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Todos os mineiros que tinham que vencer hoje, venceram.

Somente a vitória interessava o Cruzeiro, pois somente ela daria 100% de certeza de classificação. Mas, no fim das contas, nem seria preciso ganhar uma vez que o Mineiros (Ven) bateu o Huracán (Arg). Mas como foi importante vencer hoje.

Primeiramente para dar um pouco mais de paz ao Cruzeiro, principalmente ao M. Oliveira, que dentre todos os componentes desta fase difícil do clube é – de longe – o menos culpado. Mesmo assim, como é comum no futebol brasileiro, muitos torcedores de memória curta chegaram a pedir sua cabeça.

Segundo, para cravar a tradição celeste de nunca ter sido eliminado em uma primeira fase de Libertadores, comprovando que nossa camisa é grande demais.

Sobre o jogo, ficou claro que somente um time veio para jogar bola. Com paciência, porém sem muita técnica, o Cruzeiro dominou o jogo todo, teve muita posse de bola, trocava passes, mas até os 16 minutos de jogo não tinha criado nenhuma chance aguda de gol.

Arrascaeta e William eram os jogadores mais técnicos em um time que, muitas vezes, optava por uma ligação direta ao ataque. Duas das três chances mais agudas da Raposa foram justamente em participações do Bigode. A primeira em bola que o camisa 25 não conseguiu alcançar, depois do cruzamento de Mayke. Depois uma ‘voadora’ que ele também não conseguiu empurrar para as redes. Teve também um lance, tirado em cima da linha, em cruzamento do Arrascaeta.

O primeiro gol a ser comemorado no Mineirão foi o do Mineiros, da e na Venezuela. Mas aos 37, fazendo justiça ao domínio do Cruzeiro e também ao futebol ‘raçudo’ do William, a zaga boliviana cortou mal um cruzamento do Mayke e o Bigode não perdoou. Cruzeiro 1×0.

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com a mesma postura do primeiro. Na Venezuela, o Mineiros já fazia 2×0, o que deu mais tranquilidade tanto para o Cruzeiro quanto para o Univ. Sucre. Poderíamos até encarar a etapa final como um ‘amistoso’, não fosse a deslealdade e despreparo da equipe boliviana que rendeu, entre outras catimbas, um soco no zagueiro Manoel.

O time boliviano, que chegou falando em 80% chances de eliminar o Cruzeiro, tomou mais um coco na cabeça. Em escanteio cobrado por Marquinhos, Leo cabeceou para fazer 2×0.

Com a vantagem no placar, o Cruzeiro passou a jogar com mais confiança e atacou ainda mais. Quase fez o terceiro, em linda jogada individual de Gabriel Xavier. Jogador que, aliás, entrou bem demais na partida.

Fim de papo e vitória de todos os Mineiros hoje. Uma por 2×0, no Mineirão, e outra por 3×0, na Venezuela.

Alguns vão dizer que o Cruzeiro não fez mais que a obrigação, outros que vencer o Universitário Sucre não é parâmetro para nada. Talvez até tenham razão. Mas só de evitar uma crise na Toca e só de preservar a imagem do M. Oliveira, estou mais do que satisfeito.

Ganhamos – pelo menos – mais uma semana de paz. Tempo este que deve servir para recuperar jogadores importantes do nosso elenco, e oportunidade para nossa diretoria refletir e continuar a busca por reforços. De preferencia, aqueles que o M. Oliveira pedir, não aqueles que ele não pedir, ok?

Agora, classificados, a responsabilidade aumenta.

Gostaria de destacar também a percepção que tive (pela TV) da torcida no Mineirão. Não foram muitos para um jogo de Libertadores, mas o que o pessoal cantou – especialmente no início do jogo – foi uma grandeza. É assim que deve ser!

Bem como gostaria de agradecer mais uma vez, a grande presença de público da nossa galera na Sampa Azul. Feriadão, com muitos amigos viajando para suas cidades natais, deu gosto de ver um bom público torcendo conosco.

Força Cruzeiro!

(Por E.M.)

PS. Este comentarista que vos escreve vai sair de férias esta semana. Retorno com as resenhas pós jogo em 20/05.

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