Pontualmente às 5.
Foi assim que o Cruzeiro retribuiu ao torcedor que enfrentou este
horário ridículo das 5h30 imposto pela Fox, além de uma greve de ônibus em BH e
chuvas torrenciais em São Paulo para irem ao Mineirão e à Sampa Azul,
respectivamente.
Confesso que eu estava bem nervoso com a partida, uma vez que era o
embate – teoricamente – contra o time mais difícil da chave. E como éramos o
único time sem pontuar, a responsabilidade era toda da Raposa.
Bastou a bola rolar para que eu ficasse um pouco mais tranquilo. Com
a bola no pé o Cruzeiro era arrasador. Atacava e mantinha uma posse de bola
quase que absoluta, embora as chances mesmo de gol não estivessem tão
frequentes.
O Cruzeiro foi constante e paciente, até conseguir aos 33 minutos o
seu primeiro gol em jogada que Dagoberto puxou pela esquerda, enfiando a bola
na área para um atento Ricardo Goulart que se jogou no lance e fez o primeiro
gol do Cruzeiro – e dele – no jogo.
O Mineirão, que ficava cada vez mais cheio, pulsou em azul e branco
e incentivou o time a fazer o segundo, com Dagoberto, que aos 38 fez de cabeça
em lance criado por Ricardo Goulart.
Ainda houve tempo para o terceiro gol, mais uma vez com Ricardo
Goulart que foi o nome do jogo. Em cobrança de escanteio pela esquerda, Bruno
Rodrigo desviou a bola e Ricardo Goulart, em mais um lance de dedicação e
atenção, se jogou para fazer mais um.
3X0 era um placar mais do que justo pelo volume de jogo que o
Cruzeiro apresentou durante toda a etapa inicial.
Já no segundo tempo, o Cruzeiro continuava muito superior até os 20
minutos. Com toques envolventes e uma defesa bem postada, o time azul pouco
sofria, até uma falha de marcação pelo lado direito que resultou no gol do time
chileno. O pequenino Lorenzetti esfriou o Mineirão com um gol que foi uma ducha
de água fria na empolgação da torcida azul. (tum dum, pishhh… sacaram o
trocadilho? Lorenzetti?… Duhca?) rs
O time, que até então era impecável, passou por um momento de
instabilidade e o jogo ganhou em tensão. Mesmo com 2 gols de vantagem, a LaU
chegou a pressionar o time celeste.
M. Moreno foi substituído por William, mas a modificação não deu
liga. Menos mal que o time voltou logo para os trilhos quando M. Oliveira sacou
E. Ribeiro para a entrada do Souza. Embora estranha, a mudança fez o time
celeste recuperar o domínio do meio campo e o controle da partida.
A tranquilidade veio aos 39 da etapa complementar, quando Goulart
fez o seu terceiro na partida – o quarto do Cruzeiro – depois de escanteio
cobrado por William. Mesmo William que fez o quinto e deu números finais a
partida, já aos 44, em lance de contra ataque celeste que terminou em um chute
no cantinho do gol Chileno.
Um placar justíssimo pelo volume mostrado durante os 90 minutos
pelos dois times. E compensador, para o torcedor que faltou ao trabalho, à
escola e a outros compromissos para poder acompanhar o Cruzeiro hoje no Mineirão,
na Sampa Azul ou onde quer que seja.
Destaque para as atuações do Ricardo Goulart, com 3 gols, do
Dagoberto, que se movimentou e participou muito da partida, da excelente
presença do Rodrigo Souza (vai ser difícil tirar ele do time), da nossa zaga e dos laterais.
Do time todo, para falar a verdade. Com 5×1 no placar tenho que parafrasear minha amiga Lívia: ‘hoje, até quem foi mal foi bem’.
Minha praia hoje foi no trabalho, mas #LincadoComOCruzeiro. Rs
Porque quem tem sangue azul nas veias, larga tudo para ver o Cruzeiro, onde quer
que a Raposa for e – pelo visto – no horário que for também.
Vamos Cruzeiro!