais a bola, enquanto a Ponte tentava vir para o abafa. Alguns torcedores na
arquibancada diziam que o time estava com o freio de mão puxado. Quando, na
verdade, M. Oliveria fazia aquilo que muitas vezes faz fora de casa: cozinha o
adversário.
De perigo mesmo, a Ponte não produziu nada. O Cruzeiro, ao
contrário, fazia uma boa partida e levava perigo vez ou outra. Aos 22 do
primeiro tempo, em cobrança de escanteio, o time estrelado abriu o placar com
Dedé. Gol muito importante para que o nosso zagueiro – que sempre joga bem
apesar de uma ou outra falha por baixo – retomasse sua confiança. Aliás,
diga-se de passagem, Dedé foi um monstro na partida.
Souza se machucou no final do primeiro tempo, dando lugar ao ótimo
Lucas Silva. Mas de novidades o primeiro tempo não ofereceu mais nada.
Na saída para o intervalo, o time ia para o vestiário bem próximo a
torcida. Na grade, logo uma multidão se aglomerou para falar com os jogadores.
E, neste momento, uma cena bem legal. Muitas, mas muitas crianças estavam na
torcida. Algumas nas grades, muitas correndo e brincando naquele espaço da ‘mini-esplanada’
que comentei com vocês acima. É a nova geração celeste nascendo e acompanhando
o time. Muito bacana!
No segundo tempo, o panorama da partida foi igual.
A Ponte tentava levar perigo. E, a bem da verdade até teve uma ou
outra chance de gol. Mas a verdade é que o Fábio nem sujou a camisa nesta
partida. Já o Cruzeiro contra atacava com eficiência e perdia gols, como de
costume. Em uma das chances, Borges recebeu a bola na pequena área e isolou em
um chute para fora.
O camisa 9 não vinha bem, claramente abaixo do condicionamento que
precisa. Mas o Borges é o Borges, e ao perder o gol eu tinha certeza de que ele
faria outro para compensar. Não deu outra. Aos 27 do segundo tempo, ele recebeu
a bola na área, virou e encheu o pé para fazer 2×0 Cruzeiro.
Festa geral na torcida celeste. Era a consolidação de 3 pontos importantíssimos,
daqueles que todo time que quer ser campeão belisca quando joga com a Ponte no
estádio deles.
Para completar o segundo tempo, vale o registro da reestreia do
volante Henrique, que fez a sua primeira partida desde que retornou ao
Cruzeiro. E os gritos de olé que a torcida celeste deu, quando o Cruzeiro
colocava a Ponte na roda.

Parabéns Cruzeiro. Parabéns torcida celeste.
Agora é foco total para a difícil partida contra o Flamengo no
Maracanã, próxima quarta feira. É, mais uma vez, hora de mostrar que temos time
para ser campeão. E este time vem provando que pode.
Vamos Cruzeiro!