post

2700 pagantes. Quase todos de azul.

Ah! Que saudades dos jogos Cruzeiro. E igualmente bacana a chance de rever o time em um jogo no estádio. Que o diga a galera da Sampa Azul e os demais torcedores celestes que vivem em São Paulo, que abarrotaram o seu espaço no acanhado Canindé. Até o final do primeiro tempo, ainda havia gente na fila para entrar.

E a expectativa era ótima. O Fábio – a muralha azul – completava 500 jogos com o Cruzeiro e, talvez pela parada para a Copa das Confederações, o Canindé apresentava um gramado excelente, novinho, verdinho e sem buracos. Era tudo que queríamos para ver nosso Cruzeirão jogar. Pena que o time demorou não correspondeu logo de cara.

Com 4 minutos de jogo, em cobrança de falta de Souza (ex-Cruzeiro), Valdomiro, zagueiro da Lusa, subiu sozinho para fazer 1×0. Menos mal que a torcida abraçou o time, começou a cantar e, pouco depois, em cobrança de escanteio, Bruno rodrigo, o nosso zagueiro artilheiro, empatou a partida em 1×1.

Aliás, há de se registrar aqui o que a mídia não destaca: a participação da torcida celeste ontem foi bem bacana. A Máfia Azul cantou o jogo todo e a galera da Sampa Azul, que assistiu a partida junta puxava várias músicas animando a galera ao redor. Esta parte foi bem legal e merece mesmo um destaque especial.

A expectativa para o segundo tempo era de virada. M. Oliveira mexeu no time colocando Lucca, Anselmo Ramón e Tinga nos lugares de Diego Souza, Vinícius Araújo e Souza respectivamente. Mas o time não conseguiu furar a defesa adversária. Teve duas chances importantes com AR, uma em uma cabeçada perigosa, muito bem defendida pelo Lauro cueca de chumbo, e outra que estourou no travessão português.

Os erros de passe do primeiro tempo, se repetiram no segundo. E jogadores importantes como o Everton Ribeiro não conseguiram brilhar. No final da partida, a sensação de decepção foi inevitável. Saímos lamentando os dois pontos que deixamos no Canindé, enquanto a Lusa comemorava o pontinho que conseguiu segurar ante o Cruzeiro.

Análise:

Ver o jogo do campo é sempre diferente de ver na TV. Permite que você veja o desenho tático do time de uma maneira mais ampla.

Ontem, a Portuguesa insistiu muito nas jogadas pelo lado esquerdo celeste. O Egídio foi muito exigido e, em muitos momentos, estava mal posicionado em campo.

Isso aconteceu por uma mudança no time: a entrada do volante Souza. Tanto o cabeça vermelha, quanto o Nilton, são jogadores que saem muito para o jogo. Característica diferente do Leandro Guerreiro que costumava ficar plantando na marcação. Ou seja, os laterais podiam subir a vontade que o LG estava alí para fazer a cobertura. Ontem, tanto o Mayke quanto o Egídio subiam, mas os espaços ficavam para jogadas do adversário. Algo que o MO precisa ajustar neste time atual.

Diga-se de passagem, o Souza jogou muito bem. Marcador vigoroso, voltava com velocidade e mordia forte o adversário. Mas é preciso que o MO encaixe ele melhor no time para que o todo possa render melhor defensivamente.

A torcida pediu o jovem Lucca e o MO atendeu. Mas o menino ainda precisa mostrar o porque custou tão caro. Mirradinho fisicamente e acanhado em suas jogadas, até hoje não foi possível ver nele nada que justificasse o investimento. Precisa jogar com mais personalidade se quiser se manter no grupo do Cruzeiro.

O Vinícius Araújo também não fez lá uma partida primorosa, embora tenha se movimentado bem. Ele tem futuro e merece nosso apoio e torcida. Diga-se de passagem, a torcida ontem o apoiou antes, durante a partida e mesmo depois de sua substituição, reverenciando o jogador que agradeceu o carinho.

E, para matar todo mundo de raiva, eu achei sim que o AR entrou bem na partida. Ele fez o pivô com mais eficiência que o Vinícius e dele partiram as melhores chances de gol: a cabeçada defendida pelo Lauro e o chute no travessão. É bem verdade que ele não vem marcando gols, mas teve um aproveitamento melhor que o menino VA.

O Luan é um caso inexplicável, pelo menos para mim. Ele volta para marcar. Corre, corre, corre… Mas não vai para cima, não é decisivo, não acrescenta nada ao ataque em termos de alternativas. Sinceramente não consigo entender a opção dos treinadores por ele. Ontem fez mais defensivamente do que ofensivamente. Muitas das dificuldades do time no ataque ontem se deveram as suas limitações.

O Everton Ribeiro ficou muito abaixo do esperado. Não tabelou, foi fominha em algumas oportunidades… enfim, tem jogo que ele arrebenta, e tem jogo que não acrescenta. Ontem foi um dos dias ruins.

O Diego Souza tenta suas arrancadas, tromba, tal… Mas o que me irrita nele é sua participação SEM a bola. Em TODA jogada que ele perdia, em NENHUMA ocasião ele voltou para brigar pela bola. Algo do tipo “perdi a bola, então se vira aí”. Tá faltando este lado mais ‘coletivo’ para ele.

Bom, dito tudo isso (muito pela saudades de falar do Cruzeiro… rs) eu ainda quero destacar que:

Estávamos sem 2 jogadores importantíssimos: Borges e Dagoberto. E se um deles faz falta, imaginem a dupla. E não tínhamos nem reserva para os laterais Mayke e Egídio, uma vez que os dois laterais de opção estão no estaleiro.

Sim, podíamos mais. Mas empatar fora de casa não é de todo ruim, ainda mais em um campeonato onde os times estão tão nivelados. Agora é focar na próxima partida e fazer o dever de casa para continuar bem no Brasileirão.

Ah… saudades do Brasileirão!

Vamos Cruzeiro! Que voltem logo os lesionados.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *